Na Praça do Poeta : GGB divulga programação da segunda-feira da diversidade
Aila Menezes comanda o baile da Diversidade na Praça, 35 anos do GGB. Segunda-feira, a partir das 21h. Salvador, 30 de janeiro de 2016 – O Grupo Gay da Bahia (GGB) divulgou hoje a programação voltada para a diversidade LGBT que acontece na segunda-feira, 8, de carnaval na Praça Castro Alves. Além do tradicional Concurso de Fantasia na sua IXX edição que premia as melhores produções em luxo e originalidade, a novidade este ano é o I Baile de Carnaval aos pés do poeta Castro Alves. A entidade convidou a cantora Aila Menezes para comandar a festa embalando a multidão revivendo as machinhas dos carnavais antigos e atuais, outra novidade é o retorno do ator transformista André Luiz, idealizador da personagem Bagagerie Spilberg, que há anos não participava do evento devido a outros compromissos assumidos nesse período de festa. Nesse mês que o GGB comemora 35 anos de fundação a entidade caprichou na programação que começa ás 15h com apresentação da cantora Vércia acompanha de sua banda e segue até ás 1h da manhã de terça-feira, último dia de carnaval. Entre os shows do transformismo os artistas Gina de Mascar e Lazaro Dumont se apresentam pela primeira vez no evento com promessa de grandes evoluções. O presidente do GGB, Marcelo Cerqueira comemora duas vezes, pelo aniversário do GGB e por manter viva a tradição da fantasia no carnaval. “ É um show de arte, cultura, diversidade e muita beleza” declarou Cerqueira. O Concurso distribui cerca de R$ 20 mil aos quatro primeiros ganhadores nas duas categorias. Os interessados ainda podem se inscrever na sede do GGB ou solicitar a ficha e regulamento pelo e-mail ggb@ggb.org.br O evento é uma realização do GGB em parceria técnica com o Grupo Quimbanda Dudu e tem a poio da Prefeitura do Salvador. Mais informações (71) 999894748 IXX Concurso de Fantasia Gay da Bahia Carnaval de 2016 Praça Castro Alves, Segunda-feira, 8 de fevereiro Realização Grupo Gay da Bahia Grupo Quimbanda Dudu Apoio da Prefeitura do Salvador Comemoração de 35 anos do Grupo Gay da Bahia (GGB) homenagem Luiz Mott, fundador. Programação 14h Ação de prevenção: Folião e prevenção. Distribuição de preservativos masculinos aos foliões do Centro Histórico de Salvador. 15h Apresentação musical Vercia Cantora de música preta se apresenta acompanhada de banda musical. No repertório canções autorais e sambas populares. 17h – IXX Concurso de Fantasia Gay da Bahia. Desfile de candidatos nas categorias luxo e originalidade. Apresentação: Bagagerie Spilberg Marcelo Cerqueira Michelle Lorem 17h – Shows transformistas: Everton Menezes, criador da personagem SUZZI D COSTA, Beyoncé cover, acompanhada de bailarinos apresenta número de dança com base nas canções interpretadas na voz da diva Beyoncé. Bia Mathieu, performance com as principais músicas do carnaval e da folia. Four project Apresentação de dança desenvolvida pelos bailarinos William e Yuri. Em relação a dança os artistas, pensam “Ideias ousadas são como as peças de xadrez que se movem para a frente; podem ser comidas, mas podem começar um jogo vitorioso. Tanucha Taylor, performance ao som da canção “Canto da Sereia” de Marisa Monte. A artista apresenta-se caracterizada de sereia, acompanhada de bailarinos. 17h30 – Desfile dos candidatos na categoria originalidade. 18h- Shows transformistas Lazaro Dumont. Artista apresenta número especial para o evento, incluindo troca de roupa e efeitos especiais. Dança, performance, expressão. Ferah Sanshine, artista apresenta trabalho focado na cultura afro baiana. Gilvan, cover de Ney Matogrosso. Dublagem, performance corporal e figurino alusivos ao cantor Neymatogrosso. Gina de Mascar, personagem do ator All Zack. Na performance consta um passeio pelas musicas antigas de carnaval, e muita inteiração com a plateia. 18h30 – Desfile dos candidatos na categoria luxo Candidatos expõem fantasias luxuosas de grande porte usando materiais finos, requintados, e alta costura, penas, pedras e outros…. Um raro espetáculo de riqueza. Fantasias chegam pesar até 35kgs. 20h – Shows transformistas Nathalia Striker , modelo plus, executa performance dançante, com troca de roupa e muita evolução. Asla Baterfly , performance dançante. Luana Lins, interpretação de raiz. SCARLET SANGALO, personagem do ator Edson Cunha, a partir da imagem da cantora IVETE SANGALO. De acordo com o artista o show será um Mega Mix surpreendente com as músicas do
Fabíola quer cumprimento de lei que obriga distribuição gratuita de preservativos em motéis
Salvador, 29 de janeiro de 2016 – Preservativos masculinos e femininos são essenciais à prevenção das doenças sexualmente transmissíveis, como HIV/Aids, Hepatite B, HTLV, entre outras. Dados fornecidos pela Secretaria Estadual de Saúde mostram que, entre 2004 e 2012, o número de casos de infecção pelo vírus HIV saltou de 1256 para 1826 na Bahia, um aumento de 45,38%. Segundo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, a maior concentração dos casos de HIV/Aids no Brasil está nas pessoas com idade entre 25 e 39 anos, para ambos os sexos. Preocupada com o aumento do número de casos de DST/AIDS na Bahia e com a necessidade da ampliação da política pública de conscientização, a deputada estadual Fabíola Mansur tem se manifestado em defesa da aplicação da lei estadual 9.201, de 2004, que torna obrigatória a distribuição gratuita de preservativos por motéis, hotéis, hospedarias, casas ou estabelecimentos do gênero. A parlamentar –histórica militante dos movimentos sociais na luta contra as DST’s, tendo participado de várias reuniões na SESAB ao lado de ONG’s que militam no setor – defende a aplicação da lei e uma ampla campanha de conscientização sobre o tema. Para discutir a aplicação de lei, com foco inclusive no Carnaval de Salvador, foi realizada nesta quinta-feira (28) reunião no Centro Estadual Especializado em Diagnostico Assistência e Pesquisa (CEDAP), unidade pertencente à SESAB e referencia para DST/HIV/AIDS do Ministério da Saúde. Além de profissionais do sexo e representantes dos movimentos sociais, participaram da atividade o presidente do GGB, Marcelo Cerqueira; Nilda Nunes Ivo, coordenadora DST/AIDS e Hepatites Virais/SESAB, Rivia Barros, Diretora da Vigilância Sanitária e Saúde Ambiental do Estado/Divisa, e Miralba Freire, diretora do Cedap. Na reunião, ficou demonstrada a urgência de uma política permanente de comunicação informando à população do direito de ter assegurada a distribuição gratuita de preservativos nos estabelecimentos mencionados na lei estadual. Uma das sugestões apresentadas foi de criação de uma lei que obrigue a fixação do conteúdo da lei nesses locais. Presente à reunião, o mandato da deputada Fabíola Mansur se comprometeu em elaborar um projeto de lei neste sentido. Além disso, a parlamentar vai promover ações virtuais chamando atenção para a gravidade do assunto, inclusive lançando a campanha “Estabelecimento Amigo da Prevenção Distribui Gratuitamente”. “Devem ser comemorados os avanços no diagnóstico e tratamento, que tem assegurado melhor qualidade de vida às pessoas infectadas, mas é preciso manter a vigilância. O mais recente Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde não deixa dúvidas sobre o avanço da epidemia, inclusive concentrada em populações-chave que respondem pela maioria de casos novos do HIV em todo país, como gays e homens que fazem sexo com homens, travestis e transexuais, pessoas que usam drogas e profissionais do sexo. Preocupa sobretudo o crescimento de aids na juventude (15 a 24 anos), além do grande número de gestantes infectadas com o HIV. Sabe-se que, desde 2000, é maior o número de gestantes entre 25 a 29 infectadas”, afirmou a deputada Fabíola.
Assassinato de LGBT no Brasil: Relatório 2015
RODRIGO LAPA, encontrado morto em sua casa no dia 28 de dezembro de 2016. Até o fechamento desta matéria a polícia ainda não encontrou o assassino. Salvador, Bahia, 28 de Janeiro de 2016 – Editoria GGB . Segundo o banco de dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), atualizados diariamente no site QUEM A HOMOTRANSFOBIA MATOU HOJE, 318 LGBT foram assassinados no Brasil em 2015: um crime de ódio a cada 27 horas: 52% gays, 37% travestis, 16% lésbicas, 10% bissexuais. A homofobia mata inclusive pessoas não LGBT: 7% de heterossexuais confundidos com gays e 1% de amantes de travestis. https://homofobiamata.wordpress.com/ Proporcionalmente, as travestis e transexuais são as mais vitimizadas: o risco de uma “trans” ser assassinada é 14 vezes maior que um gay, e se compararmos com os Estados Unidos, as 119 travestis brasileiras assassinadas em 2015 em comparação com as 21 trans americanas, têm 9 vezes mais chance de morte violenta do que as trans norte-americanas. Segundo agências internacionais, mais da metade dos homicídios contra transexuais do mundo, ocorrem no Brasil. http://www.transrespect-transphobia.org/en_US/tvt-project/tmm-results/idahot-2015.htm PERFIL REGIONAL Os estados que mataram o maior número de LGBT em termos absolutos foram São Paulo, com 55 assassinatos e Bahia, 33. Se compararmos porem com a população total, Mato Grosso do Sul é o estado mais homofóbico, com 6,49 de homicídios para cada 1 milhão de pessoas, seguido do Amazonas, com 6,45. Para a população total do Brasil, o índice de assassinatos de LGBT é de 1,57 para cada milhão de habitantes. Foram documentadas mortes violentas de LGBT em 187 cidades brasileiras, incluindo pequenos centros urbanos, como Ibiá, Ba, com 7 mil habitantes, sendo raras as mortes na zona rural: a capital mais homofóbica de 2015 foi Manaus, com 23 assassinatos – 11,3 mortes para cada milhão de habitantes, seguida de Porto Velho, cujas 5 mortes representam 10,1 por um milhão. Uma travesti e um gay brasileiros foram assassinadas no exterior, Espanha e Estados Unidos. Foram incluídos também 5 suicídios de homossexuais masculinos. Em termos regionais, dos 318 assassinatos documentados em 2015, o Nordeste continua liderando a violência em números absolutos com 106 óbitos, seguido do Sudeste com 99, o Norte com 50, Centro-Oeste 40 e 21 no Sul. Porém, se compararmos com o total da população regional, o Norte foi a região mais homotransfóbica, com 2,9 assassinatos para cada 1 milhão de habitantes, seguido do Centro-Oeste com 2,6, Nordeste com 1,8, Sudeste com 1,1 e Sul com 0,7 – sendo a média do Brasil 1,5 e o Distrito Federal, 2,1. Apesar de se presumir que quanto maior o índice de desenvolvimento humano (IDH), menor a violência, já que sul e sudeste são as regiões com menos ocorrência de crimes homofóbicos (0,8 por milhão no Sul contra 2,9 no Norte) dois estados nortistas não registraram nenhuma morte, Acre e Roraima, provavelmente devido à omissão dos órgãos de segurança pública em divulgar tais estatísticas. Nos últimos quatro anos, o Acre registrou 3 “homocídios” e Roraima 6. Porto Velho, no lado oposto, foi a segunda capital com maior índice de crimes: 10,1 por milhão de habitantes. Segundo o fundador do Grupo Gay da Bahia, prof. Luiz Mott, “não se observa no geral uma tendência previsível fixa nos crimes homofóbicos já que variam inexplicavelmente diversas de suas características de ano para ano. A começar pelo número total de crimes: em 2013 foram assassinados 312 LGBT no Brasil, aumentando para 326 em 2014 e baixando para 318 em 2015. A Bahia registrou um aumento de 25 para 33 assassinatos entre 2014-2015, enquanto o Rio de Janeiro diminui de 22 para 12 mortes.” A mesma irregularidade quanto à sazonalidade: nos últimos 4 anos, janeiro oscilou entre 25-45 mortes, enquanto agosto, de 16-34 – sem qualquer possibilidade de explicação de causalidade. Há estados que num ano matam-se mais gays, e no ano seguinte, mas trans. A única regularidade fixa é que em números totais, matam-se mais gays, seguidos de trans, nunca até agora as lésbicas atingindo 20% dos óbitos. “Nada garante que o decréscimo de 8 mortes entre 2014-2015 represente uma tendência previsível para os próximos anos, a menos que políticas públicas e leis condenatórias sejam aprovadas e efetivadas em nosso país”, complementa o Prof. Mott. O caso mais chocante em termos de incremento da violência ocorreu no Amazonas, que de 7 homicídios em 2014 saltou para 25 em 2015, dos quais 23 em Manaus, cidade que tem menos de dois milhões de habitantes, enquanto São Paulo, com população de 12 milhões, teve 15 assassinatos. PERFIL DAS VÍTIMAS A violência anti-LGBT atinge todas as cores, idades, classes sociais e profissões. A vítima de menor idade foi Michael, 13 anos, parda, de Rio Claro, SP, uma pré-adolescente em construção de sua performance feminina, que gostava de se vestir de menina, encontrada morta na pista com 15 facadas. O mais idoso, um renomado médium do Rio de Janeiro, 74 anos, encontrado morto amordaçado, com marcas de tortura e espancamento, identificado como homossexual pela ex-esposa. Predominam as mortes de LGBT menores de 29 anos (58%), pessoas portanto, na flor da idade produtiva. Menores de 18 anos representam 21%, sugerindo a precocidade da iniciação homoerótica e grande vulnerabilidade, sobretudo das jovens travestis e transexuais profissionais do sexo. Quanto a cor dos LGBT assassinados, 55% eram brancos, 45% negros – e levemente contrário do perfil demográfico do Brasil, as transexuais e travestis, via de regra oriundas de camadas sociais mais pobres, acentuam um pouco mais essa mesma tendência racial, sendo brancas 57% e 43% pardas e pretas. Preferirão os clientes travestis mais claras? Relativamente à causa mortis, persiste o mesmo padrão dos anos anteriores: predominam as execuções com armas brancas 37%, seguidas de armas de fogo 32%, incluindo espancamento, pauladas, apedrejamento, envenenamento. Via de regra travestis são executadas nas vias públicas (56%), vítimas de armas de fogo, enquanto gays e lésbicas são assassinadas dentro da residência (36%), com facas e objetos domésticos, ou em estabelecimentos públicos (8%). Típicos crimes de ódio, muitos com tortura prévia, uso de múltiplos instrumentos, excessivo número de