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LGBTI+ lutam por maior representação nas Câmaras Municipais

Release – Boletim Nº01/2024 – Programa Voto Com Orgulho Programa Voto Com Orgulho divulga primeira parcial de pré-candidaturas LGBTI+ e aliadas para as Eleições Municipais de 2024 no Brasil. Com o objetivo de apurar o número de candidaturas LGBTI+ e de pessoas aliadas à causa nas Eleições Municipais de 2024, a Aliança Nacional LGBTI+, através do Programa Voto com Orgulho, iniciou o cadastramento de pré-candidaturas a vereança e a prefeitura das cidades brasileiras. Neste primeiro boletim de apuração parcial das pré-candidaturas cadastradas, temos um total de 150 pré-candidaturas, sendo 132 pessoas LGBTI+ e 18 pessoas aliadas à causa.  Das 150 pessoas pré-candidatas, 147 são para vereança e 03 para prefeita/o. Das pré-candidaturas cadastradas até agora, o estado de São Paulo é o que possui o maior número com 34, seguido do Rio de Janeiro com 22 e do Paraná com 14. Os estados de Minas Gerais e Pernambuco aparecem cada um com 9. Já o Rio Grande do Sul conta 10 pré-candidaturas e a Paraíba registra 6. Os estados da Bahia, Ceará e Santa Catarina, cada um, aparece com 5. Os estados de Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso, Piauí e Rio Grande do Norte, cada um, registra 4 pré-candidaturas e o Maranhão aparece com 3. Por fim, os estados do Pará, Goiás e Sergipe, cada um conta com 2 pessoas pré-candidatas e Amazonas e Tocantins, cada um, com apenas 1 pré-candidatura. Em relação a identidade de gênero das pessoas cadastradas 44% são mulheres, entre as 66 pré-candidatas, 28 são mulheres cis e 38 são mulheres trans e travestis; homens cis totalizam 69 pré-candidatos. Temos ainda 1 homem trans como pré-candidato e 14 pessoas não bináries. Das mulheres trans, 03 se declaram pessoas intersexo. Entre as pessoas não binárias, 02 também se declararam intersexo. No tocante a identidade sexual das pré-candidaturas identificamos 63 gays, 16 bissexuais, 17 lésbicas, 6 pansexuais, 2 assexuais, além de 46 pessoas heterossexuais – sendo destas: 29 mulheres trans, 15 pessoas cis aliadas, 01 homem trans e 01 pessoa não binária. No marcador raça/cor, as pessoas negras (pretas e pardas) lideram o ranking com 52,7%, sendo 79 pré-candidaturas. Já pessoas brancas possuem 66 pré-candidaturas, pessoas indígenas com 2, amarelas com 2 e pessoa cigana com 1. Quanto a escolaridade, apuramos que 94 pessoas têm curso superior completo, 27 superior incompleto, 22 ensino médio completo, 5 ensino médio incompleto, 1 ensino fundamental completo e 1 fundamental incompleto. Das pessoas cadastradas com curso superior, 28 tem especialização, 14 mestrado e 5 doutorado. Das pré-candidaturas cadastradas 46 são filiadas/os/es ao PT, 25 PSOL, 18 PDT, 13 Rede Sustentabilidade e PSB, 13. Dos demais partidos: 05 PV, 06 Podemos, 04 Cidadania, 04 Progressistas, 05 MDB, 03 PCdoB, 02 PSDB, 02 Solidariedade e com apenas 1 pré-candidatura Republicanos, AGIR, União Brasil e Partido da Mulher Brasileira (PMB). Do ponto de vista político-ideológico, 94 se identificam de esquerda, 33 centro-esquerda, 12 centro, 7 extrema-esquerda, 2 direita e 2 de centro-direita. De acordo com o diretor de Políticas Públicas da Aliança Nacional LGBTI+ e coordenador geral do Programa Voto Com Orgulho, Cláudio Nascimento, “esse primeiro boletim nos dá uma dimensão do quanto a comunidade LGBTI+ vem aumentando a sua participação política e buscando ampliar a representatividade no poder legislativo, especialmente. Vamos acompanhar e apoiar este movimento que vem se capilarizando nas cidades brasileiras. As eleições municipais são espaços estratégicos para pautar a nossa agenda por cidadania e contra a discriminação. Em 2020, elegemos mais de 100 vereadoras/es LGBTI+ e esperamos que neste ano consigamos eleger muito mais”. “Vamos apoiar todas as candidaturas LGBTI+ e Aliadas a causa, oferecendo suporte em relação a violência política, notícias falsas (fake News) e discursos de ódio contra cada as nossas candidaturas. O Voto com Orgulho é pluripartidário e se constitui como uma rede de cooperação e solidariedade para que as pessoas LGBTI+ e aliadas da causa possam oferecer seus nomes ao pleito eleitoral. Somos cidadãs e cidadãos que devem ter representação nos espaços públicos de poder.”, afirmou o presidente da Aliança Nacional LGBTI+, Toni Reis. Veja aqui a lista parcial de pré candidaturas Lgbti+ e Aliadas a Causa: https://aliancalgbti.org.br/wp-content/uploads/2024/04/Voto-com-Orgulho-2024_1-parcial_19-04.pdf Quem realiza: O Programa Voto Com Orgulho é coordenado pela Aliança Nacional LGBTI+ em parceria com o Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI+ (Rio de Janeiro) e o Grupo Dignidade (Curitiba), e conta com apoio institucional do Sinergia Instituto de Diversidade Sexual de Minas Gerais, da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, a União Nacional LGBT, Rede Trans, Sleeping Giants Brasil, Associação de Famílias Homotransafetivas (ABRAFH) e Global Equality Caucus. Se você ainda não cadastrou sua pré-candidatura, acesse: https://forms.gle/uXJY86qurskAHs5V6 Se você conhece alguém que pretende se candidatar, compartilhe essa informação. Informações: votocomorgulho@votocomorgulho.org.br Informações para imprensa:Cláudio Nascimento (21) 99144-9977 e Whats App (21) 98351-8759Toni Reis (41) 99602-8906 Gregory Rodrigues (31) 98334-8957 (Assessor de Imprensa)

Saiba o que é Ballroom e outras celebrações LGBTQIAPN+

Legenda: Silvia Miranda é a pioneira da cultura ballroom no Ceará/Foto: Régis Amora e Tomaz Maranhão/Divulgação. Redação do Grupo Gay da Bahia – ggbbahia@gmail.com / @marcelocerqueira.oficial A cultura ballroom – preta, latina e LGBTQIAPN+ – se caracteriza por ser um movimento de grande relevância na luta pela diversidade. O ponto principal é que as pessoas têm abertura para ser quem elas são verdadeiramente. Continue lendo para saber mais sobre essa e outras celebrações LGBTQIAPN+. O que é a cultura Ballroom? Resumidamente, a cultura ballroom é um movimento político e de entretenimento que visa fortalecer a diversidade de sexualidade, gênero e raça. Os balls nasceram nos subúrbios de Nova York e aos poucos ganharam os holofotes, sendo integrados à cultura pop.  A difusão da cultura ballroom permitiu que corpos marginalizados ganhassem destaque e voz perante o mundo. Atualmente, há referências claras a esse movimento em produções como a série “Pose” de Ryan Murphy e o reality show “RuPaul’s Drag Race”. O documentário “Paris is Burning”, de Jennie Livingston, é outro exemplo. A história do surgimento da cultura Ballroom O Harlem, bairro do subúrbio nova-iorquino, foi o cenário do surgimento da essência do que viria a se estabelecer como a cultura Ballroom. Data de 1849, os primeiros registros de um baile onde os homens vestiam-se com um visual feminino. Tratava-se do “Annual Masquerade and Civic Ball”, organizado pela Grand United of Odd Fellows.  É importante contextualizar que concursos de beleza voltados para drag queens e pessoas trans se tornaram comuns desde a década de 1960. No entanto, apenas para o público branco e europeu.  Nesse contexto de padrões racistas nos concursos, a famosa drag queen Crystal Labeija decidiu organizar um novo segmento de balls. O público-alvo dessa nova vertente eram pessoas negras e latinas. Assim teve início a cultura ballroom tal qual conhecemos atualmente. Houses: o que são? Além de ter sido a responsável pela criação de balls inclusivas, Crystal Labeija foi a criadora da primeira house, chamada “House of Labeija”. As houses nada mais são do que coletivos em que há relações de afeto. Em outras palavras, é como uma família cuja liderança é feita por uma mother ou um father. Na década de 1980, durante o surto de HIV, as houses tiveram grande importância para o público LGBTQIAPN+. Essas casas acolhiam jovens que eram expulsos de casa por questões relacionadas a gênero e sexualidade. Os “filhos” adotavam o sobrenome da casa e quando eram premiados nos balls traziam prestígio para o lugar que os acolheu.  Mas, o que são os balls? Os balls foram criados na década de 1970 e eram eventos de entretenimento e também de caráter político. Neles, pessoas LGBTQIAPN+, latinas e pretas podiam se expressar sem medo e com total liberdade. Resumidamente, era um tipo de baile onde as pessoas se reuniam para uma celebração em que categorias eram disputadas.  Cada categoria tinha um vencedor contemplado com um troféu, esse prêmio era direcionado também a sua house. No decorrer do ball, eram escolhidos premiados os ganhadores de categorias como beleza, dança e performance.  As apresentações de caráter mais simbólico eram aquelas onde os participantes se caracterizavam e performavam de acordo com as suas aspirações profissionais. Devemos lembrar que nesse período histórico, pessoas queer e marginalizadas não tinham abertura para exercer determinadas profissões. Dessa forma, os balls representavam a oportunidade para que essas pessoas realizassem, de alguma forma, o seu sonho. Os participantes podiam performar com toda a sua graça e elegância como seriam desempenhando profissões que eram inalcançáveis na vida real. E o que é voguing? Voguing é uma dança de rua cujos passos são inspirados nas poses das modelos da revista de moda Vogue. Durante algum tempo, as pessoas LGBTQIAPN+ eram presas apenas pela sua sexualidade. Na prisão, seu único entretenimento era justamente as revistas Vogue. Tornou-se uma diversão reproduzir as poses das modelos brancas. Com o passar do tempo, o voguing foi evoluindo dando origem a novos estilos e modalidades na dança. Na década de 1980, a cantora Madonna conheceu a cena ballroom de Nova York e incluiu o voguing no seu clipe da canção “Vogue”.   Outras categorias dos ballrooms Legenda: O documentário ‘Paris is Burning’ (1990) é considerado o registro definitivo sobre a cena ballroom em NY /Foto: Reprodução Os ballrooms contavam com diversas categorias além do voguing. A maior parte delas tinha como foco a caracterização e performance como na categoria Realness onde os participantes representavam membros da realeza.  Todos os anos, os balls recebem novas categorias, sempre visando ampliar o seu acolhimento de corpos, contextos culturais e expressões. Confira abaixo alguns exemplos dessas categorias: A cultura ballroom no Brasil Legenda: No Ceará, a cultura ballroom também incorpora elementos regionais. Na foto, ball com tema junino / Foto: Divulgação Ao longo do tempo, a cultura ballroom se tornou um sinônimo de luta pela diversidade e resistência. Com toda certeza esse foi um movimento essencial para o fortalecimento da pauta LGBTQIAPN+ na grande mídia.  No Brasil, os primeiros passos desse movimento foram dados, nos anos 2000, por um clipe da cantora Madonna. Os passos da dança ganharam destaque antes mesmo que a cultura fosse conhecida. Para se ter uma ideia, em 2008 já havia cursos de voguing na região Sul do país.  Porém, a ideia de comunidade somente foi introduzida em 2011 através da House of HandsUp, sob o comando da mother Kona, em Brasília. Em paralelo, outras figuras relevantes passaram a propagar a cultura em novas houses espalhadas por todo o país.  Outras celebrações LGBTQIAPN+ O viés de luta pela diversidade e resistência da cultura ballroom foi grande impulsionador de celebrações LGBTQIAPN+. Foi fundamental para dar voz a pessoas que até então eram deixadas à margem da sociedade. Atualmente, existem diferentes movimentos, concursos e festas elaborados para esse público. Para os organizadores de eventos é um nicho bastante interessante, tanto do ponto de vista criativo quanto de aderência. A absorção do movimento ballroom pela cultura pop contribuiu para a abertura de um leque amplo de formatos de eventos. O ponto focal desse tipo de evento sempre deve ser a maior inclusão possível. Texto/https://lets.events/blog/ Foto/Jornal Diário do Nordeste

Ping pong com Maria Fernanda

O site fez uma entrevista tipo revista Capricho, divertida com Maria Fernanda, jovem trans ativista e uma das realizadoras da Parada da Engomadeira, leia. Ela revela que o dia mais feliz de sua vida foi quando recebeu seus documentos pessoais com o seu nome. Site/ Se não fosse você, quem gostaria de ser?MF/ Sim!  Nunca queria deixar de ser eu, amor ser essa pessoa simples, literalmente linda que me tornei. Site/A sua transição foi como, idade?MF/ Minha transição começou aos 12 anos de idade com uma mente menina, mas já com pensamentos em ser uma linda mulher. Site/Você começou com hormônios, qual?MF/ Comecei com Perlutan, sempre. Site/ Você ainda tá em busca de mais beleza?MF/ Sim, tenho alguns ajustes a serem feitos. Espero fazer logo, mas já me acho uma menina linda. Site/ Defina a beleza?MF/  A beleza pode ser definida como a qualidade do que é belo ou do que é agradável simples! Site/ Europa ou Estados Unidos?MF/ Não!! Site/ Uma experiência inesquecível?MF/ Depois de ter feito a retificação de nome  e gênero no registro civil, quando recebi  a carteira de identidade e CPF com meu nome. Site/ Um homem?MF/  Luciano Huck. Site/ Qual seu sonho que não sai da cabeça?MF/ Ficar estabilizada na vida e com muita saúde. Site/ Uma mulher trans?MF/ Léo Aquilla. Site/ Uma diva?MF/ Anitta. Site/ Um filme inesquecível?MF/ A donzela. Site/ Um robbyMF/ Sair para dançar Site/Quem levaria para uma ilha deserta?MF/Bons vinhos e meu boy magia.