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LGBTransfobia é Grave Acidente de Trabalho

Foto/Uol/ meramente ilustrativa – mulher trans

LGBTransfobia é Grave Acidente de Trabalho

@marcelocerqueira.oficial *

Na última quarta-feira, tive a oportunidade de participar da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT) realizada nas instalações da Embasa em Feira de Santana. Meu papel foi conduzir uma sessão de sensibilização sobre a LGBTfobia no ambiente de trabalho, destacando como o preconceito e a discriminação podem ser vistos como formas de “acidentes” não físicos que, como os acidentes tradicionais, causam danos reais e condenáveis à saúde mental dos colaboradores.

Desde minha chegada, fiquei positivamente surpreso com o acolhimento dos colaboradores. Ao contrário de uma visão estereotipada que muitos podem ter sobre empresas do setor de saneamento, encontrei um ambiente acolhedor e colaborativo, onde o respeito mútuo parecia ser valorizado em tudo.

Ficou evidente para mim que a Embasa não só investe em treinamento e desenvolvimento humano, mas também promove uma política robusta de inclusão, que incentiva o respeito e a valorização da diversidade entre seus colaboradores.

Na apresentação, foquei em relacionar a LGBTfobia com um “acidente de trabalho” psicossocial. Expliquei que, assim como acidentes físicos podem ser evitados com medidas de segurança, a LGBTfobia também pode ser prevenida com práticas de inclusão e respeito à diversidade. Usar pronomes corretos quando interação com LGBTrans, ele, ela, elu.

Os atos de preconceito, exclusão quando ocorrem afetam diretamente o bem-estar psicológico dos trabalhadores, causando desgastes emocionais que podem levar a quadros de estresse, ansiedade e, em casos mais graves, depressão. Esses “acidentes” impactam não apenas o colaborador que sofre a discriminação, mas também todo o ambiente organizacional, afetando a produtividade e rotatividade de funcionários.

É urgente colocar esse tema na SIPAT, aqui algumas práticas para integrar a prevenção à LGBTfobia como um dos pilares de segurança no ambiente de trabalho. É essencial que todos, desde a alta administração até os níveis operacionais, sejam envolvidos em treinamentos sobre diversidade, focando na importância do respeito à orientação sexual e identidade de gênero de cada colaborador. A Embasa já vem demonstrando sensibilidade para esses temas, e treinamentos regulares fortalecem ainda mais a conscientização, consolidado um ambiente seguro e inclusivo.

A constante sensibilização ajuda diminuir estereótipos e desconstruir preconceitos. Quando a empresa realiza essa ação soma a prática de inclusão, gera maior compreensão das realidades e desafios enfrentados por colaboradores LGBT+, algo que me impressionou pela forma respeitosa e acolhedora que observei entre os próprios funcionários.

A experiência na Embasa reforçou minha crença de que a LGBTfobia deve ser encarada como um “acidente” psicossocial que afeta a integridade emocional e o ambiente de trabalho como um todo. Assim como nos preparamos para evitar acidentes físicos, precisamos investir na criação de um ambiente seguro para a diversidade, onde cada colaborador é respeitado e valorizado. Incluir a LGBTfobia na SIPAT e em outras iniciativas de segurança e saúde ocupacional é essencial para que o respeito à dignidade humana seja um princípio inegociável nas empresas.

Com políticas inclusivas e ações de sensibilização, a Embasa já se mostra uma empresa preocupada em construir uma cultura organizacional mais saudável e produtiva, onde o respeito e a diversidade são elementos fundamentais. A prevenção de “acidentes” psicossociais como a LGBTfobia fortalece a responsabilidade da empresa e demonstra seu compromisso com um ambiente corporativo verdadeiramente inclusivo.

A (SIPAT) Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho, é um evento anual obrigatório em empresas que instituíram a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPAT), de acordo as normas do Ministério do Trabalho. A semana busca promover conscientização para a segurança no ambiente de trabalho, abrangendo variedade de pontos, como acidentes físicos até questões de saúde mental, diversidade e inclusão.

Esse tipo de iniciativa é muito bom para o trabalhador, fortalecendo o entendimento do ambiente de trabalho seguro e saudável. Essa concepção vai muito além da ausência de riscos físicos, englobando o respeito, inclusão, diversidade e a dignidade de todos.

*Coordenador do Programa Empresa Inclusiva. Selo da Diversidade LGBT+ É uma política pública criada pela Prefeitura de Salvador, através da Secretaria Municipal da Reparação, e tem como objetivo fortalecer a diversidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transgêneros – LGBT+ no mercado de trabalho, através da assinatura de um Pacto de Compromisso entre a prefeitura e as organizações. Está com inscrições e as empresas não nada por participar.  Mais informações:  

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