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Presidente do GGB defende retaliação “bateu levou” no programa Casos de Família

Casos de Familia 2016 Marcelo Cerqueira GGB

Salvador, Bahia, 23 de junho de 2016 – Redação – O presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB) Marcelo Cerqueira foi o convidado do programa Casos de Família da apresentadora Cristina Rocha, que foi ao ar ontem, quarta-feira 22/06, ás 14h pela TV Aratu, emissora filiada do Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), e defendeu que se algum LGBT for vítima de violência, preconceito, discriminação e injuria, revide na medida do possível e utilizando a legislação. A lógica é “Bateu, levou, olho por olho dente por dente”. Disse o presidente estimulando que a categoria não aceite a opressão.

O tema do badalado programa “Casos de Família” foi violência contra os LGBT, e teve como ponto de partida o recente e trágico atentado contra a boate “Pulse” em Orlando na Florida, EUA, que matou 49 LGBTs, deixando mais 50 feridos. O apimentado programa girou em torno da relação conturbada entre dois irmãos na qual a irmã não aceita a homossexualidade do mano. O tema foi tão picante e quente que em um dado momento ela declarou que se visse o irmão apanhando na rua, passava batida, isto é, não daria socorro.

Marcelo Cerqueira acredita que a LGBTfobia tem em um dos seus sustentáculos a cultura arcaica e conservadora brasileira, tradição essa que considera os homossexuais como indivíduos de segunda categoria, portanto passiveis de sofrer qualquer tipo de discriminação. De acordo com o Grupo Gay da Bahia, a situação da violência é alarmante e esse impacto requer especialmente da classe uma contraofensiva organizada e mobilizadora, quando toda a sociedade, isto é, os que sofrem diretamente as ações, familiares, amigos, simpatizantes se mobilizem para dá um basta as diversas violências sofridas.

Dados sobre crimes de ódio catalogados pela instituição revelaram que 319 LGBT foram assassinados no país, sendo que na Bahia, terra da diversidade étnica, foram registrados de janeiro a dezembro daquele ano (faltou colocar o ano) 33 crimes de ódio contra gays. Este ano de 2016 a mesma pesquisa de janeiro a junho já contabilizou 136 crimes no Brasil e 18 deles aconteceram na Bahia.

Cerqueira acredita que a população LGBT deve encontrar meios para dar respostas positivas ao impacto dessa doença social chamada de homofobia. As pessoas devem ser mais firmes e intolerantes a qualquer tipo de discriminação. Não se expor as agressividades e reagir utilizando as Leis. Nosso principal instrumento de luta e a Constituição Brasileira!

Bastante lembrar que a legitima defesa é um direito humano de preservação da vida e dependendo das circunstâncias podemos nos valer dela. O que não podemos é morrer passivamente! Um outro grande instrumento de luta e denúncia são as redes sociais, tão eficaz como são o Ministério Público, justiça e Polícia Judiciária. Portanto, praticar o “olho por olho e dente por dente” em casos de discriminação por orientação sexual faz parte de nossa luta por uma sociedade mais humana e justa.

“Quando o assunto é combater a homofobia, acredito que o diálogo será sempre importante e preferencial, porem se isso não for o bastante, é preciso pensar em outras formas de luta e reação, e isso inclui a represália e retaliação. Diversos são os mecanismos que podemos utilizar para a luta por direitos, e isso perpassa por mantermos posturas proativas como por exemplo a investigação de possíveis comportamentos LGBTfobicos que possam desencadear ódios e discriminação, denunciando de forma escancarada aos órgãos do estado e começar a intimidar essas pessoas para elas não acharem que podemos ser alvo toda e qualquer discriminação” declarou.

Perguntado se essa atitude de incentivar a retaliação não estaria incentivando outras atitudes radicais. “Muito pelo contrário, pois em uma guerra ao qual estamos sendo vítimas cotidianamente e com violências vindas de todos os lados, nós LGBTs temos que usar as armas disponíveis e fazer uma luta inteligente. Cultura não se muda com leis, mas com cultura e educação. Vamos criar a cultura da retaliação até que LGBTfobicos não nos humilhe, difame, não nos mate em boates, nas ruas, esquinas, casas. Quando esses doentes sociais compreenderam que o mundo é como é e as pessoas tem todo o direito de serem quem desejar ser, então terão de nós o que exalamos naturalmente, amor”. Queremos e exigimos tratamento com dignidade de ambas as partes, mas se vier com pancada, a regra é revidar com pancada, pois o que não dá e a gente ser sempre vítima.

 Confira o vídeo do programa. 

 

 

Onde denunciar a LGBTFOBIA  em Salvador

Grupo Gay da Bahia (GGB)

Endereço: Ladeira de São Miguel, 24 – Pelourinho. Salvador, BA.

Fone (71) 33222552 – ggb@ggb.org.br  – www.grupogaydabahia.com.br

 

Centro de Referência LGBT de Salvador

Endereço: Avenida Oceânica, nº 3.731, Rio Vermelho. Salvador, BA.

Telefone(71) 3202-2750

Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública do Estado

Endereço: Avenida Ulisses Guimarães, n.3.386, Edifício Multcab Empresarial, 3 andar, Sussuarana. Salvador, BA.

Telefone (71) 3117-9186

Ministério Público da Bahia/ MPBA: GEDEM/LGBT

Endereço:  Rua Arquimedes Gonçalves, no. 142. Jardim Baiano. Salvador, BA.

Telefone (71) 33211949

Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social

Núcleo LGBT

3ª Avenida, Plataforma 4, nº 390, 1º andar, CAB, Salvador, BA.

(71) 3117-6597

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