Rainha e princesas do Carnaval LGBT de Salvador são eleitas

Segunda-feira (12), 16h, foi realizada a II Edição do Rainha LGBTRANS do Carnaval de Salvador, na praça Municipal com a finalidade de escolher a corte feminina formada por rainha e duas princesas. A jovem trans Nola Criola, 29 anos, mãe, casada, formada em Dança pela Universidade Federal da Bahia, moradora do bairro de Pirajá, foi eleita rainha, recebeu faixa, coroa e um prêmio no valor de 2.500 mil. Além de ser uma atividade festiva, o título ajuda a abrir espaços de palavras e respeito para a comunidade LGBT em Salvador. “É uma responsabilidade grandiosa que eu pretendo levar com seriedade, estou emocionada principalmente sendo uma travesti preta assumindo tal cargo” disse Nola. Ainda garantiu a presente não só no carnaval, mas em todas agendas políticas de reparação para que mais travestis e trans possam ter seus direitos assegurados e para reavivar a felicidade de sermos como nós quisermos ser! Performance vencedora! Nola é uma Travesti preta, onde dos seus 25 anos 10 estão preenchidos pela sua carreira nas artes, vinda do interior da Bahia trás consigo a força das terras áridas da mãe sertão e toda sua ancestralidade africana diásporica resgatado ao longo dos 8 anos que vive salvador , além de performer e dragqueen ela é dj, estudante da universidade federal da Bahia no curso de dança, mãe da grande Casa Criola dentro da cena ballroom soteropolitana e agitadora cultural das noites de salvador, Nola representa a luz solar irradiante do carnaval de salvador e a força de uma mulher trans preta nordestina com referências a música faraó da incrível Margareth Menezes Jackellyne Santos Coelho, 37 anos, trans, do bairro 7 de Abril, foi eleita a primeira princesa, recebeu prêmio 1.900 mil. Ela gosta sempre de sorrir, dançar, sagitariana com o coração aberto para amor ao próximo. A segunda princesa Jeane Reis, 31 anos, do bairro de Brotas, recebeu uma tiara em um cheque no valor de 1.500 mil. Dez candidatas participaram do evento, cada uma com uma entrada de 5min na passarela executando um número autoral, sob avaliação do corpo de jurados habilitados para a função. A organização adianta que em 2025 vai descolar a Rainha do tradicional Concurso de Fantasias e fazer um evento exclusivo. Entre os jurados Lizi mãe da cantora Majú e o escritor, jornalista e ex-deputado Federal Jean Wyllys. Os eventos têm por finalidade promover direitos, arte e a cultura LGBT no momento do Carnaval de Salvador, conhecido nacionalmente por ser um destino que acolhe e abraça a diversidade. É uma realização do Quimbanda Dudu e logística do Grupo Gay da Bahia, contou com apoio da Prefeitura do Salvador através Empresa Salvador Turismo (Saltur).
Fantasia luxo de Malévola vence em concurso Gay realizado dentro do Carnaval de Salvador

A pernambucana Kamylla Silva, de 30 anos, mulher trans foi classificada em primeiro lugar sendo a vencedora do Concurso Nacional de Fantasia Gay do Carnaval de Salvador realizado na noite de ontem (12), segunda-feira, 21h, na Praça Municipal, Centro. Pelo segundo ano consecutivo, ela venceu na categoria luxo, dessa vez com uma fantasia de 60 quilos de pedras, adereços como plumas, lantejoulas e penas de faisão, conquistou o prêmio de 9 mil, vestindo Malévola principal vilã do filme “A Bela Adormecida” da Disney, escolha acertada da campeã, que curte os últimos dias da folia, como se diz “de boa”. O segundo lugar foi para a carnavalesca Sandra Farias, 42 anos, mulher trans também de Pernambuco, que recebeu o prêmio de 8 mil, já o terceiro lugar, a premiação de 7 mil ficou com o baiano de Juazeiro, o carnavalesco Geraldo Pontes. O primeiro lugar na categoria originalidade venceu Michele Almeida, 28 anos, mulher trans natural de Recife, Pernambuco, recebendo prêmio de 7 mil. Apresentou a alegoria de uma bruxa que mexia um caldeirão e a noite se transformava em uma terrível aranha. O pernambucano Severino Queiroga, ficou no segundo lugar e levou o prêmio 6 mil com a alegoria dedicada ao Bloco Olodum. O carnavalesco idealizou para o Concurso, a fantasia Cantos e Encantos dos Oloduns, em homenagem ao grupo baiano Olodum, trazendo o lixo para o luxo, representando pobreza, fome do pescador, desaparecimento dos peixes e crustáceos, que servem de alimentos para a população indígena e afro-brasileira. Com a fantasia “Os Anjos Feriram-se”, trazendo o tema da guerra de Israel e Palestina, Antônio Matos, 38 anos, de Petrolina, Pernambuco, ganhou o terceiro lugar com premiação de 5 mil. Ao todo o Concurso teve 11 fantasias originalidade e 08 fantasias de luxo de grande porte. Rainha e princesas do Carnaval LGBT de Salvador são eleitas Segunda-feira (12), 16h, foi realizada a II Edição do Rainha LGBTRANS do Carnaval de Salvador, na praça Municipal com a finalidade de escolher a corte feminina formada por rainha e duas princesas. A jovem trans Nola Criola, 29 anos, mãe, casada, formada em Dança pela Universidade Federal da Bahia, moradora do bairro de Pirajá, foi eleita rainha, recebeu faixa, coroa e um prêmio no valor de 2.500 mil. Além de ser uma atividade festiva, o título ajuda a abrir espaços de palavras e respeito para a comunidade LGBT em Salvador. “É uma responsabilidade grandiosa que eu pretendo levar com seriedade, estou emocionada principalmente sendo uma travesti preta assumindo tal cargo” disse Nola. Ainda garantiu a presente não só no carnaval, mas em todas agendas políticas de reparação para que mais travestis e trans possam ter seus direitos assegurados e para reavivar a felicidade de sermos como nós quisermos ser! Performance vencedora! Nola é uma Travesti preta, onde dos seus 25 anos 10 estão preenchidos pela sua carreira nas artes, vinda do interior da Bahia trás consigo a força das terras áridas da mãe sertão e toda sua ancestralidade africana diásporica resgatado ao longo dos 8 anos que vive salvador , além de performer e dragqueen ela é dj, estudante da universidade federal da Bahia no curso de dança, mãe da grande Casa Criola dentro da cena ballroom soteropolitana e agitadora cultural das noites de salvador, Nola representa a luz solar irradiante do carnaval de salvador e a força de uma mulher trans preta nordestina com referências a música faraó da incrível Margareth Menezes Jackellyne Santos Coelho, 37 anos, trans, do bairro 7 de abril, foi eleita a segunda princesa, recebeu prêmio 1.500 mil. Ela gosta sempre de sorrir, dançar, sagitariana com o coração aberto para amor ao próximo. A primeira princesa é Havena Drumond, 27 anos, do bairro de São Cristovam do Aeroporto, recebeu uma tiara em um cheque no valor de 1.900 mil. Dez candidatas participaram do evento, cada uma com uma entrada de 5min na passarela executando um número autoral, sob avaliação do corpo de jurados habilitados para a função. A organização adianta que em 2025 vai descolar a Rainha do tradicional Concurso de Fantasias e fazer um evento exclusivo. Entre os jurados Lizi mãe da cantora Majú e o escritor, jornalista e ex-deputado Federal Jean Wyllys. Os eventos têm por finalidade promover direitos, arte e a cultura LGBT no momento do Carnaval de Salvador, conhecido nacionalmente por ser um destino que acolhe e abraça a diversidade. É uma realização do Quimbanda Dudu e logística do Grupo Gay da Bahia, contou com apoio da Prefeitura do Salvador através Empresa Salvador Turismo (Saltur).
Mamãe eu quero, mamãe eu quero!Inscrições para o II Rainha LGBTRANS do Carnaval de Salvador segue até sábado (10)

Salvador, 06 de janeiro 2023. A partir de hoje, terça-feira, faltam quatro dias para terminar o prazo regimental de inscrições no Concurso Rainha LGBTRANS do Carnaval de Salvador, evento que acontece segunda-feira, 12, de fevereiro na Praça Municipal, Centro Histórico. Para participar a candidata deve ter dezoito danos, ser natural da Bahia ou está morando ao menos três anos, basta acessar o formulário eletrônico https://forms.gle/uTFmjCN4FfWe6N988 e fazer a inscrição. Serão eleitas além da rainha e duas princesas por um júri composto por treze pessoas de notório saber da comunidade LGBT de Salvador. A premiação é R$ 2.500, primeira princesa; R$ 1.900, segunda e R$ 1.5 para cada vencedora nas respectivas categorias. Para a próxima edição do evento em 2024 a organização vai realizar algumas mudanças estruturais, que é somente uma, deve passar para duas. A proposta é tornar mais atrativo aumentando o valor da premiação, descolar do Concurso Nacional de Fantasia Gay da Bahia, alongar mais o reinado realizando sexta-feira, quando começa a folia. O Concurso faz parte das ações afirmativas da prefeitura de Salvador realizado pelo Grupo Quimbanda com apoio logístico do Grupo Gay da Bahia.
Dj Chiquinho é atração confirmada no Carnaval Gay de Salvador.

O DJ Chiquinho é um querido de nossa comunidade e ele vai está no 24 Concurso Nacional de Fantasia Gay do Carnaval de Salvador e no II Rainha LGBTrans 12 de fevereiro, a partir das 15h, na Praça Municipal, Centro. Ainda estamos aceitando inscrições, pelos formulários abaixo. https://forms.gle/ncLHR3Uyz26kFeSM7 https://forms.gle/uTFmjCN4FfWe6N988 Regulamento II Rainha LGBTrans
Quem foi o indígena Tibira, o 1º assassinado pela LGBTfobia no Brasil

Ele foi morto entre 1613 e 1614, diz o antropólogo Luiz Mott Publicado em 23/05/2023 – 08:21 Por Luiz Claudio Ferreira – Repórter da Agência Brasil – Brasília Uma pessoa amarrada à boca de um canhão como pena de morte por ser homossexual. A execução dividiu o corpo em duas partes. Essa história de terror, invisibilizada ao longo dos séculos, ocorreu no Maranhão, em 1613 ou 1614, nesse que pode ser o primeiro caso de assassinato por causa da homofobia no país. Segundo o antropólogo Luiz Mott, recuperar os detalhes do que ocorreu e garantir divulgação ao caso é importante não apenas para reconhecer o esquecimento do passado, mas também para se indignar com a atualidade. “Vivemos numa época ainda de intolerância, de machismo, de feminicídio. A homofobia é fruto da mesma mentalidade autoritária, patriarcal que queremos modificar por meio da educação sexual e de legislação, que garanta a cidadania plena dos homossexuais iguais, nem menos nem mais”, disse o professor e fundador do Grupo Gay da Bahia, em entrevista à Agência Brasil. O assassinato, ocorrido no século 17, é um caso, portanto, que estaria próximo de completar 410 anos. A vítima foi um indígena Tibira (termo genérico tupinambá alusivo à homossexualidade). Ele foi acusado de “sodomia”, um pecado aos olhos do fundamentalismo e da intolerância homofóbica por parte dos missionários franceses no Maranhão. Luiz Mott, que é um antropólogo, historiador e pesquisador, e também um dos mais conhecidos ativistas brasileiros em favor dos direitos civis LGBT Foto: Arquivo pessoal/Divulgaçāo – Foto: Arquivo pessoal/Divulgaçāo O crime foi registrado no livro História das coisas mais memoráveis acontecidas no Maranhão nos anos de 1613-1614. Segundo Mott, o capuchinho Frei Yves D’Évreux (1577-1632) , superior dos missionários, teve a responsabilidade dessa execução, assim como a descrição minuciosa desse martírio. “Embora o livro tenha sido traduzido no século 19 e reimpresso no Brasil pela biblioteca do Senado, de fato é uma história pouco conhecida em estudos e livros sobre diversos aspectos da presença dos capuchinhos e dos franceses. Homofobia institucionalizada Mott explica que a data exata da execução do índio Tibira do Maranhão ainda não é possível definir (1613 ou 1614). Os portugueses e brasileiros conseguiram expulsar os franceses do Maranhão em 1615. No entanto, o pesquisador analisa que a homofobia no Brasil foi oficialmente institucionalizada em 1534, com a criação das primeiras capitanias hereditárias. “O rei, no decreto de entrega das capitanias aos donatários, estabeleceu, entre outros poderes, o de condenar, sem ter que consultar o rei, à pena de morte os sodomitas, os que falsificavam moedas e os que se uniam aos invasores”
Carnaval LGBT+ de Salvador 2024 GGB começa a inscrever para o 25ª Concurso Nacional de Fantasia Gay do Carnaval de Salvador e II Rainha LGBTrans.

Salvador, sábado, 01 de janeiro 2024 O Grupo Gay da Bahia (GGB) e o Grupo Quimbanda Dudu a partir de sábado, 23 de dezembro e seguem até 6 de fevereiro as inscrições de candidatos interessados em participar da 25ª Edição do Concurso Nacional de Fantasia Gay do Carnaval de Salvador e II Rainha LGBTrans. Os eventos acontecem tradicionalmente segunda-feira, dia 12 de fevereiro, a partir das 15h na praça Municipal, Centro Histórico da capital. A premiação deste ano soma R$ 47,900 que serão distribuídos entre os classificados das categorias luxo e originalidade, rainha princesas do Carnaval de 2024. O prêmio máximo é do primeiro lugar da categoria luxo que leva um pix no valor de R$ 9mil. O Concurso II Rainha LGBTtrans do Carnaval é voltado para as pessoas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Drags, Trans, Não Binários e +) que deverão se apresentar caracterizadas no clima do Carnaval para apreciação do público e jurados. De acordo com a organização esta atividade se inclui nas ações afirmativas LGBT no Carnaval de Salvador, mas ainda em teste, necessitando de mais recursos financeiros para se consolidar. O critério de eleição das melhores fantasias luxo será por julgamento que levará em conta a beleza, elegância, simpatia, desenvoltura na passarela, pedraria, penas, postura, andar e por fim o valor gasto pelo candidato na produção da roupa, especialmente na categoria luxo, a mais esperada do evento com roupas gloriosas e lindas de apreciar.Na categoria originalidade os critérios são mais simples, como a semelhança com a ideia original, entretanto, nessa categoria é proibido a utilização de materiais preciosos que possam dar conotação de luxo. As inscrições poderão ser feitas virtual, ou presencial em horário comercial na sede das entidades, Ladeira de São Miguel, 24 no Centro Histórico, também pode ser solicitado via e-mail ggbbahia@gmail.com.O 25ª Concurso Nacional de Fantasia Gay do Carnaval de Salvador tem apoio da Prefeitura de Salvador, através da SALTUR e realização dos Grupos Quimbanda Dudu e Grupo Gay da Bahia. Os regulamento ; Inscriçôes. https://forms.gle/uTFmjCN4FfWe6N988 https://forms.gle/ncLHR3Uyz26kFeSM7 Conheça o
VIVER LGBT+ ALÉM DOS (60+)

29/01/24 Lolita, 63 anos, Maria Julia, 61 anos e Lady, 69 anos, três mulheres trans da terceira idade que serão homenageadas por ocasião do Seminário Pessoas Trans de Alta Performance nessa segunda-feira, 29 de janeiro, às 14h, no Auditório da Secretaria da Fazenda de Salvador. Iniciativa da Coordenação das Políticas LGBT+ Secretaria da Reparação a homenagem para celebrar a vida e marcar o dia 29 de Janeiro, Dia Nacional da Visibilidade Trans, dar visibilidade as velhices LGBTrans em Salvador. De acordo com informações do Grupo Gay da Bahia (GGB), um LGBT+ é assassinado a cada 34 horas no país. A expectativa de vida de pessoas trans é de 35 anos. O Brasil segue liderando o ranking de países com mais mortes violentas de pessoas trans e travestis no mundo, aponta o dossiê Assassinatos e Violências contra Travestis e Transexuais Brasileiras ( Antra). Contrariando essa lógica perversa, essas três mulheres trans conseguiram driblar o tempo, a discriminação e com resiliência desarmar as ciladas postas pelo preconceito. Não foi fácil, mas foi verdade para elas fazer a transição em épocas que o preconceito era a Lei. O nosso mais profundo respeito e nossa admiração por essas mulheres travestis e transexuais existirem e estarem neste momento aqui conosco, prova que “cidadania não tem nem deve ter roupa certa”. SEFAZ Salvador – Rua das Vassouras, 1, Centro Histórico.
Mulher trans é agredida por policiais militares em Nazaré das Farinhas, ao defender a mãe idosa

Perla Sangalo, 40 anos, servidora municipal de Nazaré das Farinhas, está na capital, acompanhada de sua irmã, Josiane Santos, para denunciar violência e transfobia praticadas por policiais militares. Ela gravou um vídeo comovente relatando os fatos ocorridos. A vítima relatou ao Grupo Gay da Bahia que, no último dia 30 de outubro, à tarde, no bairro Alto do Cruzeiro, quando estava com familiares e amigos em frente a sua residência, passou uma viatura policial que realizou uma abordagem, gerando tumulto no local. A situação da violência começou quando Perla viu sua mãe, Maria Antônia, 75 anos, levar um soco no rosto, sem ter nenhum envolvimento com a situação que se desenvolveu na abordagem, e acabou sendo mais uma vítima da violência praticada por polícias militares. Perla relata ainda que foi alvo de socos, e teve o seu cabelo arrancado por um policial, que o tempo todo a chamava de “ele”, e mesmo sendo a polícia informada que o nome dela é Perla, o policial insistia ” Quero saber o nome dele”, disse. Perla já fez retificação de nome e gênero nos documentos pessoais, e se sentiu ofendida em sua dignidade por ser tratada no masculino. A vítima registrou ocorrência na Delegacia Virtual, hoje, em Salvador, e relatou que foi jurada de morte pelo policial. Na próxima quinta-feira, ela vai fazer a denúncia à Corregedoria da Polícia Militar, e também no Núcleo LGBT+ do Ministério Público de Bahia. LGBTfobia é crime no Brasil, como crime de ódio.
Carta aberta de Toni Reis a Cássia Kis

http://www.tonireis.com.br/?p=1246 Cássia Kis, você é uma grande atriz, admiro seu trabalho, sua versatilidade. Você com certeza está no panteão da cultura brasileira. Você se destacou em peças, filmes e dezenas de novelas. É ganhadora de inúmeros prêmios em reconhecimento de seus talentos. Você inclusive esteve em Curitiba, anos atrás, a pedido da Rede Globo de Televisão, para prestigiar a entrega do Prêmio Dignidade Solidária para as pessoas e instituições que são aliadas da causa dos direitos humanos das pessoas LGBTI+ e da causa do HIV/aids. Eu sou Toni Reis, tenho 58 anos, casado há 32 anos com David Harrad (64 anos). Ano que vem vamos comemorar bodas de crizo, inclusive você está convidada para o festerê! Eu e meu esposo adotamos três carioquinhas lindos, ainda crianças, Alyson, agora com 22 anos, Jéssica (19) e Filipe (17). Para sua informação, foram concebidos por relações heterossexuais. Todos estão estudando e trabalhando. Foram batizados na catedral (católica) de Curitiba, e emoldurada na parede da nossa sala de estar tem uma carta recebida do Papa Francisco, desejando felicidades divinas a mim e à nossa família. De fato, nós, enquanto casal gay, não procriamos, embora tentemos, mas nós criamos com amor nossos filhos que vieram de relações heterossexuais. Eu ouvi suas falas no programa com a Leda Nagle (26/10/2022): “… Não existe mais o homem e a mulher, mas a mulher com mulher e homem com homem, onde tem essa ideologia de gênero, que a gente já está vendo dentro das escolas com as crianças… O que está por trás disso? Destruir a família, sem dúvida nenhuma, mas destruir a família só, não, destruir a vida humana, porque que eu saiba, homem com homem não dá filho, mulher com mulher também não dá filho …”Link https://youtu.be/2rdPxM7qylc Juro que caiu uma lágrima. Fiquei muito triste. A assim chamada “ideologia de gênero” é uma falácia, inventada ainda nos anos 1990 dentro do equivalente do “gabinete do ódio” da cúpula de uma igreja milenar, com a intenção de reprimir o movimento em prol da igualdade entre mulheres e homens. Como disse certa vez o cineasta Derek Jarman, “a sexualidade é tão ampla quanto o oceano, não faça dela um aquário”. Existem bilhões de formas de expressão de orientação sexual e de identidade de gênero, tantas quanto há habitantes na Terra. Ainda, nunca vão acabar os relacionamentos entre homens e mulheres só porque os relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo estão tendo mais visibilidade. Há espaço para todas as configurações familiares (pelo menos 196, segundo Petzhold). Não há risco da destruição da vida humana, porque sempre vai ter quem “gosta de macarrão”: a procriação continuará sem dúvida alguma. Fiquei pensando, “será que a Cássia Kis, tão inteligente, não leu o artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, ‘Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos’?” Fiquei me perguntando, “será que Cássia Kis não conhece o documento mais importante do nosso Brasil, a Constituição Federal, cujo artigo 5º estabelece que ‘Todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza’?” Inclusive o Supremo Tribunal Federal, como “Guardião da Constituição”, e devido à omissão do Congresso Nacional, em 2019 determinou que atos LGBTIfóbicos são um tipo de racismo e puníveis como tais (ADO 26 / MI 4733). Sua fala, que denota “crime de ódio”, discriminação e desvalorização a mim a à nossa comunidade, não matou nenhuma lésbica, nenhum gay, nenhuma pessoa trans, nenhuma pessoa da diversidade sexual, mas com a sua fala, você referendou a persistência de alguns dos dados abaixo, e incentivou, por mais que seja indiretamente, atitudes na sociedade que levam a estas situações: Posto isso, amizade é amizade, admiração é admiração, mas vamos ter que conversar com o Ministério Público. Liberdade de expressão, que eu defendo ardentemente, não pode chegar ao ponto de ferir a dignidade alheia. Estou profundamente ferido. Pessoalmente, recomendo que você repense suas atitudes, inclusive gostei muito do beijo lascivo entre você e Lúcia Veríssimo, achei que foi uma grande expressão de arte: https://www.estadao.com.br/emais/gente/lucia-verissimo-compartilha-foto-beijando-cassia-kis-sim-foi-verdade-esse-beijo/ O amor vencerá o ódio, e eu luto por uma sociedade idealizada por Rosa Luxemburgo, “Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres”. Toni ReisDoutor em Educação, Mestre em Filosofia, Especialista em Sexualidade Humano, formado em Letras e Pedagogia. Diretor-Presidente da Aliança Nacional LGBTI+, Presidente da Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas, fundador do Grupo Dignidade, Diretor Financeiro da Rede GayLatino.
Internautas dos Estados Unidos são os que mais acessam o site do Grupo Gay da Bahia

Conforme estatística do site do Grupo Gay da Bahia (GGB) os internautas dos Estados Unidos ocupam o segundo lugar entre os mais interessados nos conteúdos disponíveis no site do GGB, com 160 acessos nesse mês de outubro, liderado pelo Brasil com 5.093 acessos e na sequência destacam-se o Canadá, Portugal, Franca, Nigéria, Espanha, Argentina e Reino Unido. Interessante ressaltar que entre nossos consulentes há internautas de países onde a homossexualidade ainda é criminalizada com maior ou menor grau de punição legal, como o Egito, Moçambique, Angola, Bósnia, Uzbequistão, Emirados Árabes Unidos e Cingapura, onde somente este ano o sexo entre homens deixou de ser crime.O que levaria moradores de tais países lgbtfóbicos a ter curiosidade em conhecer a situação dos LGBT no Brasil¿ Imaginariam que o Brasil é o paraíso da liberdade sexual. Apesar de ser o país onde há mais direitos institucionais para nossa tribo, do casamento civil e adoção a mudança de nome social e cotas em algumas universidades para LGBT, o Brasil continua liderando a lista de mortes violentas de nosso segmento.