Fachada da casa noturna. Foto divulgação.
Jovens acusam terem sido vítimas de racismo e homofobia em casa noturna de Salvador.
Salvador, Bahia, segunda-feira, 3 de setembro de 2015. ás 00h25min – Por: Marcelo Cerqueira – ggbbahia@gmail.com
Os jovens Gláucio Roberto, 28 anos, estudante do curso de Bacharelado em Saúde na Universidade Federal da Bahia (UFBa), Cristiano de Jesus, 27 anos, profissional em educação física e Thiago Guedes, 26 anos, dançarino profissional acusam a boate Pink Elephant, localizada na Rua João Gomes, 240, no bairro do Rio Vermelho em Salvador, terem sido vitimas de racismo e homofobia. Segundo as vitimas, afirmam terem sidos submetidos a constrangimento e humilhação pública praticada por um grupo de quatro homens que faziam a segurança, dentro do estabelecimento. Os três jovens registraram boletim de ocorrência na 7ª Delegacia de Policia Civil no mesmo bairro.
O estudante Gláucio Roberto explica como tudo começou ainda dentro da boate na madrugada de sábado (1) para domingo quando o grupo deixava o local, dirigindo-se a fila do caixa para pagar a consumação, segundo ele, foi a primeira vez naquele lugar. “Havia uma fila grande e as pessoas passavam em nossa frente por orientação do segurança” disse. Incomodado pela situação que se apresentava o jovem procurou saber do segurança o porquê daquele procedimento.
Ainda de acordo com o estudante, nesse momento o segurança, um homem alto, forte, de cor negra, vestindo terno preto se dirige a ele dizendo “ Sai pra lá pretinho” repetindo isso por varias vezes, afirmando ainda que eles não iriam passar por aquele lugar. O estudante denuncia ainda que o segurança teria dito que eles eram pobres e pretos e não iriam sair por aquele lugar, saída principal da casa noturna e que sairiam pelos fundos do estabelecimento, situação que os jovens consideram constrangedora.
A situação ficou tensa quando um dos seguranças se dirige ao grupo ofendendo a sua orientação sexual. Cristiano Cortes revela que foi ameaçado de espancamento por um dos seguranças, quando foi tentar pagar a conta e sair da casa, “Se vocês não forem pra trás, vou quebrar vocês no pau, seus viadinhos”. As vitimas alegam que queriam falar com o gerente da casa, e segundo eles, apareceu um homem se dizendo gerente, mas tomou as dores dos seguranças e nada fez para resolver a confusão na portaria de saída. Nessa segunda-feira (3) uma informação no site Canal Zero pelo jornalista Caio Corôa, a boate exime-se da culpa alegando não ter sido preconceito racial e nem de orientação sexual.
Na noite do ocorrido, um funcionário da casa teria dito que os jovens estavam embriagados. “Isso não é verdade tanto que após a saída da casa, por vota das 4h0 da manhã, fomos a Delegacia fazer valer os nossos direitos”, afirmou Gláucio Roberto que fará constar no Boletim de Ocorrência os recibos da boate para que seja constatada a consumação.
O Grupo Gay da Bahia (GGB) viu a denúncia no site Canal Zero a partir de uma matéria do jornalista Caio Corôa e buscou ouvir os envolvidos, com receio o terceiro envolvido preferiu não dá declarações, reservando-se a ocorrência policial. A entidade vai encaminhar a denúncia ao Núcleo LGBT da Prefeitura do Salvador, para apuração dos fatos com base na Lei Municipal Anti Discriminação com base na orientação sexual número 5.275 em vigor desde 1999 na capital baiana. A entre as punições a Lei prevê aplicação de multas e até cassação de alvará de licença e funcionamento dos estabelecimentos que discriminar pessoas em virtude de sua orientação sexual.
Uma resposta
Mentira pura, eles queriam sair sem pagar e inventaram essa história, eu tava la e vi tudo.