É a mais antiga associação de defesa dos direitos humanos dos LGBT no Brasil. Fundado em 1980, registrou-se através de um mandado judicial, como sociedade civil sem fins lucrativos em 1983, sendo declarado de utilidade pública municipal em 1987.
É membro da Aliança Nacional LGBT, fevereiro 2024 celebra 44 anos de ativismo.
Carnaval de 1984, Salvador. Luiz Mott e membros do GG
Nossa Missão
É promover o respeito aos direitos humanos da comunidade LGBTA+ na Bahia, Brasil, combater a LGBTfobia, o racismo e divulgar informações corretas sobre orientação sexual e identidade de gênero, dessa forma, busca construir mecanismos capazes de canalizar recursos materiais para fortalecer a comunidade.
O GGB é a associação social do nordeste mais trabalhou organicamente na prevenção de AIDS e IST, bem como apoia as pessoas vivendo com HIV/AIDS, especialmente dentro da comunidade, independentemente de sua identidade de gênero ou orientação sexual, e quem começou a divulgar o expressão SAFE SEX , sexo seguro usando corretamente o preservativo, isso a partir a partir do início de 1990.
Sede Social
Rua Frei Vicente, 24 – Centro Histórico
Caixa Postal 2552
CEP 40.022-260.
Salvador/Bahia/Brazil
Telefone: 55 (71) 98843-0100
E-mail: ggbbahia@gmail.com
Nossos Objetivos
Defender
Defender os interesses da comunidade homossexual da Bahia e do Brasil, denunciando todas as expressões do homo-lgbtfobia, atuando contra qualquer forma de preconceito e discriminação contra gays, lésbicas, travestis e transexuais
Divulgar
Divulgar informações corretas sobre a orientação homossexual, desconstruindo o complô do silêncio contra o "amor que não ousava dizer o nome" e construir um discurso cientifico e correto, combatendo comportamentos, atitudes e práticas que inviabilizam o exercício da cidadania plena de gays, lésbicas, travestis e transexuais no Brasil
Trabalhar
Trabalhar na promoção do bem-estar, promoção da saúde, física, mental, prevenção junto à comunidade, fazendo referenciado a serviços especializados em Salvador e na Bahia
Conscientizar
Conscientizar o maior número de lgbtS da necessidade urgente de lutar por seus plenos direitos de cidadania, fazendo cumprir a Constituição Federal que garante tratamento igualitário a todos os brasileiros
Por esta razão o GGB é carinhosamente chamado de Sindicato dos Gays ou “Orgulho da Bahia” como diz Caetano Veloso.
Organização do GGB
O GGB é dirigido por um colegiado composto por membros voluntários. Presidente, Vice-Presidente, Secretário, Tesoureiro, Coordenadores e mais três Conselheiros. Todos estes cargos têm duração de 4 anos, sendo eleitos pela Assembleia Geral dos Sócios. Qualquer homossexual, que frequente o GGB pode candidatar-se ao colegiado. Cabe ao Presidente e ao Vice-Presidente falarem oficialmente em nome da entidade, responsabilizando-se os Coordenadores e Conselheiros em zelar pelo bom nome da entidade, manutenção do patrimônio material e funcionamento harmonioso do grupo.
Funcionamento
O GGB realiza duas reuniões semanais, encontros que se destinam à discussão de assuntos de interesse da comunidade homossexual. Tais reuniões são coordenadas pelos membros do Colegiado, garantindo-se a todos os presentes, ordenada e informalmente, o direito de manifestar suas opiniões. São discutidos temas de interesse à militância, aos direitos humanos e a promoção a saúde, ITS. Em sua sede o GGB abriga o maior arquivo homossexual da América do Sul, incluindo milhares de cartas (desde 1980) recortes de jornais, revistas, vídeos, cartazes, livros, teses, fotos e postais material que está aberto à pesquisa científica. Diversas vezes por ano são realizadas exposições artísticas na sede do GGB que é conhecida também como Centro Cultural Triângulo Rosa – nome em lembrança aos homossexuais mortos no nazismo. Também uma coleção de arte erótica, com peças da Europa, América Central, Latina (Brasil).
Instituição Guarda Chuva
O GGB oferece espaço e compartilha a sua sede na Rua Frei Vicente, 24 – Pelourinho, com outras instituições do gênero, utilizado nosso espaço para reunir seus associados. Nossos parceiros frequentes nessa luta são: Prefeitura de Salvador e Governo da Bahia.
Denúncias de crimes Lgbtfobicos no Brasil
O GGB desenvolve o projeto Observatório da violência e crimes de morte ódio praticados contra LGBT no Brasil.
Pesquisa iniciada em 1980, ou seja, 43 anos de levantamento de dados. Parte do esforço tem nutrido o debate público e, em certa medida jurídico para adoção de medidas de contenção da violência e do preconceito, racismo e discriminação contra a comunidade LGBTQIA+.
Ao longo do tempo, a partir de 1980, os dados dão conta de mais de seis (6) mil mortes motivadas pela lgbtfobia. Assim, o levantamento de recursos permitirá a profisisonalização da coleta, sistematização, análise e disponibilidade dos mesmos em um site na internet, com possibilidade de ampliação do debate e da participação da sociedade civil e na construção de políticas públicas de prevenção e combate a violência junto a comunidade LGBTQIA+.
Atualmente, a pesquisa tem sido desenvolvida por meio de voluntários, sem aporte de um profissional da estatística e recursos para acondicionar melhor os dados na internet. A ausência de recursos tem diminuido em muito a possibilidade de contato com familiares das vítimas, acompanhamento dos casos na policia judiciária e na justiça, e diálogo com os agente de segurança pública para verificação de informações tanto a cerca dos inqueritos policiais, e concomitante processos judicais, com isso, os dados tem sido levantamentos apenas sobretudo através, das publicações na imprensa tradicional, e em em sites, blogs de pesquisa e demais redes sociais que notociam tais fatos.
O motivo maior para persistir no levantamento dos dados de mortes violentas de LGBTQIA+ no Brasil, é, na verdade, o fato de o quanto é importante e fundamental esse o trabalho desenvolvido pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), pois reverbera no tecido social, a ponto dos meios de comunicação nacionais e internacionais respeitarem e repercutirem tais dados levantados, mesmo com sua reconhecida incompletude e subnotificações, motivadas pela ausência de publicações das notícias sobre a totalidade dessas muitas mortes, ou pelo silenciamento advindo dos familiares e comunidade, impondo um cenário ainda desconhecido ao Estado e da população em geral.
Quem Somos
Luiz Mott
Presidente de honra GGB. Nasceu em São Paulo, filho de pai italiano e mãe brasileira. É doutor em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo e mestre pela Universidade Sorbone de Paris. Mott, como é conhecido, já escreveu diversos livros sobre escravidão, homossexualidade e religião bem como publicou diversos artigos em jornais e revistas especializadas sobre estes temas. Atualmente é professor de Antropologia na Universidade Federal da Bahia, UFBa. Em fins dos anos 70, decide morar em Salvador, no Farol da Barra foi agredido com um soco por um morador de rua, por estar de mãos dadas com o seu namorado. Este fato o deixa profundamente abalado daí a idéia de fundar o GGB, para lutar pela livre expressão da sexualidade. Mott em 1997 foi eleito pesquisador do ano pela UFBa e em 1998 recebeu da Câmara Municipal da Cidade de Salvador o título de Cidadão de Salvador. Sua história de vida confunde-se com a história de sua militância. Aqui, nossa homenagem ao nosso ícone.
Marcelo Cerqueira
Nasceu no ano 1967 em Salvador, é filho de pai militar e mãe protestante. Graduou-se em História pela Universidade Católica do Salvador e é atual Coordenador Político e Vice-Presidente do GGB. Passou toda a sua infância em companhia de seus avôs maternos, entre São Paulo e um pequeno sítio a 4 horas de Salvador. Veio para a metrópole com 15 anos, fez teatro e conheceu Mott aos 19 anos e vivem uma união estável. Hoje é licenciado e bacharel em história, trabalho no serviço público é editor responsável por esta home-page. DRT 2135-BA.
CONHEÇA UM POUCO DO GGB E OS DIREITOS HUMANOS DOS LGBT DA BAHIA
1980
- Fundação do Grupo Gay da Bahia
1983
- 23 Vereadores da Câmara Municipal de Salvador assinam Abaixo Assinado pela retirada do “homossexualismo” da Classificação Internacional de Doenças
1984
- Sessão Solene na Câmara Municipal de Salvador comemora pela primeira vez no Brasil o Dia do Orgulho Gay, 18 vereadores presentes, projeto do Vereador Raimundo Jorge.
- Vereadora Lídice da Mata, do PC do B, envia moção à Secretaria de Segurança Pública de solidariedade ao GGB denunciando violência policial contra travestis e gays
1987
- Lei Municipal n.3725/1987 conferiu pela primeira vez no país o status de Utilidade Pública Municipal ao Grupo Gay da Bahia, iniciativa do Vereador Raimundo Jorge, PTB e apoio do vereador Maltez Leone
1989
- Câmara Municipal aprova nomeação de duas ruas com o nome “Diogo Botelho”, primeiro governador gay da Bahia e “Rua 28 de Junho”
1990
- Salvador é a primeira cidade da América Latina a proibir discriminação por orientação sexual na Lei Orgânica Municipal, seguida de mais 72 Municípios e nas Constituições de Sergipe e Mato Grosso, iniciativa da Vereadora Beth Vagner, PT e Gilberto Gil, PV
1991
- Prefeito Fernando José recebe em audiência pela primeira vez a diretoria do Grupo Gay da Bahia
1992
- Sessão especial de Denúncia de Assassinato de Homossexuais na Bahia, com a presença do Secretário de Direitos Humanos Helio Bicudo, organização de Huides Cunha
1993
- Prefeita Lídice da Mata recebe em audiência diretoria do GGB
1994
- Vereadora Geracina Aguiar participa de atividades de protesto contra homofobia ao lado do Grupo Gay da Bahia
1995
- GGB assina contrato com a Prefeitura de Salvador para programa de prevenção da Aids
1997
- Prefeito Antonio Imbassahy recebe em audiência diretoria do Grupo Gay da Bahia e do Centro Baiano Anti-Aids para assinatura de convênio de prevenção da Aids
- Aprovação da Lei Municipal n. 5275/97, que penaliza a homofobia em Salvador, de autoria do Vereador Maurício Trindade, sancionada pelo Prefeito Antonio Imbassay
1998
- Prefeitura/Bahiatursa assinam contrato com o GGB para realização do Desfile de fantasia Gay da Bahia
- Prof. Luiz Mott, Presidente do GGB recebe título de cidadão de Salvador
2000
- Sessão especial na Câmara Municipal em comemoração dos 20 anos de fundação do GGB
2004
- Aprovação da Lei Municipal n. 6.498 contra a homofobia
2005
- Sessão solene comemorativa do Dia Mundial de Luta contra a Homofobia, promoção vereadoras Vânia Galvão (PT) e Ariane Carla (PTB) (17/5)
2006
- Sessão solene comemorativa do Dia Mundial de Luta contra Homofobia (17/5)
- 26/8 Sessão solene comemorativa do Dia Internacional do Orgulho GLTB
2007
- Sessão solene comemorativa do Dia Mundial de Luta contra Homofobia (17/5)
- Sessão Solene do dia do orgulho gay (28/6)
- Audiência Pública com o conselho municipal de Educação para debater o projeto de Lei para o combate da homofobia e lesbofobia nas escolas, proposta da vereadora Olívia Santana, PCdoB
- Audiência pública, Dia da Visibilidade Lésbica, Teatro Gregório Matos, (31/8)
- Oficialização da Frente Parlamentar Municipal pela Cidadania GLTB de Salvador
2008
- Sessão na Câmara Municipal em comemoração do Dia Internacional contra a Homofobia (15/5}
2010
- Por indicação do GGB, vereadora Vania Galvão aprova nome Esquina do Arco Iris a beco de entrada da Carlos Gomes ao bairro Dois de Julho
2011
- Câmara Municipal de Salvador recebe troféu Pau de Sebo, por ter dado nome de rua ao maior homófobo da história da Bahia, jornalista Berbert
2012
- GGB protesta contra Camara Municipal de Salvador pela aprovação do titulo de cidadão ao pastor Malafaia
2013
- Por iniciativa do GGB, a vereadora Fabiola Mansur apresenta projeto de lei de criação do Centro de Referencia LGBT, aprovado
2014
- Instalada sede do Observatório da violência LGBT
Proposta de Agenda para a Frente Parlamentar de Cidadania LGBT da Câmara Municipal de Salvador, Bahia
- Aprovar moção de apoio ao PLC 122/2006
- Aprovar projeto de lei para inclusão do companheiro homossexual dos funcionários/as municipais como beneficiário dos mesmos direitos dos companheiros/as heterossexuais
- Intermediar junto aos órgãos competentes a imediata reforma do Beco dos Artistas, principal espaço urbano de socialização gltb de Salvador
- Dotação de verba social no orçamento municipal para as entidades gltb
- Aprovação do Dia Municipal de Luta contra a Homofobia
- Nomeação da Esquina do Arco íris para a travessa que liga a Rua Carlos Gomes ao Largo Dois de Julho
- Instalar o programa municipal “Salvador sem homofobia”, envolvendo as principais Secretarias Municipais (Saúde, Educação, Segurança Pública, Igualdade) na programação de ações afirmativas para a população gltb
- Realizar seminário ou sessão pública para discussão e aplicação em Salvador da Carta de Yajakarta de Direitos Humanos dos Homossexuais
- Estimular a criação de Frentes Parlamentares de Cidadania GLTB na Assembléia Legislativa e demais municípios da Bahia.