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Carnaval de Salvador

Carnaval de Salvador: Inclusão e Diversidade LGBTQIAPN+ na Folia em 2024, de Marcelo Cerqueira, coordenador de Políticas de Promoção da Cidadania LGBT+, uma instância da Secretaria Municipal da Reparação da Prefeitura Municipal de Salvador, é uma obra inovadora que nos transporta para o coração da maior festa popular do Brasil, revelando como o Carnaval de Salvador se tornou um espaço vital de celebração e resistência para a comunidade LGBTQIAPN+. Através de uma análise detalhada e sensível do “fluxo LGBTQIAPN+ na folia”, Cerqueira explora os desafios e as conquistas em um cenário marcado por avanços sociais, visibilidade e luta por direitos. Com foco nas transformações e nas práticas culturais que desenham novas perspectivas de inclusão, o livro propõe um olhar profundo sobre as interações e expressões dessa diversidade que se destaca na exuberância e na pluralidade do carnaval, refletindo as tensões e os progressos da sociedade contemporânea em relação à igualdade de gênero e sexualidade. Uma leitura essencial para entender o papel fundamental do Carnaval de Salvador como palco de resistência, diversidade e liberdade. Venda Amazon Clube do Livro

III Rainha do Carnaval LGBTrans da Salvador

As inscrições para o III Concurso Rainha LGBTrans do Carnaval de Salvador estão oficialmente abertas! As interessadas podem se inscrever até cinco dias antes do evento, que será realizado no dia 3 de março de 2025. Este concurso, promovido pelo Quimbanda Dudu, apoio do Grupo Gay da Bahia (GGB) e patrocínio da apoio Saltur e apoiadores locais, celebra a representatividade e o empoderamento das mulheres trans em um dos maiores palcos culturais do mundo. O evento vai muito além de um desfile de beleza: é um símbolo de inclusão, resistência e celebração da diversidade, destacando o protagonismo das mulheres trans no cenário cultural baiano. As participantes terão a oportunidade de encantar o público com performances inesquecíveis e desfiles de trajes deslumbrantes, demonstrando força, carisma e histórias de superação. Premiações: 🥇 1º lugar: R$ 3.000 + título de Rainha LGBTrans 🥈 2º lugar: R$ 2.300 🥉 3º lugar: R$ 1.800 Além de um espetáculo de glamour e talento, o concurso traz reflexões importantes sobre inclusão e enfrentamento à transfobia, reafirmando Salvador como referência nacional na luta por igualdade e respeito à diversidade. Inscreva-se e participe dessa celebração que une arte, cultura e ativismo! Inscrição AQUI!

Chá de Reparação

Chá de Reparação

Campanha celebra a trajetória de Anne e ressignifica histórias no Dia Nacional da Visibilidade Trans. Uma campanha cheia de significado convida o público a refletir sobre aceitação, identidade e amor familiar. O filme publicitário Chá de Reparação, criado pela agência Propeg para o Grupo Gay da Bahia (GGB), conta a história de Andrógine Paganotto Zago (Anne), uma mulher trans de 27 anos que enfrentou desafios desde a infância, incluindo a rejeição dos pais durante seu processo de transição. Com coragem, diálogo e tempo, Anne conseguiu ressignificar essa relação. Nascida na zona rural, Anne enfrentou desde cedo o peso das expectativas sociais de gênero. Durante sua infância e adolescência, viveu momentos de conflito interno e externo em um ambiente que pouco conhecia ou compreendia a existência de pessoas trans. Apesar disso, construiu uma trajetória marcante. Formada em cinema, artista visual, modelo e dançarina, Anne também liderou ações importantes pela visibilidade LGBT+. O filme celebra sua jornada ao refazer simbolicamente um momento que marcou sua infância: um chá de revelação. Após 27 anos, sua família e amigos surpreendem Anne com o Chá de Reparação, recriando o evento para corrigir a narrativa inicial e declarar ao mundo que ela não nasceu um menino, mas sim uma menina. Durante o filme, Anne compartilha seu relato de vida, destacando os desafios enfrentados, as conquistas alcançadas e a importância do respeito e da aceitação. “Famílias felizes reconhecem e respeitam os limites de cada membro, acolhem conversas difíceis e aprendem com seus erros em vez de justificá-los”, declara Emerson Braga, CCO da Propeg. Segundo Marcelo Cerqueira, presidente do GGB, Chá de Reparação é mais do que um filme; é um manifesto especialmente relevante no momento em que vivemos, em que as identidades de gênero estão sendo questionadas. “Agora, mais do que nunca, é o momento de combater a intolerância e o preconceito. Trabalhos como este transformam rejeição em aceitação e reforçam o poder da família e da comunidade na construção de um futuro mais inclusivo.” Dirigido por Thiago Artmonte e produzido pela ELLAH Filmes, o filme será veiculado na TV e em mídias sociais. Além disso, a campanha convida os pais de filhos transgêneros a recriarem seus próprios chás de reparação e a compartilharem o momento por meio da hashtag #ChaDeReparacao. Ficha Técnica Campanha: Chá de Reparação Agência: PropegCliente: GGB – Grupo Gay da Bahia CEO: Vitor Barros CCO: Emerson Braga CSO: Melina Romariz Diretor de Criação Assista ao vídeo AQUI

Dia da Visibilidade de Travestis e Transgêneros

Dia da Visibilidade de Travestis e Transgêneros

Foto meramente ilustrativa Documentação Necessária para Retificação de Nome e Gênero Atenção! 🏳️‍⚧️ Para realizar a retificação de nome e gênero no cartório, é necessário apresentar 02 vias de cada documento, sendo uma original e outra para cópia. Confira abaixo a lista completa de documentos exigidos, incluindo os links para emissão online: 1️⃣ Certidões de Antecedentes Criminais 2️⃣ Certidões Judiciais 3️⃣ Certidões da Justiça Federal 4️⃣ Certidões Eleitorais 5️⃣ Certidão de Débitos Trabalhistas 6️⃣ Certidão da Justiça Militar 7️⃣ Certidão de Protesto de Títulos ⚠️ Importante: O procedimento de retificação não é automático. Após obter todas as certidões, é necessário apresentar os documentos no cartório responsável pelo registro civil para dar continuidade ao processo. Caso tenha dúvidas, procure um Centro de Referência LGBT+ ou um advogado especializado para orientação! 🏳️‍⚧️ Passos para regularizar o Nome Após Retificação de Nome e Gênero no Registro de Nascimento A retificação de nome e gênero no registro de nascimento não atualiza automaticamente os demais documentos. Após essa alteração, a pessoa deve procurar diferentes órgãos para regularizar suas informações e evitar problemas burocráticos. 1️⃣ Atualização do CPF na Receita Federal O CPF é um documento essencial para cadastros bancários, contratos e serviços públicos. Para atualizá-lo:✔️ Compareça a uma unidade da Receita Federal, Banco do Brasil, Caixa Econômica ou Correios.✔️ Apresente os documentos que comprovam a retificação (certidão de nascimento atualizada e documento de identidade válido).✔️ Solicite a atualização dos dados e aguarde a nova versão do CPF. 2️⃣ Atualização do PIS na Caixa Econômica Federal Se a pessoa trabalha com carteira assinada, a atualização do PIS é essencial para garantir o acesso ao FGTS, seguro-desemprego e outros benefícios. Para isso:✔️ Vá a uma agência da Caixa Econômica Federal.✔️ Leve os documentos atualizados (CPF, certidão de nascimento e identidade nova).✔️ Solicite a correção dos dados no sistema do PIS. 3️⃣ Atualização dos Dados na Empresa Após atualizar os documentos oficiais, a pessoa deve comunicar a empresa onde trabalha para garantir que seu nome e gênero sejam corrigidos nos registros internos. Esse processo inclui:✔️ Atualização do nome na folha de pagamento e demais sistemas administrativos.✔️ Emissão de novo crachá e identificação funcional.✔️ Ajuste no e-mail corporativo e comunicações internas, se aplicável.✔️ Atualização do cadastro no plano de saúde ou outros benefícios. 4️⃣ Atualização de Outros Documentos Além dos registros citados, outros documentos também devem ser regularizados separadamente:✔️ Título de Eleitor – Atualização no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).✔️ Carteira de Motorista (CNH) – Atualização no Detran.✔️ Passaporte – Solicitação de um novo documento junto à Polícia Federal.✔️ Diplomas e Certificados – Pedido de reemissão em instituições de ensino. Importante: Esse procedimento não é automático, e cada órgão exige que a pessoa faça a atualização presencialmente ou por solicitação formal. A regularização completa é essencial para garantir que o novo nome e gênero sejam reconhecidos oficialmente, evitando problemas no trabalho, em serviços bancários e em cadastros públicos. Caso tenha dúvidas, procure um Centro de Referência LGBT+ Vida Bruno, Rio Vermelho,  ou um serviço de assistência jurídica para obter orientação! 🏳️‍⚧️

Deportações americanas não podem violar os direitos humanos, diz WBO

Enviado por James N. Green WBO (Washington Brazil Office) A deportação de 88 cidadãos brasileiros enviados dos EUA de volta para o Brasil na noite deste sábado, 25 de janeiro, foi marcada por diversas violações dos Direito Internacional dos Direitos Humanos e outros documentos internacionais em matéria de imigração, o que exige uma reação contundente de parte não apenas do governo brasileiro, mas também da sociedade civil dos dois países, assim como dos órgãos regionais responsáveis por acompanhar a situação, na visão do WBO (Washington Brazil Office). Os brasileiros deportados relataram terem sido mantidos acorrentados pelas mãos e pelos pés ao longo de muitas horas, dentro de uma aeronave na qual fazia muito calor, sem acesso a banheiro, privados de hidratação e de alimentação adequadas. Alguns foram agredidos fisicamente por agentes americanos e ficaram com marcas no corpo. Vários relataram terem sido objeto de ofensas e de agressões verbais. O voo misturava crianças e adultos, todos mantidos igualmente em situação insalubre, degradante e vexatória. “Nenhuma norma interna da imigração americana pode estar por cima das garantias mínimas indispensáveis que o direito internacional outorga a todas as pessoas. Independentemente da nacionalidade e da condição legal, nenhuma pessoa pode ser exposta a tratamentos humilhantes, cruéis e degradantes, em nenhuma hipótese”, disse Paulo Abrão, diretor-executivo do WBO. “As violações cometidas neste episódio em particular, contra os brasileiros, são apenas uma mostra do que está acontecendo neste momento nos EUA, de maneira mais ampla, com milhares de imigrantes de muitas nacionalidades. Donald Trump deu início a uma política nefasta de perseguições e de violações de direitos. Ele busca suprimir até mesmo direitos garantidos pela Constituição dos EUA, como o direito à nacionalidade americana para toda criança nascida dentro dos EUA, como determina a 14ª emenda. A sociedade civil e os países afetados por essas medidas devem reagir à altura”, disse James N. Green, presidente do Conselho Diretivo do WBO.  A prática de mandar ao Brasil voos com deportados não é nova, e foi mantida ao longo dos anos, por diferentes governos do Brasil e dos EUA. Em 2020, quando um desses voos, trazendo brasileiros algemados a bordo, chegou ao Brasil, o então presidente Jair Bolsonaro disse que os países têm liberdade para deportar imigrantes indocumentados. Perguntado sobre se se opunha à medida, disse que não faria o mesmo com cidadãos americanos, mas que Trump é que tinha de ser perguntado sobre o assunto, não ele. Desta vez, o Ministério das Relações Exteriores do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, publicou nota na qual se opôs ao que chamou de “tratamento degradante” dispensado aos cidadãos brasileiros. A nota também diz considerar a prática “inaceitável”. O WBO apoia o comunicado do Itamaraty e insta o governo brasileiro a manter-se vigilante na matéria, tendo em vista a promessa feita por Trump de manter as deportações ao longo de seus quatro anos de mandato.

Prêmio Longeviver 60+ na folia do Carnaval: inscreva sua história de vida

Inscrições abertas para o Longeviver 60+ na Folia do Carnaval de Salvador  Inscrição  O Longeviver 60+ na Folia do Carnaval de Salvador está com inscrições abertas! O evento celebra a trajetória e a criatividade da população idosa LGBT, destacando suas histórias de superação e contribuição para uma sociedade mais igualitária e inclusiva. 📅 Inscrições até: 28 de fevereiro🎉 Evento: 3 de março de 2025, às 17h📍 Local: Praça Tomé de Sousa (Praça Municipal), Centro Histórico de Salvador Reconhecimento e Impacto Mais do que uma competição, o Longeviver 60+ é uma homenagem à originalidade, ao impacto comunitário e à resistência das pessoas idosas LGBT, garantindo-lhes o protagonismo que merecem. Sua história pode inspirar gerações! Preencha o formulário de inscrição e compartilhe seu testemunho. Esta ação busca promover o debate sobre as velhices LGBT+ e reforçar a necessidade de políticas públicas específicas para essa população, especialmente para pessoas trans e travestis. O direito à identidade deve ser garantido, sem que essas pessoas precisem “destransicionar” para serem aceitas em qualquer comunidade. Premiações 🥇 1º lugar: R$ 1.200🥈 2º lugar: R$ 1.100🥉 3º lugar: R$ 1.000 O evento é organizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB) e pelo Quimbanda Dudu, promovendo visibilidade e valorização das pessoas idosas LGBT no maior palco de celebração do mundo: o Carnaval de Salvador. Como participar inscrições As inscrições podem ser feitas pelo link: [Formulário de Inscrição]. Não perca essa oportunidade de compartilhar sua história e se tornar protagonista dessa celebração. Inscrição! Serviço 📅 Data: 3 de março de 2025⏰ Horário: 17h📍 Local: Praça Tomé de Sousa (Praça Municipal), Centro Histórico, Salvador 📞 Contato:📱 (71) 98843-0100📧 ggbbahia@gmail.com ✨ Venha brilhar e inspirar com a sua história! O Longeviver 60+ na Folia do Carnaval de Salvador é uma celebração de orgulho, diversidade e alegria. GGB recomenda o circuito Pelourinho como espaço preferencial para idosos no Carnaval de Salvador O Grupo Gay da Bahia (GGB) reforça sua recomendação ao Conselho do Carnaval (CONCAR) para que o Circuito do Pelourinho seja priorizado como espaço ideal para a população idosa durante o Carnaval de 2025. A entidade também sugere uma grade de atrações voltada para esse público. O perfil dos moradores do Centro Histórico tem mudado ao longo das últimas décadas, com famílias migrando para bairros mais afastados e um aumento expressivo de casais idosos, muitos deles sem filhos, além de uma significativa presença de idosos LGBT. Nos bairros próximos, como o Dois de Julho, há uma grande concentração de pessoas da terceira idade, incluindo uma expressiva população LGBT. Essa nova composição demográfica faz do Pelourinho um local de convivência ideal, onde idosos podem aproveitar a folia com mais conforto, acessibilidade e segurança. Acessibilidade e praticidade no Pelourinho O GGB destaca que o Pelourinho possui infraestrutura adequada para atender as necessidades das pessoas idosas, com áreas planas, bancos, praças e palcos culturais, como os da Praça Quincas Berro D’Água e do Terreiro de Jesus. Além disso, sua localização central facilita o deslocamento por vias como Santo Antônio Além do Carmo, Baixa do Sapateiro e Saúde, tornando-o uma alternativa mais acessível do que circuitos lotados, como Barra-Ondina. Muitos idosos da região preferem participar da festa no Pelourinho devido à proximidade com suas casas, podendo retornar com tranquilidade, muitas vezes a pé. Para o GGB, o Pelourinho já se consolidou como um espaço de convivência para idosos, mas é necessário institucionalizar essa vocação, considerando a significativa presença de idosos LGBT e suas necessidades específicas. Carnaval para todos O GGB reforça a necessidade de que as barreiras policiais garantam prioridade de acesso para pessoas com 60 anos ou mais, algo que não foi plenamente respeitado no último Carnaval. Além disso, sugere que as atrações culturais sejam pensadas para atender aos interesses dessa faixa etária, promovendo uma experiência mais inclusiva. Com o envelhecimento da população do Centro Histórico e arredores, o GGB defende que o Pelourinho é o espaço ideal para integrar os idosos à maior festa popular do planeta. “O Carnaval precisa ser para todos, e o Pelourinho reúne as condições ideais para que os idosos, sejam LGBT ou não, possam aproveitar a folia de forma confortável e segura.” – Grupo Gay da Bahia -= aqui

Inscrições para XXVI Concurso Fantasia Gay na Folia de Salvador

XXVI Concurso Fantasia LGBT do Carnaval de Salvador O Carnaval de Salvador é o maior palco de criatividade, diversidade e cultura do mundo – e, mais uma vez, abre espaço para a genialidade artística da comunidade LGBT com o XXVI Concurso Fantasia LGBT, que acontece na segunda-feira, 3 de março de 2025, na Praça Municipal. O evento começa às 15h, com o desfile das fantasias programado para as 17h. Carnaval de Criatividade e OriginalidadeEste concurso é um verdadeiro espetáculo de criatividade, glamour e talento, onde participantes têm a oportunidade de expressar sua arte e autenticidade em trajes luxuosos e inovadores. A diversidade cultural da comunidade LGBT brilha nas fantasias únicas, feitas com dedicação e ousadia, que transformam o Carnaval de Salvador em um show de beleza e inclusão. Categorias e PremiaçõesO evento contempla duas categorias que destacam o talento e a criatividade dos participantes: A categoria Originalidade, em especial, é uma vitrine da inventividade e da habilidade artística que apenas o Carnaval de Salvador pode proporcionar. Como participarAs inscrições estão abertas! Os interessados devem entrar em contato pelo telefone (71) 98843-0100 ou acessar o site do Grupo Gay da Bahia: www.grupogaydabahia.com.br. Celebre a Diversidade!Promovido pelo Quimbanda Dudu  e apoio do Grupo Gay da Bahia (GGB) e com apoio da Saltur- Prefeitura de Salvador o concurso reforça a importância da representatividade e do protagonismo LGBT no Carnaval. Este evento é uma celebração da arte, cultura e resistência, onde cada fantasia conta uma história e cada desfile emociona o público. Inscrição! Edições anteriores

III Concurso Rainha LGBTrans: Inclusão e Brilho no Coração do Carnaval Salvador

Cartaz As inscrições para o III Concurso Rainha LGBTrans do Carnaval de Salvador estão oficialmente abertas! As interessadas podem se inscrever até cinco dias antes do evento, que será realizado no dia 3 de março de 2025. Este concurso, promovido pelo Quimbanda Dudu, apoio do Grupo Gay da Bahia (GGB) e patrocínio da apoio Saltur e apoiadores locais, celebra a representatividade e o empoderamento das mulheres trans em um dos maiores palcos culturais do mundo. O evento vai muito além de um desfile de beleza: é um símbolo de inclusão, resistência e celebração da diversidade, destacando o protagonismo das mulheres trans no cenário cultural baiano. As participantes terão a oportunidade de encantar o público com performances inesquecíveis e desfiles de trajes deslumbrantes, demonstrando força, carisma e histórias de superação. Premiações: 🥇 1º lugar: R$ 3.000 + título de Rainha LGBTrans 🥈 2º lugar: R$ 2.300 🥉 3º lugar: R$ 1.800 Além de um espetáculo de glamour e talento, o concurso traz reflexões importantes sobre inclusão e enfrentamento à transfobia, reafirmando Salvador como referência nacional na luta por igualdade e respeito à diversidade. Inscreva-se e participe dessa celebração que une arte, cultura e ativismo! INSCRIÇÃO AQUI!

Trans de Alta Performance

Já conhecia Suzana desde o ano passado, quando visitou a sede do Grupo Gay da Bahia, a caminho de seu retorno para a Itália. E chegando eu em Roma, a turismo, alguns meses depois, liguei várias vezes para o celular da travesti, sem resposta. Eis que para minha surpresa, certa manhã de outono, ao fazer compras numa grande loja popular na área da Estação Central Termini, dou de cara com Suzana, loiríssima, cabelos compridos e lisos, maquiada e vestida com elegância. Uma mulher perfeita! Concluímos que realmente, nossas estrelas, ou Orixás se casavam bem, pois duas monas brasileiras se encontrarem casualmente em Roma, depois de vários telefonemas frustrados, só mesmo acreditando em milagre! Naquela hora que passamos juntos, num canto mais tranqüilo da loja, Suzana contou parte de sua história.Nascido em Garanhuns, Pernambuco, batizado como João Fernando dos Santos Filho, desde pequenino sentiu que era diferente dos outros moleques: se sentia mulher, queria ser menina! Adolescente, sofrendo forte discriminação em casa, fugiu para o Recife, depois para o Rio e São Paulo, vivendo de prostituição. A mesma vida de milhares de outros gayzinhos efeminados, alguns com fantasia apenas de vestir-se de mulher, sem abdicar de seu sexo masculino: são as travestis, que mesmo aplicando silicone no seio e outras partes do corpo, continua usando o pênis como órgão erótico. Enquanto as transexuais são aquelas pessoas que desejam vivenciar integralmente o sexo oposto ao que nasceram, não apenas vestindo-se como mulher, mas rejeitando seu pênis e aspirando à operação de adequação genital, construindo uma vagina o mais parecida possível como das mulheres.Ao ajuntar dinheiro suficiente, realizou seu maior sonho: tornar-se fisicamente mulher, já que de cabeça e alma, era mulheríssima. “Meu pintinho era deste tamanico, e não subia. Nunca me senti homossexual. Sempre me vi e vivi como mulher e se não me operasse, meu desespero era tão grande que ia chegar um dia que eu mesma ia cortar aquela torneirinha desengonçada.”Foi no Equador onde realizou seu sonho de tornar-se uma transexual, porém sucedeu que a operação não foi perfeitamente realizada, e sua néo-vagina ficou pequena demais, constatando, depois de cicatrizada, que não agüentava receber dentro de si um pênis inteiro, nem mesmo os de tamanho médio. Mesmo com a vagina defeituosa, se sentia mais realizada do que antigamente.Delicada, vozinha de falsete, ótima aparência, peitos e bunda exuberantes, mesmo com sua bucetinha limitada, Suzana fez sucesso na Itália, ajuntando boa grana para investir em nova operação reparadora, agora na meca da transexualidade, Londres!Ao desembarcar no aeroporto de Londres, um contratempo tornou-se sua chave da felicidade: a polícia alfandegária suspeitou que ela fosse um espião ou terrorista, pois sendo homem no passaporte, apresentava-se ao vivo como mulher. Ficou cinco horas presa numa sala de segurança, tratada quase como bandido. Dali mesmo foi deportada de volta para o Brasil, uma das piores experiências de sua vida.A transexual loirinha não se fez de rogada: contratou um advogado, alegou discriminação sexual e conseguiu o que então mais almejava: a autorização legal para mudar sua identidade. De João Fernando tornou-se Suzana Cristina dos Santos. E mais: conseguiu uma indenização do Governo Inglês por discriminação, dinheiro que permitiu voltar para a Europa e pagar nova operação.Agora com sua nova carteira de identidade e passaporte com nome feminino, retornou a Londres, cheia de orgulho de atravessar aquela mesma alfândega onde meses antes tinha sido barrada. Marcou consulta com o mesmo médico que operou Roberta Close, onde fez sua plástica corretora. “Hoje, agüento rola de qualquer calibre, de negão a alemão!”, contou, debochada e feliz da vida. Disse que a parte interna da vagina foi formada com pedaços do tecido do intestino, o que garante estar sempre húmida e com grande sensibilidade erótica. “Mas a vida de transexual é se tornar escrava do gel lubrificante, pois se não botar muito gel, pode estragar a perereca…”, disse, rindo feliz e mostrando o K-Y que trazia na bolsa Gucci, comprada de um camelô africano na Fontana di Treve.Deu o mesmo depoimento de outras “operadas”: que o famoso cirurgião que operou as mais badaladas transexuais do mundo, um coroa ultra sexy, é um amor de criatura, o qual parece ter o maior tesão por suas ‘bonecas’, tanto que as beija na boca, acaricia e chupa seus peitos, e segundo depoimento de uma trans francesa também sua cliente, chegando a testar ele mesmo se a néo-vagina ficou bem feitinha…De volta à Itália, perfeitamente “recauchutada”, como ela própria se referiu debochando de sua operação, Suzana encontrou em Milão um príncipe encantado. Casou-se de vestido de noiva, como qualquer outra mulher, adotando o sobrenome do maridão Gratelli, ganhando então a nacionalidade italiana e podendo a partir daí, entrar livremente em qualquer país da comunidade européia com seu poderoso passaporte de capa vermelha.Hoje tem apartamento próprio e se prepara para nova intervenção cirúrgica: em Amsterdã com um fono-audiólogo especialista em “afinar” a voz das transexuais. Apesar de meu conselho, que não era necessária esta nova cirurgia nas cordas vocais, pois a voz falsete de Suzana é parecida a de qualquer mulher, ela me respondeu: “quando uma transexual bota uma coisa na cabeça, não há quem tire!”

Viado: Entre a Histórica LGBTfobia Estrutural e a Ressignificação Cultural

Foto Marcelo Cerqueira Marcelo Cerqueira Coordenador das Políticas de Promoção da Cidadania da População LGBTQIAPN+ da Secretaria da Reparação/SEMUR/PMS. Presidente do GGBA palavra “viado” tem uma história complexa e multifacetada no Brasil, carregada de significados que evoluíram ao longo das décadas. Seu uso, muitas vezes polêmico, reflete camadas profundas de relações sociais, culturais e estruturais que atravessam o país. Embora não exista uma data ou período específico que marque o início do uso do termo para se referir a homossexuais no Brasil, há indícios de que isso tenha ocorrido no início do século XX.O professor doutor Luiz Mott, em um artigo publicado na revista Lado A há aproximadamente dez anos, apresentou nove hipóteses sobre a origem do uso da palavra “viado”. Ele sugere que o termo emergiu em diferentes contextos sociais e culturais, ganhando novas conotações ao longo do tempo. O uso popular da palavra “viado” no Brasil, hoje, é tão disseminado que ela é empregada como gíria em diversos cenários, desde conversas informais entre amigos até letras de música e shows.Entre os homens gays, “viado” é frequentemente usado como uma forma de camaradagem, uma reconstrução simbólica que subverte o caráter pejorativo do termo. Nesse contexto, a palavra carrega uma certa cumplicidade, sendo empregada entre iguais. No entanto, quando utilizada por homens heterossexuais cisgêneros, mesmo em tom de brincadeira ou camaradagem, muitas vezes carrega consigo nuances de machismo e LGBTfobia estrutural. Há uma diminuição implícita da masculinidade do outro, refletindo estruturas de opressão que permanecem profundamente enraizadas na sociedade.O cantor Alessandro Aragão, vocalista da banda A Chapa, traz um exemplo interessante dessa dinâmica ao iniciar shows com a frase: “Chegou a Chapa, viado! Esse paredão vai ficar um inferno, viado”. Embora a expressão seja empregada em um contexto de entusiasmo e energia, pode ser interpretada como uma apropriação cultural de uma gíria que não faz parte de seu universo. Nesse uso, a palavra é ressignificada como um ponto de exaltação e inclusão, ainda que carregue marcas de uma LGBTfobia estrutural subjacente.Historicamente, o termo “viado” também está associado a representações culturais e comerciais. Algumas teorias apontam para referências a marcas de cigarro dos anos 1920 que estampavam a figura de um veado em suas embalagens, enquanto outras sugerem influências de personagens como Bambi, da Disney. Essas associações ajudaram a construir a simbologia em torno da palavra, que variava de elegante e bonito a pintoso e afeminado.No dia a dia, o uso da palavra continua gerando debates. Muitos homens heterossexuais cis a utilizam para se referir a amigos, considerando-a uma gíria ou um termo de carinho. Entretanto, para os ouvidos de muitos gays, a palavra, quando dita por alguém fora do circuito de amizades, soa como um insulto, mesmo que em tom de brincadeira. Isso demonstra o quanto o significado de “viado” é permeado por relações de poder e identidade.É preciso considerar que o limite entre o carinhoso e o ofensivo está frequentemente associado ao contexto e ao grau de intimidade entre as partes envolvidas. Como relatou um depoimento, “Acho que tem a ver com o grau de amizade. Às vezes se excede e acaba sendo algo homofóbico. O limite da brincadeira acaba cedendo.” Isso evidencia como o uso do termo ainda carrega ambiguidades e reflete aspectos da LGBTfobia estrutural, mesmo quando ocorre em contextos aparentemente inofensivos. Por fim, vivemos em uma época de transformações, em que discursos e práticas culturais passam por ressignificações. Mesmo que a palavra “viado” traga à tona as marcas de uma história de preconceito, seu uso também pode representar resistência e afirmação. Ao falá-la, cada indivíduo contribui para a construção de novos significados, evidenciando que a linguagem, como as próprias relações humanas, está em constante processo de transformação.