Documento cita dados de violência do Grupo Gay da Bahia.
Pela primeira vez, o texto base da Campanha da Fraternidade 2021 da Igreja Católica brasileira aborda a questão LGBTI de forma positiva, buscando promover a sua inclusão. O item 68 do texto da campanha da Confederação Nacional de Bispos do Brasil (CNBB) fala dos assassinatos e violências sofridas pela comunidade LGBTI no Brasil e reforça a importância da inclusão e reconhecimento destas pessoas. O tema deste ano da campanha é “Fraternidade e Diálogo: Compromisso de Amor”.
“Outro grupo social que sofre as consequências da política estruturada na violência e na criação de inimigos, é a população LGBTQI+. O já citado Atlas da Violência de 2020, mostra que o número de denúncias de violências sofridas pela população LGBTQl+ registradas no Dique 100 no ano de 2018 foi de 1685 casos.
Segundo dados do Grupo Gay da Bahia apresentados no Atlas da Violência 2020, no ano de 2018, 420 pessoas LGBTQI+ foram assassinadas, destas 210, 64 eram pessoas trans. Percebe-se que em 2011 foram registrados 5 homicídios de pessoas LGBTQl+. Seis anos depois, em 2017, este número aumentou para 193 casos. O aumento no número de homicídio de pessoas LGBTQI+, entre 2016 e 2017, foi de 127%. Estes homicídios são efeitos do discurso de ódio, do fundamentalismo religioso, de vozes contra o reconhecimento dos direitos das populações LGBTQI+ e de outros grupos perseguidos e vulneráveis.”
A abordagem foi criticada pelos cristãos conservadores que acusam o texto de trazer discurso de esquerda e se posicionar do que chamam de guerra semântica sobre “igualdade de gêneros” que ocorre há anos dentro do grupo. Com informações Revista Lado A