Salvador, 6 de agosto de 2018 – Do GGB. Não é com campanha publicitária em vídeo que a Riachuelo poderá pagar o estrago que as declarações do seu presidente, Flavio Rocha, fez em relação a pessoas LGBT. É com dinheiro!
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A recente campanha da loja Riachuelo para o Dia dos Pais mostra dois homens negros e um garoto. Eles se beijam na testa! A cena supostamente sugere a referência a uma família LGBT. É isso mesmo? Foi essa a intenção? Se foi, queremos explicações e pagamento da fatura. Podemos até estar enganados, mas a leitura subliminar do vídeo, acrescida de uma sonora com a palavra “respeita”, sugere uma família LGBT. Mas porque isso, agora?!
O que a empresa quer mostrar com isso, depois de seu presidente, Flávio Rocha, ter ido à mídia anunciar que não concorda com o casamento civil LGBT e ter se associado a igrejas evangélicas conservadoras? Em janeiro deste ano, ele teria declarado a intenção de unir forças com igrejas evangélicas contra os direitos LGBT, ou melhor, contra os poucos direitos que temos. O empresário, após engrossar o cangote com o convite de ser pré-candidato a presidente de uma chapa de extrema direita, resolveu sair batendo nos LGBT e declarando ser contra a ideologia de gênero, coisa que eles mesmos criaram com a finalidade de ganhar votos e repercussão na mídia.
Por tudo isso, não nos basta essa campanha do Dia dos Pais! Queremos que a Riachuelo pague a fatura do estrago causado ao povo LGBT pela opressão das palavras do seu presidente. Quer ser simpático, arrependido? Então acolha cinco ONGs LGBT do Brasil e faça uma doação de R$ 50 mil. Tudo bem, seu Flávio!? Arrependimento se paga metendo a mão no bolso!
Ao invés de perseguir a população LGBT, Flávio Rocha deveria, sim, pagar os direitos trabalhistas das costureiras nordestinas que costuram as peças da Riachuelo e com relação às quais a empresa supostamente estaria sendo responsabilizada por não cumprir direitos trabalhistas, bem como obrigada a ressarcir danos alegados pelas costureiras, entre eles uma suposta perda das digitais de alguns dos dedos. Como é que um homem desse se propõe ser candidato a presidente? A indenização seria supostamente de milhões de reais. E isso supostamente teria sido um dos motivos que levou a empresa a abrir um escritório na China, porque, em tese, as relações de trabalho naquele país não seriam as mesmas do Brasil em relação a direitos dos trabalhadores.
Conheça a campanha, assista o vídeo.