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Paz Agora!


“A prefeita Moema Gramacho, por sua tradição de ativismo político, mesmo sendo excelente oradora , utiliza palavras como “guerreira, batalhadora”, que viraram hábito e, em nível inconsciente, imprimem essa energia à sua imagem, embora Moema seja dulcíssima.”

Salvador, segunda-feira-4 de março de 2019 – Vou começar escrevendo sobre Paz. Vou usar a licença poética de pensar sobre duas músicas do príncipe da paz, Gilberto Gil, “A Novidade” e “A Paz”.

Gil denúncia a guerra e a fome do povo brasileiro em “A Novidade”, que é algo tão visceral que chega a ser visível. Gil se refere a uma suposta sereia encalhada na areia da praia e isso era “a novidade”. Essa novidade se transformou em uma guerra, “estraçalhando uma sereia bonita, despedaçando sonhos pra cada lado”.

Paz e revolução, parece-me, andam juntas. “Se não tem paz, comprem imóveis”, dizem. O poeta Gil, por sua vez, diz “A paz invadiu o meu coração. De repente, me encheu de paz”. Como seria se encher de paz? Seria como um encantado, quando recebemos o Orixá? deve ser sensacional.

Gil é tão sensível quando canta “como aquela grande explosão, fez nascer o Japão da paz”… hoje, rico, o Japão se tornou a 4ª maior economia e grande exportador de tecnologias. A explosão ocorreu em 1945 e esse episódio fez o Japão tomar a decisão de jogar todas as fichas na educação.

Vamos escrever Paz Agora entre nós. A Paz possui tantos contrários (inclusive a “conciliação”), pois, para haver uma conciliação, houve um suposto descritor entre as partes.

O contrário de paz são palavras que, por si sós, já abrem feriadas mentais, causam desavença, guerra, conflito, combate, confronto, discórdia, desacordo, desentendimento, indisposição, desconcórdia, já, A Paz, relaciona-se com a serenidade!

Todos queremos serenidade, contudo, conferindo-se os seus contrários (aflição, angústia, ânsia, ansiedade, agonia, desassossego, inquietação, intranquilidade, preocupação, perturbação, medo, pânico, crise), é incrível que tudo isso, possa, inclusive, levar ao suicídio. Então, é preciso tratar.

Veja o descritor da palavra sossego: agitação, alvoroço, confusão, barulho, algazarra, alarido, gritaria, ruído, conturbação, movimentação.
Começamos descrevendo estes termos, que pesquisei nas redes para evitá-los, no intuito de promover a Cultura da Paz Agora, para exemplificar como a Cultura da Paz convida homens, mulheres, adolescentes e jovens a que evitem a repetição de tais palavras e privilegirm o uso de um vocabulário que não estimulem sentimentos bélicos.

Penso que seja preciso que os órgãos públicos iniciem uma campanha simples, pela oralidade que estimule a cultura da paz. A prefeita Moema Gramacho, por sua tradição de ativismo político, mesmo sendo excelente oradora , utiliza palavras como “guerreira, batalhadora”, que viraram hábito e, em nível inconsciente, imprimem essa energia à sua imagem, embora Moema seja dulcíssima. Ela sempre usa “tenha calma” e nunca começa uma oratória sem falar em Deus. Moema entente a Paz Agora. Só precisa instituir em seu discurso um vocabulário que esteja em maior acordo com a paz que ela transmite no seu olhar, no gestual corporal e no seu tom de voz, que já é delicada.

Paz se relaciona com viver em comunidade, seja em prédios de edifícios ou bairros. Mas se relaciona com o vizinho e com a melhora da comunidade local. Para que a Paz se instaure na comunidade, no meu ponto de vista, é preciso melhorar as relações entre as pessoas e melhorar os serviços públicos. Eu mesmo que acredite no Bem-Estar Social tenho dúvida se é possível atender todas as “Urgências e Emergências SAMU192” ou mesmo as dos Bombeiros, entretanto, as pessoas possuem suas parcelas de contribuições para instaurar a paz e contribuir com os serviços públicos e melhorar as relações.

Acredito que essas relações entre as pessoas melhoram também as relações com os serviços Públicos de Assistência Básica em Saúde, Educação e proteção de animais. Melhorar as relações pessoais nas comunidades é algo importante e uma grande ação de paz.

Este artigo é um ensaio. Espero que adotem a cultura da paz e nós iremos buscar essas palavras descritoras nos meios de comunicação para transformar tudo em Paz.

Por: Marcelo Cerqueira, Gestor da Diversidade e da Paz.
Revisão Tina Tude

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