“Não quero ser apenas uma madrinha”, diz Rosemma em visita à sede do GGB
Salvador, Bahia, 25 de maio de 2016 – Do GGB .A secretária municipal de Ordem Pública de Salvador – e Madrinha da 15ª Parada do Orgulho LGBT -, Rosemma Maluf, esteve nesta terça-feira (24) na sede do Grupo Gay da Bahia\GGB, entidade realizadora do evento que está entre os maiores do mundo. O objetivo dela foi conhecer mais sobre o primeiro grupo criado exclusivamente para a defesa dos direitos LGBT no Brasil. Durante mais de uma hora de conversa, Rosemma conheceu a diretoria do GGB, as dependências do órgão e seus arquivos históricos. Também conversou com vários integrantes go grupo no salão principal João Antônio Mascarenhas. Demonstrando bastante interesse em conhecer mais sobrre as atividades do GGB, ela questionou se havia alguma programação de eventos em preparação à 15ª Parada. O presidente da entidade, Marcelo Cerqueira, apresentou a programação da V Semana da Diversidade, que começa dia 4 e segue até 11 de setembro deste ano e esclareceu que há uma militância diária em defesa dos direitos LGBT. “No que posso ajudar, não quero ser apenas uma madrinha, quero contribuir de alguma maneira para ajudar diminuir o preconceito”, disse Rosemma, mostrando-se animada com a indicação para a função de madrinha. A Parada LGBT da Bahia é a segunda no Brasil em participação popular, ficando atrás de São Paulo e à frente de cidades como o Rio de Janeiro. Entretanto, o evento baiano ganha no aspecto cultural por ser o que mais possui atrações musicais e uma semana inteira de atividades culturais que abrange seminários, mostra de filmes, artes plásticas e campanha publicitária para atrair visitantes da Bahia e de outras partes do Brasil. O show da cantora Rianna, previsto para acontecer em Salvador no dia 9 de setembro, também foi tema da pauta de reunião. Devido à realização do show da cantora americana, Salvador deverá ser destino turístico de uma grande quantidade de LGBTs de fãs da pop star. “Essas pessoas chegam na sexta-feira em Salvador. A ideia é fazer com que elas passem o final de semana na cidade”, declarou Cerqueira, alertando que, para isso, é preciso que a 15ª Parada LGBT apresente uma programação com atrações de peso para que os turistas fiquem para o evento, ativando por mais tempo a cadeia econômica local. De acordo com o GGB, a grade de atividades culturais já está praticamente criada, mas depende de mais apoio para ser ainda mais qualificada, “para seduzir mais visitantes”. Diante dos esclarecimentos, a madrinha indicou que vai buscar fazer esse diálogo com os órgãos da administração municipal. Entre as novidades desse ano para a função de madrinha e padrinho consta a visita às instituições e órgãos públicos com serviços voltados para o segmento LGBT na cidade de Salvador. Rosemma Maluff e Alex Lopes irão visitar a Casa de Apoio ao Portador do Virus HIV (Caasah), Instituição Beneficente Conceição Macedo, Centro Municipal de Referência LGBT entre outras. Diferentemente dos anos anteriores, a pedido do GGB, os ambulantes só poderão explorar o evento se estiverem devidamente autorizados e portando licença expedida pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop). A V Semana da Diversidade Cultural LGBT da Bahia é uma realização do Grupo Gay da Bahia (GGB), Grupo Quimbanda Dudu com apoio da Prefeitura do Salvador, Governo do Estado da Bahia por meio da Bahiatursa, Secretarias de Turismo, Saúde, Cultura e da Superintendência dos Direitos Humanos da secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (sedes). Apoio cultural do site Dois Terços, Canal Me Salte, Guia Gay de Salvador e Thermas Planetário11.
Transexuais na corporação: Para Marcelo Cerqueira, PM baiana deve seguir exemplo de Pernambuco.
Salvador, Bahia, 20 de maio de 2016 – Do GGB. O Grupo Gay da Bahia considerou simbólica e exemplar a decisão do governo de Pernambuco, que decidiu rever o edital que previa a eliminação de candidato transexual do concurso da Polícia Militar, previsto para o próximo dia 29. A decisão foi anunciada na última segunda-feira (16), duas semanas após o Ministério Público Estadual abrir investigação para apurar a denúncia de discriminação apresentada pelo Centro de Combate à Homofobia de Pernambuco. Com o recuo, a PM pernambucana poderá admitir transexuais em seus quadros. O Grupo Gay da Bahia (GGB) recebeu a notícia com entusiasmo e expectativa que a Bahia possa adotar o mesmo procedimento nas admissões de pessoal para compor as Polícias. “Trata-se de uma decisão que tem imenso valor simbólico, pois representa um extraordinário avanço para reconhecimento do Estado de que não pode haver barreiras sociais ou políticas para as pessoas, especialmente por sua opção sexual. Parabenizo o Estado de Pernambuco, os conselheiros que participaram da Conferência LGBT e que pautaram o governo nesse sentido. O Ministério Público pernambucano, que também deu uma lição de cidadania. Agora, esperamos que o governo da Bahia mire-se no exemplo do governo de Pernambuco e assegure esse direito aos transexuais baianos também logo ocorra concurso”. Declarou Marcelo Cerqueira, presidente da entidade. O edital original previa a inaptidão e a eliminação do candidato que apresente, no exame médico, desvios e transtornos sexuais conforme as patologias descritas na relação das doenças e problemas relacionados à saúde. O documento da Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica a “transexualidade” como transtorno de identidade sexual. Este item é atacado por entidades de defesa dos direitos humanos, que reclamam de discriminação contra travestis e transexuais. A transexual Ariane Senna, estudante de psicologia em Salvador, questiona” Somos capazes de ocupar de forma competente qualquer função, ou tarefa, nada nos desabilita em relação aos demais, exceto a falta de acesso ao conhecimento e as oportunidades profissionais, servir a nação é dever de todo cidadão brasileiro”, disse. A Secretaria de Defesa Social (SDS), responsável pelo edital, aceitou os argumentos do promotor de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos da Capital, Maxwell Vignoli. Ele argumentou que a transexualidade não é impeditivo para o exercício das funções previstas para a PM. A mudança precisa ser publicada no Diário Oficial do Estado. O governo de Pernambucano aceitou outra sugestão do Ministério Público: estabelecer regras específicas na avaliação física de transexuais. Pelo acordo, os exercícios terão de ser feitos de acordo com as condições biológicas do candidato, e o gênero. A eliminação compulsória de transexuais femininos e masculinos gerou uma nota de repúdio da III Conferência Estadual LGBT. A tendência é que os exames físicos sigam o modelo adotado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), pelo qual o atleta deve ser avaliado, com laudo médico, segundo as características físicas mais aproximadas: se homem ou mulher. Ao todo, 121.807 pessoas se inscreveram para disputar as 1.500 vagas do concurso da PM de Pernambuco. Não há estimativa de quantos candidatos sejam transexuais, ou mesmo homossexual. O Grupo Gay da Bahia vai encaminhar demanda as Secretarias de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social do Estado (SJDHDS) , Secretaria municipal de desenvolvimento social (Sedes) e Centro Municipal de Referência LGBT com a finalidade de instituir grupo de trabalho para acompanhar os editais de recrutamento no Estado. O GGB elegeu a transexualidade como tema da 15 Parada do Orgulho LGBT da Bahia que acontece em Salvador no dia 11 de setembro próximo. O tema escolhido foi “Uma vida sem violência é um direitos das travestis e mulheres trans. A mensagem indica que em casos de violência a pessoa ligue para o Disk 100. A população de homens trans também será contemplada, a mensagem de traz mensagem de respeito aos homens trans, uma população que existe e vive no anonimato, mas que a cada dia busca visibilidade social.
Nome social: uso por advogadas travestis e transexuais é uma grande vitória, afirma presidente do GGB
Salvador, Bahia, 19 de maio de 2016 – Do GGB – O presidente do Grupo Gay da Bahia, Marcelo Cerqueira, comemorou a aprovação pelo Conselho Pleno OAB – instância máxima de decisão da entidade – da utilização do nome social por advogados e advogadas travestis e transexuais no registro da Ordem. A proposta aprovada no último 17 de maio internacional de combate a homofobia permite ainda a inclusão do nome social nas carteiras de identidade profissional. O relatório elaborado pelo conselheiro federal Breno Dias de Paula, de Rondônia, determina que o período de carência para a adequação à novidade seja de seis meses. A proposição aprovada nesta terça-feira determina que o nome social seja incluído ao lado do nome de certidão na carteira profissional e nas identificações online no âmbito dos sistemas da OAB em todo o Brasil. Na visão do militante LGBT, a decisão da OAB demonstra que a entidade vem envidando esforços reais para proteger a dignidade humana; neste caso específico, se seus próprios filiados. “O nome social tem fundamental valor subjetivo, tem profunda relação entre a pessoa e seu meio, e até consigo mesma. Foi realmente uma decisão que nos dá a certeza de que a luta por uma sociedade justa tem surtido efeitos”.
17 de maio, dia mundial contra a Homofobia
Salvador, Bahia, 17 de maio de 2016 – Por LUIZ MOTT – Nos últimos tempos, alguns acadêmicos e militantes tem defendido a hipótese que a homofobia – hoje chamada de LGBTfobia, teria sido implantada no Brasil como “política de Estado” durante a ditadura militar. Ledo engano. Desde a Colônia, passando pelo Império, e sobretudo nos últimos anos, a discriminação aos LGBT sempre foi institucionalizada, percorrendo todos os estratos sociais. De norte a sul do país se ouve dizer “viado tem mais é que morrer!” ou, como repetiu o Deputado Bolsonaro, “prefiro meu filho morto do que gay!” Apesar do Brasil ostentar um vibrante lado cor de rosa, com a maior parada gay do mundo, com um deputado gay assumido e célebres artistas assumidamente lésbicas, nosso país é marcado pelo vermelho sangue: a cada 27 horas um gay ou travesti é barbaramente assassinado, vítima de crime de ódio. Somos o campeão mundial homicídios homofóbicos, reforçados pela impunidade dos criminosos. Em 2016 foram documentados 318 assassinatos de lgbt e como mostra o site “Quem a homotransfobia matou hoje” https://homofobiamata.wordpress.com/ só nesse ano já foram assassinados 113 lgbt, 12 na Bahia, depois de S.Paulo (19 vitimas), o estado mais homofóbico do país. “Tal barbaridade tem solução, diz o antropólogo Luiz Mott, fundador do GGB: educação sexual científica em todos os níveis escolares, equiparação legal da homofobia ao crime de racismo e políticas públicas eficazes em favor de mais de 10% dos brasileiros e brasileiras da tribo do arco íris, que já têm o direito de casar mais correm grave risco de vida de andar de mãos dadas pela rua”. A propósito, foi o Grupo Gay da Bahia quem introduziu em 1982 no Brasil o termo “homofobia”, assim como a celebração do Dia Mundial contra a Homotransfobia.
Caso Bruna Menezes: Audiência para apurar caso de transfobia acontece nessa sexta-feira na 4 Vara crime de Itapuã.
Caso Bruna Menezes: Audiência para apurar caso de transfobia acontece nessa sexta-feira na 4 Vara crime de Itapuã. Salvador, 12 de maio de 2016. Por GGB. Acontece amanhã, sexta-feira, 13, ás 15h na 4ª Va dos Sistemas dos Juizados Especiais e Criminal de Itapuã de Bruna Menezes, transexual vitima de transfobia praticada por Francisco Santos da Silva, que responde por lesão corporal, praticada contra a mesma. Bruna prestou queixa crime na Delegacia do Bairro de Tancredo Neves, acompanhada de sua mãe, Marcelo Cerqueira e Millena Passos. O caso recebeu grande repercussão nos meios de comunicação, e muita indignação de populares. Amanhã as partes buscará uma conciliação, isto é uma recompensa financeira proveniente da agressão, á vitima recebe algo em troca e arquiva-se o processo. Outro desfeche do processo é a suspensão da condicional no processo determinando a reclusão do agressor. O outro réu, Jailson dos Santos, responde por tentativa de homicídio qualificado, ainda sem data prevista para audiência de instrução. O advogado Rogério Mattos, criminalista acompanha o caso por intermediação do Grupo Gay da Bahia. “ É preciso que a Lei seja aplicada, para acabar com a impunidade” disse o magistrado. O Grupo Gay da Bahia (GGB) espera a condenação dos envolvidos, com base na sustentação de que os mesmos praticaram um crime premeditado e com requinte de brutalidade, atentando contra a vida da transexual e do seu parceiro, alvejado por um disparo por arma de fogo na região pélvica, deixando-o em grave estado de saúde. “ Vamos botar esses bandidos um por um na cadeia” disse Marcelo Cerqueira presidente do GGB.
Como é namorar alguém que é assexual?
Image captionSophie achava que George era ‘homorrômantico’ até o beijo no cinema CAMILA RUZ / DA BBC NEWS MAGAZINE – Salvador, 8/05/2016 – Sophie e George são jovens, apaixonados e…assexuais. Mas um namoro sem sexo não significa um relacionamento simples e sem complicações. Sophie Jorgensen-Rideout e George Norman se conheciam por cerca de cinco meses antes de se encontrar para um cinema – e assistir a Como Treinar o seu Dragão. Mas uma coisa levou a outra, e os dois acabaram se beijando. “Eu entendo que quando dizemos ‘nós nos beijamos’, isso geralmente significa outra coisa para as pessoas”, diz George. O estudante de 21 anos está entre a pequena parte da população britânica – 1% – que se declara assexual. Mas apesar de George já saber de sua orientação há algum tempo, ele só começou a se identificar abertamente como assexual no primeiro ano da universidade. Leia também: Jovem aborda tabu de viver sem desejo sexual: ‘Não acho que eu esteja perdendo alguma coisa’ “Outras pessoas assexuais acham isso engraçado, mas, no meu caso, na maior parte da minha infância e adolescência, eu meio que pensava que todos eram como eu. Eu simplesmente achava que eles estavam escondendo de uma forma melhor do que eu”, conta. Ser assexual não é uma escolha, como o celibato. George nunca sentiu atração sexual por ninguém, mas, como tantas outras pessoas na comunidade assexual, ele está em um relacionamento amoroso. O primeiro beijo veio como uma surpresa. “Eu achava que George era ‘homorromântico’”, conta Sophie. “Isso só mostra como o romantismo pode ser fluido.” Uma pessoa “homorromântica” é a que sente atração romântica por pessoas do mesmo sexo. Esse é apenas um dos inúmeros termos usados para descrever as diferentes formas de atração amorosa entre as pessoas. Image captionGeorge e Sophie estão entre a pequena parte da população britânica – 1% – que se declara assexual “Eu não acho que haja qualquer relação entre sexo e amor. Isso só me confunde, essa ideia de que um não existe sem o outro”, relata Sophie. “Acho que a sexualidade é relativa e variável, assim como o romantismo, então é pouco provável que você consiga encaixar tudo isso em um único padrão.” A identidade sexual que Sophie gosta de usar para se definir é “assexual cinza”. Ela descobriu o termo ao compartilhar suas experiências nas inúmeras redes sociais e páginas de discussão sobre o tema na internet – incluindo a Asexual Visibility and Education Network (Rede de Educação e Visibilidade para Assexuais), a principal plataforma online em inglês para a comunidade assexual. Eu não acho que haja qualquer relação entre sexo e amor. Isso só me confunde, essa ideia de que um não existe sem o outro. Sophie Jorgensen-Rideout, que se define como ‘assexual cinza’ Não há uma definição exata sobre o termo assexual cinza, mas geralmente ele descreve pessoas que estão em um meio termo entre serem “sexuais” ou “completamente assexuais”. Para Sophie, isso significa que ela sentiu, em rara ocasiões, atração sexual. “É algo que vem e vai. Às vezes está ali, mas eu posso simplesmente ignorar, apagar isso e continuar meu dia normalmente.” A variedade enorme de tipos de assexuais muitas vezes é mal compreendida. Pessoas da comunidade muitas vezes ouvem comentários de que estariam “confusas” ou mesmo “rotulando sentimentos desnecessariamente”. Leia também: Ciência revela as melhores estratégias para a paquera virtual “Existem muitos estigmas e concepções erradas sobre o tema”, diz Evie Brill Paffard, que se identifica como “demissexual” e está em um relacionamento com outras três pessoas. “Assexual significa simplesmente uma falta de atração sexual. Não significa nada além disso. Pode ser interpretado de diversas maneiras.” O termo “demissexual” é utilizado geralmente para descrever pessoas que só sentem atração sexual por alguém depois de ter um vínculo emocional forte com essa pessoa. Não é o mesmo que optar pela abstinência. Evie não consegue sentir qualquer atração sexual até que haja um laço romântico muito forte ali. Image captionEvie é ‘assexual’ mas faz sexo com as três pessoas com quem mantém um relacionamento – ela é demissexual e adepta do poliamor “A ideia de que você pode olhar uma pessoa ou conhecê-la e logo se sentir atraído sexualmente por ela é algo que é normal para muita gente, mas comigo não acontece.” Evie conheceu seu primeiro namorado em uma sociedade de estudantes do fetiche. “Pessoas assexuais podem parecer um pouco bizarras”, ela diz. Elas podem não estar interessadas no lado sexual da coisa, mas ainda podem curtir um tipo de “emoção hedonista”. A jovem normalmente diz às pessoas que está em diversos relacionamentos – ela é adepta do “poliamor” – antes de dizer que é demissexual. “Acho que com a comunidade do poliamor, existem várias concepções erradas. Porque normalmente as pessoas pensam que isso significa curtir um swing e transar com todo mundo. Mas para mim, não é assim. Eu simplesmente amo várias pessoas.” Pesquisas sugerem que pessoas assexuais, em geral, são vistas de forma mais negativa do que pessoas com outras orientações sexuais. Entre todos os grupos estudados, elas são frequentemente vistas como “desumanizadas”, vistas por agirem, ao mesmo tempo, como máquinas ou como animais. “Acho que essa é uma atitude comum que as pessoas têm em relação a pessoas e relações que, só por existirem, fazem com que elas acabem questionando suas próprias ações e premissas”, afirma Nick Blake, que não é assexual, mas está em um relacionamento com uma demissexual. ‘Quando você para de ver as coisas no velho padrão em que elas se apresentam, a vida fica muito mais interessante. Nick Blake, que namora uma pessoa assexual Ele conheceu Liz Williams dois anos atrás em uma festa de Ano Novo. “É como ter uma conversa sobre respirar. Faz com que você adquira uma super consciência sobre sua própria respiração e você vai acabar sentindo que é estranho e pouco confortável”, diz ele. “Acho que é daí que vem um pouco da confusão e do desentendimento sobre o tema.” Image captionLiz é assexual, mas namora Nick, que não
PLANO DE EDUCAÇÃO: “Machismo, intolerância e fundamentalismo religioso alteraram texto”,…
“Por conta da desinformação, do machismo, da intolerância e do fundamentalismo religioso o plano foi modificado por 5 emendas que eu e mais dez deputados não aceitamos” Salvador, Bahia, 7 de maio de 2016 – De Fabio Sena. Em discurso contundente de vinte minutos, a deputada estadual Fabíola Mansur (PSB) manifestou, no plenário da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (4), sua profunda indignação com as emendas que, segundo ela, mutilaram o Plano Estadual de Educação ao vetar a inclusão de temas relacionados à diversidade sexual e às questões de gênero, suprimidos no relatório final. O texto que define as diretrizes para a Educação nos próximos dez anos foi aprovado por maioria em uma tumultuada sessão, inclusive com refregas entre os grupos feministas e LGBT e um grupo de evangélicos. Ao defender sua tese de manutenção do texto original, Fabíola Mansuir – que é presidente da Comissão de Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa – afirmou que o texto originário era fruto de amplos debates com a sociedade civil organizada, daí a razão de seu inconformismo. Ela argumentou que o plano foi democraticamente debatido por mais de 50 instituições e uma gama de educadores, e que o texto aprovado contraria frontalmente um pensamento coletivamente construído. “Trata-se de uma visão distorcida do que seja educação sexual, do que seja discutir gênero na escola”. Leia aqui o voto em separado apresentado pela deputada Fabíola Mansur: DECLARAÇÃO DE VOTO. [youtube https://www.youtube.com/watch?v=pFZ_yKkJg_A] “Com 9 diretrizes e 20 metas, entre as quais se encontram a universalização da educação, erradicação do analfabetismo, ampliação de escolas em tempo integral, valorização dos professores, respeito as diversidades e combate a todas as formas de discriminação, o PEE que valerá para a próxima década, discutido e elaborado por quem trabalha e conhece a educação, foi preparado para a sociedade que quer promover a paz e respeito, que valoriza a educação não racista, não machista, não homofóbica, não sexista como principal ferramenta de formação de cidadãos solidários e fraternos. Por conta da desinformação, do machismo, da intolerância e do fundamentalismo religioso o plano foi modificado por 5 emendas que eu e mais dez deputados não aceitamos”, explicou. O projeto foi aprovado por unanimidade em primeiro turno e por maioria em segundo turno, quando diversos parlamentares ocuparam a tribuna para fazer declaração de voto. Fabíola, presidente da Comissão da Mulher, foi a primeira a ocupar a tribuna para apresentar declaração escrita de voto, em que rejeitava todas as emendas. O documento foi subscrito por ela, pelas petistas Fátima Nunes, Neusa Cadore, Luiza Maia e Maria del Carmem; pela bancada do PC do B (Bobô, Zó e Fabrício Falcão), por Marcelino Galo, presidente da Comissão de Direitos Humanos, além de Marcell Moraes (PV) e Gika (PT). – See more at: http://blogdofabiosena.com.br/v2/noticias/politica/plano-de-educacao-machismo-intolerancia-e-fundamentalismo-religioso-alteraram-texto-diz-fabiola/#sthash.xbN5GU50.dpuf
Mais uma desse deputado sujo Sargento Isidório: GGB vai denunciar o deputado ao Ministério Público.
Salvador, Bahia, sábado, 7 de maio de 2016 – O presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, afirma entregará nesta segunda-feira (9) um notícia-crime ao Ministério Público Estadual contra o deputado estadual Sargento Isidório (PDT). O motivo, segundo Cerqueira, são muitos, mas o fator determinante foi um vídeo divulgado em que o parlamentar aparece ao lado de uma idosa a quem chama de mãe e faz brincadeiras interpretadas pelo GGB como de mau gosto. O pedetista, no intuito de fazer uma homenagem pelo Dia das Mães de forma diferente, agradece-a por “não ser sapatona”, se não “eu não teria nascido”. “Isso é uma ignorância. Nenhuma mulher hoje precisa transar para ter filho, para isso existem meios de fertilização”, rebateu Marcelo Cerqueira em entrevista ao Bocão News. Em outro trecho, Isidório insinua que pega na parte íntima da mãe e leva ao nariz. “Mais uma desse deputado sujo Sargento Isidório. Quer fazer humor lixo com o nosso povo, mas ele não é humorista, é deputado, por isso é necessário que se respeite e respeite os seus pares. Uma ofensa às mulheres, utilização de nome inadequado para se referir às mulheres lésbicas. Nada impede que as lésbicas deem luz a bebês, seja por relação sexual ou por outros meios de fertilização. Mas, sem dúvida ele se refere a essas mulheres como infértil de forma premeditada dando segmento a sua campanha caluniosa contra os LGBTs. Uma pessoa como esta é indigna de ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia. Na segunda-feira, o GGB estará enviando ao Ministério Público a representação criminal”, avisou Cerqueira em publicação na rede social Facebook. Segundo o presidente, uma nota técnica sobre o comportamento do deputado em relação à comunidade homossexual já vinha sendo feita desde antes, com vasto relatório sobre a mobilização que o parlamentar teve na discussão do Plano Estadual de Educação, contra o qual apresentou uma emenda pedindo a retirada dos termos gênero e diversidade sexual como temas de debate em salas de aula. “Não sabemos se isso é homofobia ou uma forma de promoção social, mas é preciso questionar esse tipo de tratamento do deputado a estas pessoas. Seria importante que outras entidades também se manifestassem. Esse homem tem que ter um freio. Ele acha que não tem limites”, avaliou Cerqueira.
GGB repudia Plano de Educação aprovado sem inclusão de gênero e sexualidade. Um retrocesso!
Salvador, Bahia, quarta-feira, 4 de maio de 2016 – Do GGB – Não adiantou tanto esforço e luta dos movimentos sociais para aprovação do Plano Estadual de Educação na integra. O plano original constava itens sobre questões de gênero e sexualidade, como por exemplo, a importante temática que aborda a Orientação Sexual. Os deputados aprovaram nessa fatídica tarde de hoje o texto com a exclusão das palavras “gênero e sexualidade, orientação sexual”, causando um grande retrocesso, uma verdadeira pá de cal na tão sonhada educação inclusiva. Nesse dia de hoje o conservadorismo do parlamento baiano pois fim em uma caminhada que tinha como finalidade poder levar esse debate para as escolas, o Grupo Gay da Bahia (GGB) repudia este ato dos deputados, justificado apenas pela ignorância e obscurantismo. O Plano Estadual de Educação é uma ferramenta importante para o fortalecimento do trabalho do educador, dando-lhe amparo técnico para tratar desses assuntos com os educandos em sala de aula. Sem essas temáticas importantes e atuais, o profissional da educação, nesse caso o professor, ficará sem o apoio necessário para fazer as abordagens de forma livre e democrática, pois ficará vulnerável diante da Coordenação da Escola, bem como da família, principalmente aquelas mais ortodoxos e fundamentalistas, que poderão interpelar os professores, inclusive judicialmente, caso sintam-se prejudicados de alguma forma. Inicialmente o referido projeto não parecia ser alvo de polêmica, mas infelizmente, de hora para outra se se tornou o centro das atenções. Por iniciativa do deputado Sargento Isidoro (PDT), iniciou-se uma campanha difamatória e sem conteúdo cientifico, onde o mesmo alegou que o plano agride as famílias. Para combater aprovação do projeto, o referido pastor recrutou uma grande quantidade de membros da Fundação Dr. Jesus, que empunharam cartazes de cunho racistas, discriminatório e preconceituosos fizeram grande tumulto na entrada da galeria do plenário da Assembleia Legislativa e, aos gritos, arrazoavam palavras de ordem contra os LGBT. Militantes e lideranças dos movimentos sociais disputavam no grito palavras de ordem com a tropa do “soldados do pastor Isidório”. O tumulto na porta da galeria foi tão grande que precisou de uma comissão para intermediar o acesso dos educadores e militantes, que apesar de grande, era inferior ao número de pessoas que o deputado Izidório arregimentou de sua instituição, a maioria homens, segundo eles em tratamento dependência química. A comissão foi formada pelas deputadas Fabíola Mansur (PSB), Luiza Maia (PT), Deputado Sargento Izidório, Defensora Eva dos Santos e ouvidora Vilma Reis Ambas representando a Defensoria Pública da Bahia. A votação de hoje foi aberta e a deputada Fabíola Mansur (PSB) declarou o seu voto por escrito, em favor do plano, mas solicitando aprovação na integra, com as expressões “gênero, Sexualidade e Orientação Sexual”, conforme o foi enviado pelo Governo da Bahia, a ser submetido ao Legislativo. O processo de construção do Plano foi muito bem organizado, ouviu a sociedade civil, professores, intelectuais, entidades das mais diversas. Ressaltou Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia e um dos lideres desse movimento que “o texto inclui pessoas que ao longo da história da educação tiveram esse direito negado”. O Plano segue agora para o governador Rui Costa que deverá aprovar o documento no formato que foi enviado ao Legislativo, com as emendas apresentadas pelos deputados, ou vetá-las, o que seria para o movimento social a manutenção das conquistas realizadas ao logo dos anos na abordagem dos temas nas escolas baianas. “É preciso sensibilizar o governo da Bahia, para aprovação do Plano no formato que foi originalmente submetido para apreciação dos deputados, pelo Executivo Estadual”, conclui Cerqueira. Confira os nomes dos deputados a favor do texto original do Plano, votaram contra a retirada de “Gênero e sexualidade”. Fabíola Mansur, Marcell Moraes, Marcelino Galo, Fabricio Falcão, Gika, Fátima Nunes, Bobô, Luíza Maia, Maria Del Carmen, Neuza Cadore Zó.
Rosemma Maluf é eleita madrinha da Parada LGBT da Bahia
Salvador, Bahia, sexta-feira, 29 de abril de 2016. Redação do GGB. A empresária Rosemma Maluf, secretária municipal de Ordem Pública de Salvador (Semop), foi eleita, ontem, dia 27, madrinha da V Semana da Diversidade e da 15ª Parada do Orgulho LGBT da Bahia. O Grupo Gay da Bahia (GGB) solicitou aos seus associados a indicação de nomes para receber a honraria, concluindo com uma lista composta por dez personalidades femininas baianas, que de alguma maneira se relacionam com a luta LGBT no Estado. Feita a votação pelo Canal Me Salte, o resultado foi surpreendente. Foram contabilizados 18.773 votos, após sete dias de votação, a secretária Rosemma Maluf recebeu 13. 114, representando 69% da preferencia dos internautas. O nome de Rosemma foi bem recebido pela entidade que reconheceu a vontade dos internautas. “Uma honra para o GGB poder ter o valor social do nome e do trabalho dessa mulher enérgica emprestado a nossa causa” disse Marcelo Cerqueira, presidente da entidade informando ainda que é importante valorizar mulheres que atuam em funções tradicionalmente masculinas, como é o caso dela, que vem realizado excelente trabalho no ordenamento do comércio informal em Salvador, sem prejudicar a circulação de pedestres n áreas comerciais da cidade. A secretária, hoje por volta das 11h se manifestou respondendo positivamente á honraria. “Para mim foi uma surpresa encontrar meu nome para madrinha LGBT. E depois a emoção após o resultado. Foi muita animação ver as pessoas se mobilizando, se envolvendo na campanha, através das redes sociais e isso me deu empolgação. A confirmação de meu nome mostra que as pessoas estão depositando confiança no meu papel como madrinha, e vou desempenha – lo com dedicação, por esta causa justa. Precisamos combater o preconceito. Ele machuca. E a palavra que eu destacaria é carinho. Mais amor menos preconceito, esse será o meu tema para a Parada LGBT 2016.” A segunda mais votada foi a cantora Aline Rosa com 10,5% dos votos, embora inicialmente pontuasse como a preferida dos internautas. A cantora tem se destacado pelo seu trabalho musical e suas abordagens de dar poder a mulher, em relação ao corpo e a participação do gênero em festas como o carnaval de Salvador. O terceiro lugar foi para a deputada federal Eronildes Vasconcelos, Tia Eron com 8,8% dos votos. Apesar de ter pontuado na eleição virtual a inclusão na lista do nome da deputada foi motivo de grande polêmica nas redes sociais. De acordo com o GGB a intenção de incluir seu nome foi exatamente gerar debates em torno de seu descaso face a luta dos direitos humanos lgbt. Em 2013 , a vereadora Tia Eron, vice-presidente da Comissão de Constituição, Justiça da Câmara Municipal de Salvador , não teve boa vontade em dar parecer ao projeto de Lei da então vereadora Fabíola Mansur, que estendia uso dos sanitários femininos as mulheres transexuais na cidade de Salvador. “ Ela engavetou o projeto por meses, depois passou para outra vereadora dar o parecer, acreditando que a matéria não tinha interesse social”, declarou Cerqueira. A V Semana da Diversidade Cultural acontece em Salvador de 4 a 11 de setembro, antes da 15ª Parada, tradicionalmente realizada no segundo domingo de setembro. Estão previstas uma serie de atividades culturais como mostra de filmes, seminários, debates, shows de bandas musicais, exposição de artes plásticas e fotografia, além da III Paradinha LGBT do Tororó. A 15ª Parada do Orgulho LGBT da Bahia tem como tema central as pessoas travestis e transexuais. A mensagem é “Uma vida sem violência é um direito de Travestis e Transexuais”, estimulando a denúncia da violência através do Disk 100”. As modelos são Ariane Sena, estudante de psicologia e Bruna Menezes, cabelereira, ambas vítimas de tentativa de homicídio pelo fato de serem transexuais são destaques da parada. A eleição e o aceite de Rosemma Maluf como Madrinha da 15ª Parada LGBT da Bahia,mulher ágil, moderna e de cabeça pra frente, faz com que a luta da diversidade torne-se pauta da agenda de nossa cidade.