GGB cobra Ação do Itamaraty Após Execução de Casal Gay em Camarões

Casal de homens gay Salvador, 9 de novembro de 2024 – O Grupo Gay da Bahia (GGB) intensificou seu apelo ao Itamaraty após o brutal assassinato de um casal gay em Camarões, transmitido ao vivo pelas redes sociais. O crime, ocorrido em setembro, provocou indignação global e expôs a violência homofóbica sistemática em países onde a homossexualidade é criminalizada. Na capital Yaoundé, os dois homens, na faixa dos 40 anos, foram espancados até a morte por uma multidão enfurecida após serem acusados de “práticas homossexuais” dentro de um carro estacionado. O ataque, registrado em vídeo e amplamente compartilhado, gerou protestos internacionais e uma crescente demanda por justiça. O caso chamou atenção pela violência, mas pela transmissão, que transformou o assassinato em um espetáculo. “Essa barbaridade não é só um ataque a dois indivíduos, mas a toda a comunidade LGBTQIA+ global. É um alerta de que o ódio ainda prospera impunemente”, declarou Marcelo Cerqueira, presidente do GGB. Camarões: Um Cenário de Perseguição Camarões possui leis severas contra relações entre pessoas do mesmo sexo, com penas que incluem longos períodos de prisão. O ambiente é alimentado por discursos de ódio de líderes locais, que frequentemente incitam a violência contra a comunidade LGBTQIA+. Organizações como Human Rights Watch e Anistia Internacional têm relatado prisões arbitrárias, tortura e assassinatos. O episódio recente, no entanto, representa uma escalada sem precedentes. Demandas ao Itamaraty O GGB cobra do governo brasileiro ações concretas, como: Declaração Pública de Repúdio: Condenar formalmente o crime e a perseguição sistemática em Camarões. Apoio a Refugiados: Facilitar a concessão de vistos humanitários a pessoas LGBTQIA+ em risco. Pressão Diplomática: Instar Camarões a revisar suas leis anti-LGBTQIA+ e proteger minorias. Mobilização Internacional: Convocar uma reunião com outras nações e entidades globais para desenvolver estratégias conjuntas. Reação Internacional A execução gerou intensa comoção nas redes sociais, com manifestações em diversas capitais, incluindo Paris e Nova York. Figuras públicas e líderes políticos pedem justiça e medidas para prevenir novos crimes. O GGB reafirma seu compromisso com a luta internacional pelos direitos LGBTQIA+. O caso de Camarões é um chamado urgente à ação, lembrando que a violência contra essa comunidade exige respostas globais e unificadas.
E não é mesmo!

Foto/reprodução Terra Produtor da banda Os Africanos diz que não é gay. A notícia que vem incendiando a mídia como o “super-herói Tocha das 72h” é, na verdade, uma besteira em termos de relevância, mas se configura como um crime de pornografia de vingança, tema que já abordei em postagem anterior aqui no site. MARCELO CERQUEIRA contato @marcelocerqueira.oficial O Perigo da Pornografia da Vingança Matheus, produtor da banda Os Africanos, passou a viver um verdadeiro inferno astral após o vazamento de um vídeo íntimo no qual ele supostamente aparece em cenas de sexo com outro homem. Ele afirmou que não é gay, e quem o conhece sabe disso. E não é mesmo! Não que ser gay seja uma classe superior, mas é diferente, senhores inquisidores. Isso foi um momento incauto! Vou explicar com parágrafos curtos para ser compreendido pela plebe rude. É importante que as pessoas entendam que a orientação sexual é definida pela atração afetiva, romântica e/ou sexual que uma pessoa sente. E não somente por práticas sexuais em si, que em casos como este, são secundárias. Fazer sexo com outro homem, independentemente do papel desempenhado na relação (ativo ou passivo), não define a orientação sexual de ninguém. Vivemos em uma época em que a sexualidade é marcada por enorme fluidez. É essencial ter empatia e respeito, e não supor a orientação sexual de ninguém. O que realmente importa é como a pessoa se identifica em termos de atração e afeto. Um homem pode se envolver em relações sexuais com outros homens por diversos motivos que não refletem, necessariamente, uma orientação homossexual ou bissexual. A curiosidade sexual é uma característica comum entre os homens. Diferente das mulheres, eles parecem revestidos de teflon, e nada “pega” — exceto quando casos de vingança, como este, vêm à tona. Nos dias de hoje, especialmente nas metrópoles, isso pode ser entendido como curiosidade masculina em circunstâncias específicas, como sob efeito de álcool, ou até mesmo uma busca por prazer sem vínculo afetivo. Ninguém, além do próprio indivíduo, pode definir sua orientação. Ademais, considerando o ritmo de música extremamente sensual ao qual o tema está relacionado, toda essa repercussão e a tempestade de ideias conservadoras e preconceituosas são descabidas. Um amigo meu, há alguns anos, tinha um namorado muito bonito e, por isso, extremamente assediado por homens e mulheres. Ele já tinha filhos de relacionamentos anteriores com mulheres. Diferente de Matheus, cuja situação foi pontual, esse homem vivia com meu amigo e tinha também uma namorada. Certo dia, confrontado pelo casal, ele revelou: “Gosto dos dois. Não vou abrir mão de ninguém. Vocês que se entendam.” Moral da história: a namorada e o namorado chegaram a um acordo. Nos finais de semana, a moça ficava com ele. Segundo meu amigo, no final do ano, decidiram no par ou ímpar quem passaria o réveillon com Dom Ruam. A namorada dele chegou a comentar que também se relacionava com mulheres quando buscava algo mais delicado. Nenhum dos dois se sentia preso a definições. Agora Matheus será pai, e sua esposa está grávida. Espero que essa situação não afete o relacionamento deles. Quando duas pessoas decidem formar uma família, é fundamental que ambos aceitem a história e os antecedentes um do outro. Parte superior do formulário Parte inferior do formulário
Prefeitura promove CadÚnico Itinerante LGBT+ no Centro Vida Bruno

Prefeitura promove CadÚnico Itinerante LGBT+ no Centro Vida BrunoA Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre) e da Secretaria Municipal da Reparação (Semur), realizará uma ação especial do CadÚnico Itinerante voltada para a população LGBT+. O atendimento ocorrerá nos dias 11, 12 e 13 de novembro, das 8h às 15h, no Centro Municipal de Referência LGBT+ Vida Bruno, localizado na Avenida Oceânica, nº 3731, Rio Vermelho.O objetivo da iniciativa é facilitar o acesso de pessoas LGBT+ de baixa renda aos programas sociais oferecidos pelo governo, por meio da inscrição ou atualização no Cadastro Único (CadÚnico). Para ser atendido, é necessário apresentar documentos pessoais originais e um comprovante de residência. Caso o comprovante não esteja em nome do solicitante, recomenda-se procurar uma Prefeitura-Bairro para obter a declaração necessária.Os interessados podem agendar o atendimento pelo telefone (71) 3202-2750 ou comparecer diretamente ao local nos dias e horários indicados. A ação reforça o compromisso da gestão municipal em promover a inclusão e garantir o acesso igualitário aos benefícios sociais para toda a população que necessita do benefício em Salvador, cidade inclusiva.Em junho deste ano Salvador foi eleita a melhor em mapeamento nacional de políticas LGBT+ desenvolvido pelo Grupo Arco Iris do Rio de Janeiro destacando os esforços em combater a LGBTfobia institucional na administração pública e estrutural junto a sociedade soteropolitana.A prefeitura recebeu o reconhecimento e ganhou a outorga de 2º lugar na categoria geral em políticas, ultrapassando 24 capitais, 1º lugar na categoria Justiça e Cidadania (JC) e a excelência de ganhar o 3º lugar na categoria Plano/Programa Municipal (PP), reconhecendo o empenho contínuo em desenvolver políticas públicas inclusivas e eficazes. Serviço:O que é: CadÚnico Itinerante LGBT+ no Centro Vida BrunoDias: 11, 12 e 13 de novembroHorário: 8h às 15hLocal: Centro Municipal de Referência LGBT+ Vida BrunoEndereço: Avenida Oceânica, nº 3731, Rio Vermelho, Salvador – BAAgendamento: (71) 3202-2750
Tudo é Verdade: Memória, Luta, Reparação e GGB

Da Redação / Marcelo Cerqueira @marcelocerqueira.oficial Entre os dias 30 de outubro e 1º de novembro, fui convidado pela professora Jucelia Santos, da Unilab, Comissão Organizadora e bolsista da Unifest para integrar mesa do Grupo de Trabalho Memória e Verdade do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, em audiência pública no Instituto Federal do Ceará (IFCE), em Fortaleza. Nessa iniciativa, o governo federal ouve relatos sobre violações de direitos humanos contra a comunidade LGBT+ a partir dos anos 1980 em diferentes regiões do Brasil.Durante minha apresentação, destaquei o crescimento de Salvador, cuja população passou de 655.735 em 1960 para 1.513.243 em 1980, sob o governo de Antônio Carlos Magalhães (ACM), que ocupou cargos de prefeito e governador. A cidade ganhou novas obras e intervenções, como o Jardim dos Namorados, criado em uma área antes ocupada de forma desordenada. O espaço tornou-se um ponto popular para encontros de interações sociais, sobretudo “para namorar” como disse o então prefeito. Hoje, o jardim reordenado pela prefeitura, carece de segurança, com relatos de violência que poderiam ser reduzidos com rondas policiais mais frequentes.Um marco histórico que ilustra o controle moral sobre a sociedade baiana foi a criação da Delegacia de Costumes em 1938, durante o governo de Getúlio Vargas, destinada a fiscalizar e reprimir comportamentos considerados “imorais”. Essa delegacia foi extinta na Bahia em 1976 pelo governador Roberto Santos e, no plano nacional, banida por Geisel em 1977. No entanto, o impacto da repressão nos corpos LGBT foi duradouro: os arquivos do Grupo Gay da Bahia (GGB) contêm imagens que evidenciam os abusos cometidos contra pessoas LGBT+ na década de 1970. Homens eram presos por “violação dos bons costumes” considerados fora dos padrões de gênero eram detidos, enfrentando discriminação e abuso policial. Travestis eram presas forçadas a limpar o chão da delegacia e submetidas a humilhações diversas. Essa repressão institucional reforça a importância da memória e da luta por justiça para as pessoas LGBT+, garantindo que o sofrimento e a violência sofridos não sejam esquecidos.Fundado na redemocratização do Brasil, o GGB surgiu sob a liderança de Luiz Mott, que desde então impulsionou a luta por direitos, como a revogação do CID 302.0, que rotulava a homossexualidade como um transtorno sexual. Essa conquista representou um avanço, eliminando o estigma nos serviços de saúde e promovendo políticas de saúde. A decisão abriu base legal para futuras legislações antidiscriminatórias e influenciou também a educação em saúde, orientando currículos e preparando profissionais para atender a comunidade LGBT+ com respeito e conhecimento.Em 1983, uma decisão histórica do Tribunal de Justiça da Bahia, proferida pelo juiz Gudsten Soares, autorizou o registro legal do GGB, permitindo que a organização atuasse com legitimidade. Essa sentença pioneira criou um precedente jurídico que permitiu a constituição de outras associações LGBT+ no Brasil, promovendo visibilidade e segurança para a comunidade. Com isso o GGB representou as demandas da comunidade com mais força e influenciou debates, novos ativistas e políticas públicas. A decisão do juiz reafirmou que a homossexualidade não é crime, contribuindo para o combate a LGBtranfobia institucional.A década de 1970 posicionou Salvador como um polo de efervescência cultural e de resistência LGBT+, simbolizada pela icônica boate Tropical, inaugurada em 1974. Seguidos décadas de 1980 e 1990 Salvador oferecia espaços públicos vibrantes, como o Beco dos Artistas e a Rua Carlos Gomes, que se tornaram pontos de encontro para a comunidade. A movimentação era tamanha que o GGB solicitava a prefeitura iluminação extra para a segurança desses locais. Em 2000, o GGB lançou um Guia Gay de 67 páginas, destacando a vasta quantidade de bares, saunas e boates que acolhiam o público LGBT+. Nessa época o grupo publicava o jornal Homo Sapiens, influenciado pela Folha de São Pulo, Erica Palomino, reproduzindo palavras e atitudes.A reparação e o reconhecimento do passado estão em curso em Salvador por uma gestão humanizada que a passos largos caminha para a completa inclusão. A cidade aprovou e colocou em funcionamento o Plano Municipal de Políticas e Direitos Humanos para a comunidade LGBT+, com ações transversais para todos órgãos, instituiu um equipamento de acolhimento que é Centro de Referência Vida Bruno, Programa de Combate a LGBTransfibia, Empresa Inclusa e Ambulatório Especializado em Saúde LGBT ênfase em pessoas trans, hormonioterapia.Esse avanço é fundamental para construir uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos tenham o direito de viver com dignidade.
Você Sabe Quem Foi Floripis

Da Redação da GGB Pouco se sabe sobre a vida privada de Floripis, essa figura enigmática e de força silenciosa que marcou a cena cultural de Salvador nas décadas passadas. Onde morava ou quais eram suas origens permanecem um mistério. E talvez essa aura de anonimato tenha tornado sua presença ainda mais emblemática. Quase sempre silenciosa, Floripis não se dirigia às pessoas e apenas se deixava observar nas ruas e nas bancas de revistas da Rua Chile, onde, parada, folheava as páginas com uma tranquilidade que contrastava com a efervescência ao seu redor. Embora tímida, Floripis carregava consigo uma força latente, que se manifestava em sua postura e na maneira como desafiava as normas de uma sociedade conservadora. Em tempos de intolerância e discriminação, especialmente contra expressões de gênero não convencionais, Floripis se destacava como um símbolo de resistência. Seu traje e suas flores na cabeça – talvez o motivo de seu nome – davam um toque poético ao cenário urbano e chamavam a atenção de quem a via. A figura de Floripis transcendeu a curiosidade momentânea e tornou-se uma lembrança forte para os habitantes de Salvador, especialmente nas festas de largo, como a Festa da Conceição da Praia em 1979, onde sua presença era notada e admirada. Mesmo em silêncio, Floripis transmitia uma mensagem de coragem e autenticidade, abrindo caminho para a aceitação e visibilidade LGBT+ em um tempo onde a repressão era intensa. Se sabe alguma informação sobre esse ser de luz, fala pra gente.
LGBTransfobia é Grave Acidente de Trabalho

Foto/Uol/ meramente ilustrativa – mulher trans LGBTransfobia é Grave Acidente de Trabalho @marcelocerqueira.oficial * Na última quarta-feira, tive a oportunidade de participar da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT) realizada nas instalações da Embasa em Feira de Santana. Meu papel foi conduzir uma sessão de sensibilização sobre a LGBTfobia no ambiente de trabalho, destacando como o preconceito e a discriminação podem ser vistos como formas de “acidentes” não físicos que, como os acidentes tradicionais, causam danos reais e condenáveis à saúde mental dos colaboradores. Desde minha chegada, fiquei positivamente surpreso com o acolhimento dos colaboradores. Ao contrário de uma visão estereotipada que muitos podem ter sobre empresas do setor de saneamento, encontrei um ambiente acolhedor e colaborativo, onde o respeito mútuo parecia ser valorizado em tudo. Ficou evidente para mim que a Embasa não só investe em treinamento e desenvolvimento humano, mas também promove uma política robusta de inclusão, que incentiva o respeito e a valorização da diversidade entre seus colaboradores. Na apresentação, foquei em relacionar a LGBTfobia com um “acidente de trabalho” psicossocial. Expliquei que, assim como acidentes físicos podem ser evitados com medidas de segurança, a LGBTfobia também pode ser prevenida com práticas de inclusão e respeito à diversidade. Usar pronomes corretos quando interação com LGBTrans, ele, ela, elu. Os atos de preconceito, exclusão quando ocorrem afetam diretamente o bem-estar psicológico dos trabalhadores, causando desgastes emocionais que podem levar a quadros de estresse, ansiedade e, em casos mais graves, depressão. Esses “acidentes” impactam não apenas o colaborador que sofre a discriminação, mas também todo o ambiente organizacional, afetando a produtividade e rotatividade de funcionários. É urgente colocar esse tema na SIPAT, aqui algumas práticas para integrar a prevenção à LGBTfobia como um dos pilares de segurança no ambiente de trabalho. É essencial que todos, desde a alta administração até os níveis operacionais, sejam envolvidos em treinamentos sobre diversidade, focando na importância do respeito à orientação sexual e identidade de gênero de cada colaborador. A Embasa já vem demonstrando sensibilidade para esses temas, e treinamentos regulares fortalecem ainda mais a conscientização, consolidado um ambiente seguro e inclusivo. A constante sensibilização ajuda diminuir estereótipos e desconstruir preconceitos. Quando a empresa realiza essa ação soma a prática de inclusão, gera maior compreensão das realidades e desafios enfrentados por colaboradores LGBT+, algo que me impressionou pela forma respeitosa e acolhedora que observei entre os próprios funcionários. A experiência na Embasa reforçou minha crença de que a LGBTfobia deve ser encarada como um “acidente” psicossocial que afeta a integridade emocional e o ambiente de trabalho como um todo. Assim como nos preparamos para evitar acidentes físicos, precisamos investir na criação de um ambiente seguro para a diversidade, onde cada colaborador é respeitado e valorizado. Incluir a LGBTfobia na SIPAT e em outras iniciativas de segurança e saúde ocupacional é essencial para que o respeito à dignidade humana seja um princípio inegociável nas empresas. Com políticas inclusivas e ações de sensibilização, a Embasa já se mostra uma empresa preocupada em construir uma cultura organizacional mais saudável e produtiva, onde o respeito e a diversidade são elementos fundamentais. A prevenção de “acidentes” psicossociais como a LGBTfobia fortalece a responsabilidade da empresa e demonstra seu compromisso com um ambiente corporativo verdadeiramente inclusivo. A (SIPAT) Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho, é um evento anual obrigatório em empresas que instituíram a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPAT), de acordo as normas do Ministério do Trabalho. A semana busca promover conscientização para a segurança no ambiente de trabalho, abrangendo variedade de pontos, como acidentes físicos até questões de saúde mental, diversidade e inclusão. Esse tipo de iniciativa é muito bom para o trabalhador, fortalecendo o entendimento do ambiente de trabalho seguro e saudável. Essa concepção vai muito além da ausência de riscos físicos, englobando o respeito, inclusão, diversidade e a dignidade de todos. *Coordenador do Programa Empresa Inclusiva. Selo da Diversidade LGBT+ É uma política pública criada pela Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal da Reparação, e tem como objetivo fortalecer a diversidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transgêneros – LGBT+ no mercado de trabalho, através da assinatura de um Pacto de Compromisso entre a prefeitura e as organizações. Está com inscrições e as empresas não nada por participar. Mais informações:
Mutirão Identidade Cidadãs

O Ministério Público da Bahia promoverá o 9a. Mutirão de Inclusão: Identidades Cidadãs, no intuito de facilitar o acesso de pessoas transexuais, travestis, Intersexo e Não binária nos dias 23, 24 e 25 de outubro das 8:30 às 16:30, na Sede do MPBA, sede na Avenida Joana Angélica, n. 1312, salas 305/307, bairro Nazaré. Para realizar o pedido administrativo, a pessoa precisa ter mais de 18 anos, residir em Salvador há pelo menos 5 anos e apresentar os seguintes documentos: As demais certidões serão providenciadas pelas parcerias firmadas com o Ministério Público baiano. Nossos apoiadores: ✅ARPEN/Ba ( Associação dos Registradores)✅ Defensoria Pública da Bahia✅Salvador Norte Shopping;✅ Salvador Shopping✅ Atento Brasil S/A✅Faculdade Baiana de Direito✅ UNIFACs ( Projeto Observatório jurídico)✅Faculdade UNIJORGE ( Projeto Amado)✅Secretaria Municipal de Saúde/Salvador✅Secretaria Municipal de Reparação Salvador (Centro de Referência Vida Bruno)✅Ambulatório Multidisciplinar em Saúde de Travestis e Transexuais do CEDAP/CESAB✅Mães do Arco-íris✅Mães da Resistência✅Dois Terços
21 Orgulho LGBT+Bahia

0 22 ORGULHO LGBT+BA É CALENDARIZADO SEGUNDO DOMINGO DE SETEMBRO 2025! Agende-se para um compromisso com a Bahia para o mundo! A NOITE NO FAROL DA BARRA
Pornografia da Vingança

APornografia da Vingança e o Uso Responsável das Mídias Sociais pela Comunidade LGBT+ Salvador, Bahia, 30 de janeiro de 2024 – Do Grupo Gay da Bahia (GGB). Marcelo Cerqueira @marcelocerqueira.oficial O Grupo Gay da Bahia (GGB) reforça que as mídias sociais são uma realidade consolidada e contribuíram significativamente para a emancipação das pessoas LGBT+ em diversos aspectos. Essas plataformas possibilitam uma comunicação interativa que conecta indivíduos, permitindo o compartilhamento de experiências, diálogos e construção de redes de apoio. No entanto, com a ampliação dessa conectividade, surgem desafios, principalmente relacionados ao uso indevido de conteúdos íntimos e à invasão de privacidade. O GGB celebra as conquistas trazidas pelo universo digital, mas alerta para a importância do uso responsável das redes sociais. Tudo o que se publica está sujeito à crítica e à exposição pública, e o que antes era restrito a grupos pequenos agora pode alcançar uma audiência global. Nesse contexto, a invasão de privacidade se tornou uma prática frequente, especialmente na publicação de conteúdos íntimos sem consentimento, fenômeno conhecido como “pornografia da vingança”. O Perigo da Pornografia da Vingança Muitos casais optam por registrar seus momentos íntimos como parte de fantasias sexuais, prática comum e saudável. Contudo, o compartilhamento de fotos e vídeos íntimos tornou-se arriscado com os avanços da tecnologia e a ampla acessibilidade dos espaços virtuais. O material íntimo, uma vez armazenado em dispositivos móveis ou na nuvem, pode ser exposto de forma indevida, especialmente em situações de término de relacionamento, tornando-se uma ferramenta de retaliação. Casos de “pornografia da vingança” envolvem a divulgação não consensual de material íntimo, com o intuito de humilhar ou punir um ex-parceiro. Essa prática é considerada crime no Brasil, conforme o artigo 218-C do Código Penal, e pode resultar em penas severas, incluindo prisão. A prática também causa danos emocionais profundos às vítimas, muitas vezes levando a desfechos violentos. Nos últimos anos, o GGB registrou diversos casos de membros da comunidade LGBT+ que foram vítimas de pornografia da vingança, alguns com desfechos trágicos. Além de ser um crime, essa prática é uma grave violação dos direitos de privacidade, deixando as vítimas expostas ao constrangimento público e à violência. Cuidado com a Exposição nas Redes A disseminação rápida de conteúdo íntimo pelas redes sociais, especialmente em plataformas como WhatsApp e Telegram, facilita a viralização de materiais comprometedores. Muitas vezes, os responsáveis pelo vazamento usam perfis falsos (fakes), dificultando o rastreamento pelas autoridades, o que agrava o impacto do crime. Diante dessa realidade, o GGB faz um apelo à comunidade LGBT+ para que tenha um uso consciente e seguro das mídias sociais, evitando situações que possam comprometer sua privacidade e segurança. A seguir, apresentamos algumas dicas essenciais para proteger sua privacidade e evitar consequências prejudiciais. 10 Dicas de Segurança e Privacidade nas Mídias Sociais Conclusão A pornografia da vingança é uma prática cruel que destrói vidas, carreiras e relacionamentos. Proteger sua privacidade e a dos outros deve ser uma prioridade. As redes sociais oferecem um espaço valioso para conectar pessoas e construir comunidades, mas também podem ser perigosas quando usadas de maneira irresponsável. O GGB reforça a importância de adotar uma postura consciente e cuidadosa no uso das redes, garantindo um ambiente digital mais seguro e acolhedor para todos. A mensagem do GGB é clara: respeite a privacidade dos outros e proteja a sua. Não exponha sua intimidade ou a de terceiros, e lembre-se de que uma vez que um conteúdo é publicado, não há como reverter os danos causados. Em tempos de alta exposição online, cada atitude conta para promover uma convivência mais respeitosa e segura.
O Retrato Falado de Xica Manicongo
O Retrato Falado de Xica Manicongo /Por Prof. Dr. Luiz Mott Convite para ver a exposição O Retrato Falado de Xica Manicongo, uma homenagem a Xica Manicongo, reconhecida como a primeira pessoa trans registrada no Brasil, vítima da Inquisição Portuguesa. A exposição estará aberta ao público de 1 a 30 de setembro, na Escola de Belas Artes da UFBA, no bairro do Canela, em Salvador. Trata-se de uma reinterpretação artística que busca resgatar sua história e celebrar sua resistência em meio às opressões coloniais. Uma obra realizada tendo as características da época e do seu grupo étnico com orientação do professor Luiz Mott. Xica Manicongo, nascida no Reino do Congo, foi trazida para a Bahia como escravizada no final do século XVI. Acusada de “servir de mulher no pecado nefando” e de recusar-se a usar roupas masculinas, foi denunciada à Inquisição por Matias Moreira, um cristão-velho de Lisboa. A denúncia não se referia apenas à sua condição de cativa, mas também à sua expressão de gênero, considerada subversiva para a moral europeia. Xica utilizava um pano cingido, tradição comum entre os quimbanda do Congo e Angola, pessoas que desempenhavam papéis de gênero feminino ou eram vistas pelos europeus como “sodomitas”, termo pejorativo utilizado para descrever comportamentos e identidades divergentes das normas sexuais da época. Os quimbanda, no contexto cultural do Congo e de Angola, eram aceitos e respeitados, representando uma visão de gênero e sexualidade muito mais diversa do que a que prevalecia no Brasil colonial. Contudo, ao ser forçada a viver em uma sociedade dominada pela Igreja Católica e pela moral cristã, a expressão de identidade de Xica foi tratada com desprezo e violência. A Inquisição punia e buscava apagar as tradições culturais africanas que viam como ameaças à sua ordem social. A denúncia contra Xica, por se recusar a vestir roupas masculinas, revela as formas brutais de controle que o sistema colonial exercia sobre os corpos e identidades das pessoas escravizadas. Em 2010, a Associação de Travestis do Rio de Janeiro (ASTRA) rebatizou Francisco Manicongo com o nome social de Xica Manicongo, em uma tentativa de reabilitar e resgatar a memória dessa figura histórica. A partir desse reconhecimento, Xica se tornou um símbolo de resistência e luta para a comunidade trans brasileira. A exposição O Retrato Falado de Xica busca justamente trazer à tona essa história, antes esquecida e marginalizada, oferecendo uma reflexão sobre a violência histórica e o apagamento de identidades diversas no Brasil colonial. A reabilitação da história de Xica Manicongo nos leva a refletir sobre como as noções de raça, gênero e sexualidade foram utilizadas como ferramentas de opressão ao longo da história. Ao mesmo tempo, sua história é um lembrete de que, mesmo nas condições mais adversas, sempre houve resistência. Xica Manicongo representa essa resistência. Ao recusar as normas impostas, ela se afirmou como um símbolo de luta por liberdade e dignidade. A obra exposta apresente uma nova visão sobre a vida e o legado de Xica, oferecendo ao público a oportunidade de reimaginar essa figura histórica e reconhecer sua importância para a luta contemporânea por direitos trans e LGBT+. Integra a VIII Semana da Diversidade Cultural de Salvador, apoio Embasa. Data: de 1 a 30 de setembroLocal: Escola de Belas Artes da UFBA, Canela, SalvadorEntrada Gratuita Xica Manicongo: 1ª Travesti do Brasil, Luiz Mott