Últimas Notícias

60+

Esse é o Portal do Grupo Gay da Bahia

Número de homicídios de pessoas LGBT pode ser recorde em 2016

Débora Brito – Repórter da Agência Brasil – Salvador, Bahia, 31 de dezembro de 2016. O número de homicídios de pessoas gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais deve crescer em 2016 e superar as ocorrências dos últimos anos. A tendência é revelada pelo Grupo Gay da Bahia, que anualmente elabora o Relatório de Assassinatos LGBT no Brasil. Dados preliminares do levantamento apontam que o ano deve ser fechado com o total aproximado de 340 mortes, maior número registrado nos últimos anos.“No ano passado (2015), foram 318 mortes. Até agora, estamos com 329 mortes, mas temos alguns casos aguardando confirmação e o ano deve ser fechado com aproximadamente 340 mortes. Em 36 anos que monitoro os dados, nunca chegamos a esse número”, afirmou Luiz Mott, antropólogo fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB). Segundo ele, o aumento se deve a vários fatores, como a coleta mais sistematizada de informações e a reação conservadora ao maior número de pessoas que vem assumindo sua condição sexual. “Hoje, tem mais homossexuais e trans saindo do armário por causa das paradas gays e outras campanhas; e isso os deixa mais expostos a situações de violência, o que levou ao aumento generalizado de crimes”, explicou Mott. O estudo mostra que a maior parte das mortes (195) ocorreu em via pública, por tiros (92), facadas (82), asfixia (40) e espancamento (25), entre outras causas violentas. O assassinato de gays lidera a lista com 162 casos, seguido dos travestis (80), transexuais femininas (50) e transexuais masculinas (13). A instituição recebe informações das mortes por outras entidades, por familiares e amigos das vítimas, mas a principal fonte da base de dados são os casos divulgados pela imprensa. O levantamento é reconhecido pela Secretaria Especial de Direitos Humanos. A subnotificação das mortes ainda é um desafio para as entidades que monitoram o problema. Mas, só pelos resultados do último relatório, a ONG constatou que uma pessoa LGBT morre a cada 28 horas no Brasil. E se a tendência de aumento se confirmar, o intervalo pode cair para 24 horas. “É apenas a ponta do iceberg, porque muitos são assassinados e as testemunhas escondem”, disse Mott. Nordeste lidera O estudo mostra que a liderança dos casos nos últimos anos é do Nordeste, mas outras regiões tem despontado com casos graves. “Atribuo isso ao conservadorismo e à falta de informação. A surpresa deste ano é o estado do Amazonas, que registrou até o momento 29 mortes. Proporcionalmente, o dado é chocante, embora São Paulo sempre registre o maior número absoluto”, disse Mott. Entre os casos contabilizados, está a morte recente do ambulante Luís Carlos Ruas, espancado na noite de Natal por dois homens, numa estação de metrô em São Paulo, ao defender moradores de rua e travestis. O GGB configurou o ataque como um crime LGBTfóbico. Apesar de se tratar da morte de um heterossexual, de modo indireto “não deixa de ter também um crime LGBTfóbico. Afinal, a confusão começou pela defesa de uma travesti”, explicou Agatha Lima, integrante do Conselho LGBT de São Paulo e da Associação de Transexuais, Travestis, Transgêneros. Cerca de “99% dos crimes contra LGBTs tem como agravante a intolerância, além da vulnerabilidade de grupos como os travestis, que geralmente estão nas ruas em condições mais marginalizadas, envolvidas com prostituição e uso de drogas devido à exclusão sofrida em outros espaços da sociedade”, explicou Mott. A opinião é compartilhada por outras organizações de defesa dos direitos das pessoas Trans, que engloba homens e mulheres transexuais e travestis. Líder mundial O alto índice de violência levou o Brasil à liderança do ranking mundial de assassinatos de pessoas transexuais em 2016. Das 295 mortes de transexuais registradas até setembro deste ano em 33 países, 123 ocorreram no Brasil, de acordo com dados divulgados em novembro pela ONG Transgender Europe. O México, os Estados Unidos, a Colômbia e a Venezuela seguem o Brasil em números absolutos do ranking de mortes de transexuais. O relatório europeu mostra que, de janeiro de 2008 a setembro de 2016, foram registradas 2264 mortes de transexuais e transgêneros em 68 países. Nos oito anos da pesquisa, o Brasil contabilizou 900 do total dos casos, o maior número absoluto da lista. “Há décadas o Brasil é campeão mundial nos crimes contra a população LGBT. Comparativamente aos EUA, por exemplo, matamos de 30 a 40 LGBTs por mês, enquanto que lá morrem 20 por ano. O principal motivo é a LGBTfobia individual e cultural, que incrementa os crimes letais no nosso país”, diz Mott. A conselheira Agatha Lima, disse que as associações estão dialogando com a ONU sobre essa questão. “Em primeiro lugar, isso é um absurdo. Em segundo lugar, ao mesmo tempo que o Brasil é o país que mais mata, é também o que tem a maior clientela para os profissionais do sexo trans. No país inteiro, existem 1,4 milhão pessoas trans, e 90% delas vivem do mercado do sexo, por causa da exclusão e do preconceito que sofrem no mercado de trabalho formal, em casa e nas escolas”, disse.  

Mídias externas: Campanha estimula diagnóstico precoce em Salvador 

Começou hoje a circular a campanha Fique Sabendo que estimula a realização do teste para detecção do vírus HIV. A campanha realizada pelos grupos Quimbanda Dudu, CBAA, e Grupo Gay da Bahia tem a finalidade de sensibilizar a população em geral para a necessidade de fazer o teste que é rápido e pode pública de saúde. Tem apoio da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), produção a Rota Mídia. De acordo com o infectologista e subsecretario de Saúde da Bahia, Dr. Roberto Badaró, o quanto antes a pessoa souber, fica mais fácil tratar. Para esta ação foram confeccionadas quatorze peças distribuídas nas principais rotas percorridas pelos ônibus municipais permanecendo por todo o mês de janeiro, época que a cidade recebe grande quantidade de visitantes. (Salvador, Bahia, 28/12/16).   Se ligue na sua saúde sexual Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) é um problema! HIV, aids, sífilis, gonorreia, clamídia, HPV e outras doenças como as Hepatites Virais afetam o corpo e podem diminuir a autoestima. Evitar é simples e fácil: Use Camisinha! Se perceber alterações, procure o serviço de saúde! Algumas DST tem cura, já o HIV/aids, não! Procure o serviço de saúde para fazer os testes de aids, sífilis e Hepatites Virais. Quanto mais cedo você souber que tem alguma doença e iniciar seu tratamento melhor será sua qualidade de vida.   Além dos postos de saúde, você poderá ir aos serviços especializados abaixo:   CEDAP – Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Assistência e Pesquisa Rua Comendador José Alves Ferreira, 240 – Garcia (Próximo Colégio Dorotéia). Telefone: (71) 3116-8888 Horário: 8h às 16h.   Centro de Testagem e Aconselhamento Marymar Novais Rua Arthur Bernardes, Dendezeiros, Cidade Baixa. Telefone: (71) 3611-6560 Horário: 8h às 16h      

Uma agenda mínima comum entre LGBTs.

Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia – SALVADOR, BAHIA, 14/12/16 – ÁS 15H04 – Não existem pesquisas geográficas que consigam expressar o tamanho da população de gays, lésbicas, travestis e transexuais. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) realizou um estudo em 2010, publicado em 17 de outubro de 2012, e constatou 60 mil casais LGBT no Brasil. Salvador ficou em terceiro lugar com 1.595 uniões. Nós, do movimento LGBT nacional, acreditamos que 10% da população seja constituída por homossexuais, de acordo com o relatório sobre sexualidade masculina publicado nos Estados Unidos da América, em 1948, pelo médico pesquisador Alfred Kinsey, (Sexual Behavior in the Human Male). Este estudo é revelador de que somos milhões, estamos em todos os lugares, ocupamos profissões diferentes, vivemos de maneira diferente, permeamos todos os tecidos sociais, classes, cor de pele, somos iguais e ao mesmo tempo somos muito diferentes um dos outros. Não é tarefa fácil colocar pessoas ou comportamentos em caixinhas, porque só a pessoa pode entender-se como ela é, vive e se relaciona com a sua sexualidade. Mas vamos fazer um esforço aqui. Somos gays, lésbicas, sapatona, trasvestis, homem e mulher trans e intersexuais. Dentro dessas categorias encontramos os grupos de negros, negras, pobres, ricos, magros, gordos, ativos, passivos, suburbanos, favelados, conservadores, liberais, anarquistas, malhados, transformistas, gays cisgênero com identidade masculina, mulher lésbica cisgênero, homem trans cisgênero, idosos, novinhos, bichas, andróginas, bofinhas, catadores, sem-terra, sem teto, ativistas, não ativistas, e tantas outras categorias existentes nas sombras e nas luzes das cidades, que se relacionam com funções, sistemas, elementos físicos, linguísticos, mentais desenvolveram estrutura de realidade independente. Compreender esse universo é necessário olhar por dentro para perceber características desses sistemas e os seus estímulos junto aos homossexuais no mundo moderno, na rapidez que as coisas acontecem nas metrópoles. A pós-modernidade trouxe consigo as novas tecnologias avançadas de comunicação de massa como a internet. Antes, o indivíduo vivia apático, isolado, não conhecia outras culturas modernas, não havia meios eficientes para a troca de experiências culturais. A representação social e a relação indivíduo sociedade se transformou em meio à crise das instituições de segurança, trabalho, saúde e educação, os indivíduos tinham de interagir. Assim, cada um passa a representar-se sem a necessidade de outorgar um poder simbólico a uma pessoa, partido político, ou políticos, entidade ou mesmo órgão público. A internet para os LGBT está como a corda para o pau do berimbau: esse universo de informações, imagens e conceitos mudou o estilo de vida, considerando que após tantos séculos sem poder falar, se posicionar, interferir reivindicaram para si a sua própria representação social, cultural e política de forma intensa. O mundo moderno e as tecnologias de informação estimulam uma atitude relacionada à cultura, às cidades, à moda, comportamento, e uma liberdade total ao corpo. Com isso, acesso a tantos conteúdos, o que é muito bom, o indivíduo começa a perceber que existem outras identidades de gênero além das homonormativas clássicas (mulher lésbica cisgênera, casada, classe média, branca). As identidades de gênero clássicas sólidas convivem nos dias de hoje com as identidades fluidas e líquidas. Convivência nem tão harmoniosa, mas essa fluidez indica que o indivíduo pode dispor do seu corpo como quiser, assumir uma identidade momentânea para algo que em tese não teria tanta importância, isso talvez seja. É como trocar de rouca. Existem mais de trinta identidades de gênero, muitas reivindicam espaço de direito, dentro e fora do universo LGBT. Diante de uma população absolutamente marcada pelas diferenças, qual seria uma agenda comum? Vamos falar dos direitos humanos e de expressões de violência. Sem dúvida, vivemos nesse momento um deserto em direitos e um mar de violência, com requinte de crueldade. Dos crimes praticados contra os LGBTs, muitos revelam brutalidade sem precedentes. Na Bahia, de janeiro até novembro, são mais de trinta homicídios. A sociedade ainda rejeita os LGBTs, e observa tudo isso com indiferença, seja por dificuldade de compreender tantas identidades ou por preguiça mental. Mesmo com os avanços sociais, as restrições ao afeto LGBT em público são muito reincidentes, as vezes seguida de violência física. Esse aspecto que seria, em tese, o mais considerável para uma agenda mínima com a população LGBT em geral, não é suficiente. Isso porque o impacto da violência e alijamento de direitos fundamentais sofrido por um homossexual morador do Bairro do Calabar não chega com o mesmo impacto ao homem gay cisgênero, branco, classe média, casado morador do Morro do Gato. O gay negro, pobre morador do Calabar, não possui os mesmos direitos que o outro que desce a ladeira de carro fechado com ar condicionado e olha com aquele olhar de desprezo de Mary Strip, personificando Miranda, em “O diabo veste Prada”. O gay com traços feminino do Calabar acredita que não tem direitos porque não lhe dão o direito sequer de existir. Se ele não existe, não é portador de direitos. Para ter direitos, é preciso dar direitos a essas pessoas LGBT que vivem em condições desumanas e miseráveis na cidade de Salvador. Mas o que seria um ponto da agenda? Talvez o direito à vida e a ter direitos de verdade, sim. Quando pensamos em vida, pensamos em viver. Isso possui vários significados: viver, existir e transitar com liberdade sem passar por constrangimentos por expressar uma forma de amor. Desse modo, uma agenda comum é a ocupação dos espaços públicos da cidade com dignidade. É na cidade que as identidades são construídas e vividas. Ocupar os espaços públicos em momentos especiais como as Paradas é um momento que a cidade percebe a existência dessa variada população que de forma diferente sofre impacto das intolerâncias. Mas, mesmo diante desse momento dionisíaco, aquele gay que citei acima, não frequenta, ainda faz dessa recusa motivo de conversa entre os seus pares. – See more at: http://www.correio24horas.com.br/blogs/mesalte/artigo-uma-agenda-minima-comum-entre-lgbts/#sthash.FmgWJuCp.dpuf

LGBTfobia de médico, enfermeiros e nutricionista do HGE sugere crime de omissão

              Salvador, Bahia, sexta-feira, 25 de novembro de 2016 – Do GGB, ás 18h Após receber alta do Hospital Geral do Estado (HGE) Jonas começou uma série de revisões, porque segundo ele, os pinos que foram introduzidos para sustentar a sua mandíbula pareciam ter algum problema, porque não cicatrizavam, sangrava e saia secreção, constantemente. A última revisão com a equipe de Odontologia do hospital, realizada no dia 17 desse mês, indicou que ele deveria passar por uma nova intervenção cirúrgica para fazer as correções necessárias. Jonas deu entrada, novamente, no HGE (ontem) dia 24, ás 7h da manhã, e entrou em procedimentos por voltas das 14h, levando cerca de 3h na mesa de cirurgia. Após, voltar para o leito, Jonas acusa medico, enfermeiros e nutricionista do HGE de LGBTfobia, omissão e tratamento desrespeitoso com uma pessoa convalescente. Segundo Jonas, ele estava em jejum desde à tarde do dia 23, por exigência do procedimento, e só foi receber alimentação por volta das 20h do dia 24. ““Eu falei com a enfermeira, que estava com muita fome por causa do jejum” disse, e continua revelando que a enfermeira era estúpida e tratava ele com desprezo, “Você está pensando que está na sua casa, espere”! Retrucava, a enfermeira mal-humorada. “ Eu perguntei a ela, você não tem filhos” e ela responde, “meus filhos não tem nada a ver”.  Jonas conta que quando a comida chegou começou o seu calvário no leito hospitalar.  Recebeu um copo de sopa com um pedaço de pão da mão da nutricionista, que ele não lembra o nome. “Quando eu comecei a comer minha boca começou a sangrar, pois, levei mais de trinta pontos, contei no espelho”, eu disse que, “não agüentava comer” e como resposta a profissional teria dito: “você não estava morrendo de fome¿! que fez, me ligarem tantas vezes, se não quer jogue fora” disse a nutricionista, em conversa com o internado. Diante, desse deboche da profissional o paciente relata que se levantou da cama e foi até o balde de lixo e jogou o alimento fora, obedecendo a orientação da profissional. Jonas relata, ainda, que o pior viria depois; pois a enfermeira e a nutricionista deixaram o local e em seguida, surgiu um médico de prenome Marcos, que entrou no leito gritando, loucamente, “Onde está o meliante”? “Eu estava falando ao celular com minha mãe chorando de dor, com a boca sangrando e então a nutricionista apontando para ele teria dito:  “É este aqui” (sic). O médico perguntou “Então você está jogando comida pra cima”? O paciente negou; e um outro enfermeiro teria afirmado “Sim, estava jogando”. Jonas, relata que o médico expulsou ele do hospital, sem ao menos saber o que ele tinha para dizer. Mandou pegar a mochila e sair de lá, “eu informei que não tinha como ir para casa”, ele (o médico) me coagiu e me levou até a portaria, mandou o vigilante abrir o portão e jogou o paciente para fora como se “xota um bicho”.  O paciente revela que estava com a boca, ainda, sangrando, fraco e que ainda pediu os seus documentos, laudo para poder saber o que haviam feito com ele e lhe foi negado, segundo ele, o médico disse que, “viesse qualquer dia da semana e pegasse em um setor que é para essa finalidade”, o paciente necessita desses documentos para colocar como peça do processo criminal que se instalou na Delegacia. O Grupo Gay da Bahia (GGB) perguntou a vítima se ele percebeu se esse tratamento desrespeitoso seria por que constataram que ele é gay, se existiu relativa homofobia institucional: “Eu, acredito que esses que me atenderam, tem problemas com pessoas como eu, porque nada justifica o que fizeram comigo, eu saí sem assinar nenhum papel, nada…” disse Jonas, denunciando, também, que acha que foi preconceito, mesmo, porque, segundo ele havia outras  pessoas lá dentro, que inclusive ofendiam enfermeiros e ninguém fazia nada, questiona porque esse pessoal truculento implicou, justamente, com ele(¿!) pelo fato de ele não poder engolir alimento e por ordem da nutricionista jogou fora. O Grupo Gay da Bahia lastima, que esse tipo de situação aconteça dentro de uma unidade de saúde e mais a falta de sensibilidade de profissionais de saúde frente a um paciente que passou por processos de perdas e traumas físicos e emocionais. “Vamos levar para a Ouvidoria da Saúde, pedir que congele as imagens das câmaras existentes no local, apurar. Porque isso é criminoso e as pessoas devem ser responsabilizadas por suas omissões” declarou Marcelo Cerqueira, presidente do GGB.  Jonas Deixou o HGE, ontem, ás 21h, com R$ 10 no bolso, pegou um transporte até a Estação de Transbordo Mussurunga na Paralela, porém, não havia mais ônibus para Areia Branca, ele andou mais de 9h a pé, chegando em casa por volta das 2h da madrugada dessa sexta-feira, penalizado por ser homossexual, duplamente.

Casal espanca gay a pauladas em Areia Branca.

              Salvador, Bahia, sexta-feira, 25 de novembro de 2016 – Do GGB, ás 18h O casal Marilia Melo e Robson Guimaraes são acusados por espancar a golpes de pau e facão o ajudante de cozinha Jonas Nascimento Souza, 29 anos, no bairro de Areia Branca em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador. O caso aconteceu no dia dez de outubro, na Travessa Dois de Julho, onde moram vítima e agressores, no bairro citado. O Grupo Gay da Bahia (GGB) teve acesso às informações na tarde de hoje, aonde foi solicitado intervenção da entidade neste caso. Jonas estava no fundo de sua casa capinando um pedaço de terra em companhia de sua genitora a Sra. Simone Nascimento, 50 anos, do outro lado do espaço estava Robson Guimarães em companhia da mulher Marília, e outros parentes, começando a provocar lhe chamando pelo nome pejorativo de “viado” e ao mesmo tempo mandava que ele mostrasse partes intimas de seu corpo. Indignado com a situação o rapaz retrucou aos insultos, “feche sua cara, me respeite e respeite a minha mãe que está aqui comigo”, disse. Nesse momento Marília partiu em sua direção com um facão, em punho, gritando que iria matar o gay e só não o fez porque foi impedida por um grupo de pessoas, houve bate-boca entre os dois, incluindo trocas de ofensas, Jonas entrou pra casa, e mesmo assim, ela passava gritando frente à sua casa ameaçando matar a todos, na residência: “Vou matar todo mundo ai” conta Jonas. Não satisfeito com os ataques da mulher Robson Guimaraes à noite, portando um pedaço de madeira, se escondeu próximo a sua casa em uma tocaia a Jonas que havia saído, e por volta das 19h, retornando, foi atacado, brutalmente, sem que vítima pudesse se defender. “Ele me dava pauladas, xingava e me empurrava para o mato, se o povo não chegasse ele teria me matado” relatou; revelando que só sobreviveu ao ataque, porque uma vizinha começou a gritar, “acode, socorre, socorro”, foi quando começou a chegar pessoas e tomaram conhecimento da situação, espantando o agressor. Depois de tamanha barbárie, Jonas deu entrada no Hospital Geral do Estado na Vasco da Gama, apresentando diversas escoriações pelo corpo e foi submetido a uma cirurgia para a recomposição da mandíbula, isto resultado de receber diversos golpes no rosto, resultante da agressão recebida, assim, ficando internando para observação por cerca de dez dias no Hospital. De acordo com a vítima, que é homossexual assumido, o ataque dos dois indivíduos foi motivado pela LGBTfobia violenta da mulher, que há anos vem lhe perseguindo com humilhações verbais, fazendo uso de palavras chulas com a finalidade de lhe desmoralizar diante da comunidade e de sua família. “Ela passava em frente à minha casa me provocando; xingando-me alto; ameaçando-me, sem eu ter feito nada a ela e nem a família dela”, declarou Jonas informando, ainda, que sua mãe é hipertensa e cada vez que isso acontece, ela passava mal com a situação toda, diz que além disso, não revidava em consideração ao amor que sente a sua mãe e a preocupação com a saúde frágil dela. Após cometer o crime, o agressor fugiu e ficou escondido por cerca de dez dias. O caso está sob a responsabilidade da delegada Elane Laranjeiras, plantonista da 27ª Delegacia de Polícia Civil, dia trinta de novembro de 2016 ás 9h o casal vai ser interrogado.

Embaixador do Canadá no GGB destaca pioneirismo no combate a LGBTfobia

  Salvador, Bahia, sábado, 5 de novembro de 2016 – Do GGB – O Grupo Gay da Bahia (GGB) recebeu na noite de ontem, sexta-feira,4, em sua sede social na Ladeira de São Miguel, 24 Centro Histórico de Salvador, a visita do Embaixador do Canadá Senhor Riccardo Savone, acompanhado das senhoras  Alison Grant, Ministra-Conselheira e Chefe do Setor Político da Embaixada do Canadá no Brasil, Claudia Rosa Assessora de Relações Públicas e senhores Réal Brisson, Capitão Adido Militar, Jason Reeve, Conselheiro da Embaixada do Canadá no Brasil, com sede em Brasília. Era por volta das 18h40 quando a comitiva chegou na instituição e foi recebida pelo presidente Marcelo Cerqueira e professor Luiz Mott, o Embaixador circulou pelo salão principal da Ong e pode conhecer uma exposição de cartazes dos trabalhos realizados pelo GGB durante os seus trinta e seis anos de funcionamento. Em seguida se dirigiu ao pátio interno do prédio para dar início a cerimonia da mostra de cinema “Nós, Por Exemplo”. Marcelo Cerqueira, fazendo uso do microfone, convidou Luiz Mott para dar palavras de boas-vindas, seguindo pela Secretária Municipal de Ordem Pública Rosemma Maluf, madrinha da 15ª Parada LGBT da Bahia, que ressaltou o trabalho da prefeitura municipal no combate a LGBTfobia, se referindo a criação do Centro de Referência LGBT de Salvador, ao tempo que justificou a ausência da professora Ivete Sacramento Secretaria Municipal da Reparação (Semur). No discurso o Embaixador Riccardo Savone destacou o seu orgulho em fazer parte de um grupo de embaixadores LGBT que podem fazer o seu trabalho às claras, sem precisar omitir, fazendo referência ao seu parceiro que se fazia presente na cerimônia. “É incrível, ver os sinais dos tempos, receber uma autoridade internacional, acompanhado do seu parceiro, é animador”, declarou Marcelo Cerqueira relatando ainda que a postura do Embaixador deve servir de exemplo para estimular outros LGBT a seguir a carreira diplomática para diminuir o ranço do conservadorismo. O Canadá é um país modelo no combate a LGBTfobia isso inclui uma legislação que protege e estimula os direitos civis dessa população, foi o quarto país do mundo a reconhecer e proteger as uniões homoafetivas e continua com uma política firme de combate as intolerâncias provocadas pelo ódio. O Embaixador também anunciou a parceria com o Grupo Gay da Bahia na realização de atividades pontuais até março com a finalidade de diminuir a LGBTfobia na capital e estado. Entre as ações consta uma campanha de mídia que tem como foco dialogar com a população em geral instruindo sobre as identidades de gênero na contemporaneidade e seus espaços de afirmação dentro e fora da população LGBT.  Compareceram ainda ao evento Orlando Tourinho, Assessor Assuntos Internacionais da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia e a presidente da Associação da Baianas Vendedoras de Acarajés e Mingaus (Abam). A programação segue até este sábado das 18h ás 21h30 na sede do GGB com a mostra Nós, Por Exemplo, exibindo filmes sobre saúde, prevenção do HIV e identidades de gênero, incluindo dois curtas canadenses. Vai ter pipoca e refrigerante!         PROGRAMAÇÃO Sábado, dia 5 de novembro de 2016 – 18h ás 22h     18h:                 Lançamento vídeo. Vídeo 15ª Parada LGBT da Bahia. Curta metragem, 15mim, GGB, Bahia, 2016. Vídeo promocional da 15ª Parada LGBT da Bahia, realizada em 11 de setembro de 2016. 18h30 –             Prevenção. GGB, Bahia, 2007. Vídeo documentário que trata a questão da prevenção do HIV em Salvador, Bahia. Aids e Você, Bahia Cinema e Vídeo, Tourinho, GGB. 19h:                  When Shirley met Florence, “Quando Florence conhece Shirley” Canadá. 27min, director RonitTezalel, 1994. Retrato íntimo de mulheres em seus sessenta anos. Uma homossexual e outra heterossexual, cujo amor de uma para outra e a música que criam  juntas transcendem diferenças. Cure of Love 59min “ Cura pelo amor” 59min, de Francine Pelletier e Chstina Willings, Canadá, 2008. “  Trata do movimento controverso que pretende converter os LGBTs em heterossexuais.

Mostra NÓS, POR EXEMPLO.

Sexta-feira, 4 de novembro de 2016 – 18h ás 22h Mostra NÓS, POR EXEMPLO. Local: Pátio externo do GGB Ladeira de São Miguel, 24 – Centro Histórico 18h às 19h: Recepção 19h: Abertura Mostra Nós, Por Exemplo. Embaixador do Canadá Senhor Riccardo Savone Marcelo Cerqueira, presidente do Grupo Gay da Bahia Professor Luiz Mott, fundador, presidente de honra do GGB. Senhor Orlando Tourinho, Assessor Assuntos Internacionais da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. Senhora Rosemma Maluf, Secretária Municipal de Ordem Pública e madrinha da 15ª Parada LGBT da Bahia. Senhor Alex Lopes, Jornalista Apresentador Programa Universo Axé e padrinho da 15ª Parada LGBT da Bahia. Senhora Olívia Santana, Secretaria Estadual de Políticas Para as Mulheres. Senhora Ivete Sacramento, Secretária Municipal da Reparação (Semur). Senhora Olívia Santana, Secretária de Políticas Para as Mulheres da Bahia. Filme – Prevenção “Ai Se Eu Te. Ministerio da Saúde, Brasil, 2015 Ai se te pego (Assim você me mata)”. Filmete de 4min, fala da prevenção das doenças sexualmente transmissíveis; 19h30: MAMBO ITALIANO, 80min, longa metragem, direção de Émile Gaudreault, Canadá, 2003, legendado. Sinopse: Tudo inesperadamente, acabou no Canadá, em vez de os Estados Unidos. Ângelo choca seus pais – e sua irmã, Anna – caminhando por conta própria sem se casar, e, logo depois disso, outro choque quando ele revela que é gay. Mas seu namorado (e melhor amigo de infância), o policial Nino Paventi, não está pronto para sair do armário, ainda com uma mãe siciliana que se intromete em sua vida afetiva. PROGRAMAÇÃO Sábado, dia 5 de novembro de 2016 – 18h ás 22h 18h: Lançamento vídeo. Vídeo 15ª Parada LGBT da Bahia. Curta metragem, 15mim, GGB, Bahia, 2016. Vídeo promocional da 15ª Parada LGBT da Bahia, realizada em 11 de setembro de 2016. 18h30 – Prevenção. GGB, Bahia, 2007. Vídeo documentário que trata a questão da prevenção do HIV em Salvador, Bahia. Aids e Você, Bahia Cinema e Vídeo, Tourinho, GGB. 19h: When Shirley met Florence, “Quando Florence conhece Shirley” Canadá. 27min, director Ronit Tezalel, 1994. Retrato íntimo de mulheres em seus sessenta anos. Uma homossexual e outra heterossexual, cujo amor de uma para outra e a música que cria juntas transcendem diferenças. Cure of Love 59min “ Cura pelo amor” 59min, de Francine Pelletier e Chstina Willings, Canadá, 2008. “ É sobre o movimento controverso que pretende converter os LGBTs em heterossexuais. Todos os dias com direito a pipoca e refrigerante. Entrada franca. Local Pátio externo Grupo Gay da Bahia Ladeira de São Miguel, 24 – Centro Histórico Telefones (71) 999894748 – 33222552 ggbbahia@gmail.com Entrada franca.

Agenda do Embaixador do Canadá na Bahia inclui visita ao GGB

Salvador, Bahia, 3 de novembro de 2016 – Do GGB – O Grupo Gay da Bahia (GGB) está em festa, e não seria para menos, a entidade recebe em sua sede social a Ladeira de São Miguel, 24 no Centro Histórico a visita do Embaixador do Canadá Riccardo Savone, nessa sexta-feira, dia 4, a partir das 18h. Para celebrar a visita do ilustre visitante a entidade já preparou uma programação especial que começa na sexta e segue até sábado, dia 5. Sexta-feira acontece com recepção aos convidados e a abertura do projeto “Nós, Por Exemplo” de cinema, identidades e artes integradas. Na sexta-feira autoridades baianas já confirmaram a presença na abertura do evento onde o embaixador deve falar alguns minutos sobre os avanços na consolidação dos direitos LGBT no Canadá, na sequência exposição do filme canadense “Mambo Italiano” e depois o GGB oferece um coquetel aos convidados. Já no sábado, dia 5, a programação consta com o lançamento do vídeo promocional da 15ª Parada do Orgulho LGBT da Bahia, o filme canadense When Shirley met Florence, “Quando Shirley encontrou Florence”, do Canadá, 27min, do diretor Ronit Tezalel, 1994. O filme é um retrato íntimo de mulheres em seus sessenta anos, uma homossexual e outra heterossexual, cujo amor de uma pela outra e a música que criam juntas transcendem diferenças. O GGB retirou do fundo do baú uma produção realizada em 2007 pela entidade dirigida por Edilton Tourinho e produzida pela Bahia Cinema e Vídeo, que aborda a prevenção do HIV por meio de declarações de especialistas e pessoas que vivem com Aids na cidade. Uma raridade que vale a pena ser vista. A presença do Embaixador do Canadá na Bahia e a visita ao GGB, entidade que completou trinta e seis anos em funcionamento, é motivo de orgulho. “Honradíssimos por essa cortesia do Embaixador, mas penso que não poderia ser diferente, porque o Canadá é exemplo na agenda LGBT”, comemora Marcelo Cerqueira, presidente da entidade. O Canadá é um dos países mais avançados e uma referência mundial na proteção dos direitos humanos e na afirmação da diversidade sexual. Já em 1969, o país aprovou a legislação que descriminalizou a homossexualidade. Isto abriu o caminho às províncias do país a passarem medidas que garantissem os direitos humanos da população LGBT, como Québec, que foi a primeira jurisdição da América do Norte a proibir discriminação em base da orientação sexual. Mais avanços seguiram. Em 1982, o Canadá repatriou sua Constituição e adotou a Carta dos Direitos e Liberdades, com objetivo de proteger os direitos de cidadãos canadenses. Isto seria a base da conquista de grandes avanços nos direitos LGBT no país. Em 1992, foi o fim da proibição de homossexuais nas Forças Armadas Canadenses. Em 1994, a província de Ontário garantiu os mesmos direitos a casais homossexuais e heterossexuais, e em 1999, a Corte Suprema do Canadá garantiu que isso se estendesse a todo território nacional. O Canadá legalizou o casamento de pessoas do mesmo sexo em 2005, um dos primeiros do mundo. Além de poderem casar, adotar, trocar de gênero, servir o exército, os LGBT estão protegidos por leis anti-LGBTfobia, aquela de forma direta praticada de uma pessoa contra a outra o que chamamos de discurso de ódio. E, nesse ano, o Canadá–ainda na vanguarda na promoção e proteção da Comunidade LGBTI—, introduziu o Projeto de Lei C-16, que atualizará o Ato de Direitos Humanos do Canadá e o Código Criminal para incluir os termos, “identidade de gênero” e “expressão de gênero”. Essa legislação tornará um ato ilegal a discriminação de pessoas com base em sua identidade ou expressão de gênero, e ampliará o escopo das leis existentes contra crimes de ódio para cobrir estas mesmas pessoas. Boa parte da população gay se concentra em Toronto, Montreal e Vancouver, as três grandes cidades canadenses. Toronto, a maior cidade do Canadá, tem um dos melhores distritos rainbow do mundo (arredores da estação de metrô Wellesley)

Direitos humanos vai até Maiquinique fazer escuta e acolhimento á comerciaria trans Natylla Mota, vítima de crime transfobico.

  Salvador, Bahia, terça-feira, 18 de outubro de 2016 – Do GGB – Uma equipe técnica da Superintendência de Direitos Humanos da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS) composta por Laís Paulo que faz parte da Coordenação LGBT, Isaura Genoveva Coordenadora de Proteção aos Direitos Humanos e Milena Passos, mulher trans e ativista do movimento LGBT da Bahia, seguiram hoje cedo para a cidade de Maiquinique, Sudoeste á 650km de Salvador. De acordo com a Superintendente, Dra. Anhemona de Brito, a visita objetiva realizar escuta social e acolhimento das denúncias das violações de direitos sofridas pela comerciaria Natylla Mota e seu companheiro naquela cidade em 8 de outubro. O caso Maiquinique, tem ocupado os meios de comunicações desde domingo, 15, com a divulgação de um vídeo gravado por celular mostrando a transexual sendo espancada por uma mulher dentro do Hospital Municipal de Maiquinique. A crueldade das imagens tem causado grande comoção e recolta na sociedade. Ontem,17, o presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, em conversa com Superintendente Anhamona de Brito, sugeriu a inclusão de transexual Millena Passos, como movimento social com a função de confortar a colega que foi alvejada com sete perfurações de faça, sendo que duas perfuram o pulmão e outra alvejou o baço.  Somente na manhã de ontem que ela recebeu alta médica do Hospital Bom Jesus de Itapetinga. Agora a luta da comerciaria transexual é por Justiça, que a Lei seja aplicada de forma justa contra os quatros elementos que atentaram contra a sua vida, só pelo fato de ela ser uma mulher transexual, possuir um relacionamento com um homem, e expressar afeto em público, andando de mãos dadas na Praça da Cidade, no dia de seu aniversário. Desde que saiu do Hospital que a comerciaria tem usado a sua página no Facebok para denunciar os agressores. Na segunda-feira, ela divulgou a foto de Luciano Ferraz e sua mulher de prenome Viviane. Nessa terça-feira ela postou a foto de Tayse Vieira como sendo a terceira pessoa do grupo de quatro. Depois que o caso se tornou público a comerciaria tem recebido apoio de todos os lados, inclusive fotos dos agressores. Na tarde de ontem o Grupo Gay da Bahia (GGB) emitiu nota pública criticando a demora em prender os agressores. O presidente Marcelo Cerqueira, acredita que em casos de violência contra LGBT, negros e mulheres há de ter uma celeridade nos processos porque são crimes motivados pelo ódio. É importante que a Delegacia, o Ministério Público e o Judiciário trabalhem juntos, assim, a sociedade não fica com a sensação de impunidade.  Nesse caso, a preventiva com os nomes dos agressores demorou mais de sete dias para ser expedida. Os movimentos de apoio a comerciaria e contra a LGBTfobia, o GGB, intermediou a assessoria jurídica através do criminalista Rogério Matos. No dia 22 a cidade vai receber um protesto que está sendo organizado pelas pessoas solidárias a causa LGBT na cidade e região, espera-se reunir cerca de 10 mil participantes.       Conheça agenda da equipe de Direitos Humanos na cidade.   2016, em agenda institucional constituída para tratar do “Caso Maiquinique”. Para tal fim, a equipe atenderá o seguinte roteiro: 18/10/2016 – Deslocamento SSA/Itapetinga para: (a) atendimento à vítima (escuta social e acolhimento de denúncia); (b) reunião com representantes da Secretaria de Ação Social do município do domicílio da vítima (Proteção Especial) para ajustes de apoio psicológico e auxílio social; 19/10/2016 – Deslocamento Itapetinga/Maiquinique para: (a) reunião com autoridades da Polícia Civil e representantes do Ministério Público; (b) visita à unidade de saúde/cenário de parcela das ocorrências denunciadas; (c) reunião com representantes do Poder Público municipal; 20/10/2016 – Adoção de providências complementares para atendimento à vítima; retorno para Salvador.Após a finalização dos procedimentos jurídicos e administrativos por parte desta SUDH, alinharemos com o Secretário de Justiça a adoção de diálogo político com o comando da Segurança Pública e de outros órgãos e instituições vistos como relevantes para tratar da questão. Em tempo, reiteramos o nosso compromisso com toda e qualquer estratégia de reversão e combate à violência homo-lesbo-bi-transfóbica, ao tempo em que ratificamos o nosso compromisso frente a imprescindibilidade do amparo e garantia de direitos da cidadã Natylla Mota, além da responsabilização dos culpados.

GGB pede intervenção do MP junto a hospital por prevaricação e prisão do grupo que tentou matar transexual em Maiquinique.

Leandro Ferraz (D) e a vitima Natylla Mota Barreto, comerciante local. Salvador, Bahia, segunda-feira, 17 de outubro de 2016 – Do GGB, ás 12h. O presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, após várias tentativas ontem, conseguiu falar por telefone com Natylla Mota Barreto, 21 anos, comerciaria em Maiquinique, sobre como ela sobreviveu ao ataque transfobico/homofobico. O caso aconteceu no sábado,8, ontem fez oito dias, e não na madrugada de sábado, 15, para domingo, 16, último fim de semana, a notícia circulou por conta de um vídeo que começou circular nas mídias sociais onde aparecia a jovem empresaria agonizado no chão do Hospital Municipal de Maiquinique. Falamos com a vítima por volta das 10h de hoje quando recebia alta do Hospital e seguia até a Delegacia com a finalidade de pegar a guia para exame de perícia. “Hoje eu tirei o dreno que estava em meu pulmão onde tive duas perfurações” disse aliviada e com voz alegre por esta viva depois de ser alvejada por sete perfurações de faça. O Grupo Gay da Bahia exige celeridade na busca e apreensão dos autores do crime que estão em liberdade, inclusive ameaçando a vítima por mensagem e ligações de celulares, intervenção imediata do Ministério Público da Bahia para investigar crime de prevaricação praticado por funcionários, enfermeiras, seguranças e direção do Hospital Municipal de Mairinque Natylla conta que no dia 8, sábado, por volta das 0h30 saiu com o seu companheiro de prenome Igor, 21 anos, até a Praça William Valadão, onde circulavam de mãos dadas em direção a uma barraca de lanches na qual encomendou dois pastéis e permaneceram no local esperando sair o lanche. De um momento para o outro o casal começou a ser alvejado por latinhas de cerveja e copos, mesmo se afastando da situação as provocações continuaram acrescidas com palavras ofensivas, uma das mulheres teria dito “ Olha lá o viado e o traveco, aqui não é lugar para vocês não, não sei o que vocês estão fazendo aqui” disse uma das mulheres que tirou uma faça de meio porte de dentro da bolsa e partiu para atingir a vítima. Nesse momento o companheiro da trans imobiliza a mulher e acaba recebendo um corte em uma das mãos. Diante da confusão o povo interviu, com a mão sangrando o rapaz partiu rumo ao hospital e segundo Natylla, foi cancelar o lanche e em seguida se dirigiu para acompanhar o seu companheiro, conta. A vítima identificou um dos agressores como   pelo nome de Luciano Ferraz e uma das mulheres identificada como Geane, suposta companheira. Ntylla revelou que foi justo nesse momento quando ela seguia para acompanhar o seu companheiro que foi cercada pelo bando. “Eu pensei que fosse um assalto, joguei logo a bolsa e o celular no chão” disse e seguiu relatando ainda que o homem acertou uma facada nas minhas costas e ela caiu no chão e sentiu ele colocar um dos pés no seu pescoço e nesse tempo a mulher dava-lhe chutes e um dos chutes acertou o seu olho quase perdendo a visão, outras duas mulheres apareceram uma delas portava uma faça e cortaram o meu cabelo, me batendo e me chamando de viado, que eu iria morrer. Uma dessas mulheres tentou acertar o meu rosto com a faça e eu botei o braço na frente, parece que a faça acabou ferindo ela e assim, ficaram mais violentos ainda. Fui socorrida perdendo muito sangue por um amigo que me levou até o Hospital Municipal. No Hospital o segurança de prenome Naldo, proibiu o meu acompanhante de poder entrar comigo, mesmo eu estando naquele estado, o segurança ainda trancou o meu marido em uma sala de curativos e ele não podia sair para me socorrer da mulher que me agredia dentro do Hospital sem ninguém fazer nada. Enquanto eu sangrava caída no chão as enfermeiras, a mulher continuava a bater e o segurança não fazia nada, as enfermeiras diziam que não tinha estrutura para atender e nem médico de plantão, elas ficavam em uma sala e saiam toda hora e me olhava no chão e não faziam anda, eu pedia socorro a todo momento, sequer me colocaram no soro. O motorista da ambulância estava em casa e tive de esperar a boa vontade dele para me levar até Itapetinga. Na ambulância ao invés da enfermeira vir me acompanhado devido ao meu estado de saúde ela foi na frente com o motorista de conversa com o motorista, ainda mandou minha mãe ir todo o caminho me abanando. Em Itapetinga, os médicos disseram que eu sobrevivi por milagre, considerando que perdi sangue por horas seguidas. O Grupo Gay da Bahia, perguntou se ela conhecia ou tinha algum tipo de relacionamento com os agressores, ela disse que não e que conhecia o casal apenas de vista. Considerando a gravidade da violência sofrida pela vítima, considerando ainda que o crime teve uma motivação odiosa, considerando ainda que a vítima corre perigo de vida, considerando que houve omissão de socorro, obstáculo ao acesso ao serviço público, omissão de socorro o que é qualificado como crime de prevaricação. Considerando a indignação que as imagens divulgadas pelas redes sociais têm provocado as pessoas, somando até hoje mais de 33.435 visualizações no Youtube, considerando o estresse emocional que esse tipo de notícia causa junto aos LGBTs, solicitamos a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia celeridade na busca e apreensão desses elementos que atentaram contra a vida da transexual Atylla Mora. Solicitamos também que o Ministério Público do Estado da Bahia abra denúncia para investigar o suposto crime de prevaricação contra a vida da vítima que agonizava dentro de uma unidade de saúde sem atendimento médico. É preciso celeridade na apuração de crimes, isso inclui inclusive aplicação de penas alternativas, especialmente para que a sociedade não acabe acreditando que existe uma cultura da impunidade. O Delegado, o Promotor e o Juiz hão de entender que crimes praticados contra LGBTs, negros e mulheres, são muitas vezes motivados por ódio, desse modo, tipificar