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LGBTfobia de médico, enfermeiros e nutricionista do HGE sugere crime de omissão

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Salvador, Bahia, sexta-feira, 25 de novembro de 2016 – Do GGB, ás 18h

Após receber alta do Hospital Geral do Estado (HGE) Jonas começou uma série de revisões, porque segundo ele, os pinos que foram introduzidos para sustentar a sua mandíbula pareciam ter algum problema, porque não cicatrizavam, sangrava e saia secreção, constantemente. A última revisão com a equipe de Odontologia do hospital, realizada no dia 17 desse mês, indicou que ele deveria passar por uma nova intervenção cirúrgica para fazer as correções necessárias. Jonas deu entrada, novamente, no HGE (ontem) dia 24, ás 7h da manhã, e entrou em procedimentos por voltas das 14h, levando cerca de 3h na mesa de cirurgia. Após, voltar para o leito, Jonas acusa medico, enfermeiros e nutricionista do HGE de LGBTfobia, omissão e tratamento desrespeitoso com uma pessoa convalescente.

Segundo Jonas, ele estava em jejum desde à tarde do dia 23, por exigência do procedimento, e só foi receber alimentação por volta das 20h do dia 24. ““Eu falei com a enfermeira, que estava com muita fome por causa do jejum” disse, e continua revelando que a enfermeira era estúpida e tratava ele com desprezo, “Você está pensando que está na sua casa, espere”! Retrucava, a enfermeira mal-humorada. “ Eu perguntei a ela, você não tem filhos” e ela responde, “meus filhos não tem nada a ver”.  Jonas conta que quando a comida chegou começou o seu calvário no leito hospitalar.  Recebeu um copo de sopa com um pedaço de pão da mão da nutricionista, que ele não lembra o nome. “Quando eu comecei a comer minha boca começou a sangrar, pois, levei mais de trinta pontos, contei no espelho”, eu disse que, “não agüentava comer” e como resposta a profissional teria dito: “você não estava morrendo de fome¿! que fez, me ligarem tantas vezes, se não quer jogue fora” disse a nutricionista, em conversa com o internado.

Diante, desse deboche da profissional o paciente relata que se levantou da cama e foi até o balde de lixo e jogou o alimento fora, obedecendo a orientação da profissional. Jonas relata, ainda, que o pior viria depois; pois a enfermeira e a nutricionista deixaram o local e em seguida, surgiu um médico de prenome Marcos, que entrou no leito gritando, loucamente, “Onde está o meliante”? “Eu estava falando ao celular com minha mãe chorando de dor, com a boca sangrando e então a nutricionista apontando para ele teria dito:  “É este aqui” (sic). O médico perguntou “Então você está jogando comida pra cima”? O paciente negou; e um outro enfermeiro teria afirmado “Sim, estava jogando”.

Jonas, relata que o médico expulsou ele do hospital, sem ao menos saber o que ele tinha para dizer. Mandou pegar a mochila e sair de lá, “eu informei que não tinha como ir para casa”, ele (o médico) me coagiu e me levou até a portaria, mandou o vigilante abrir o portão e jogou o paciente para fora como se “xota um bicho”.  O paciente revela que estava com a boca, ainda, sangrando, fraco e que ainda pediu os seus documentos, laudo para poder saber o que haviam feito com ele e lhe foi negado, segundo ele, o médico disse que, “viesse qualquer dia da semana e pegasse em um setor que é para essa finalidade”, o paciente necessita desses documentos para colocar como peça do processo criminal que se instalou na Delegacia.

O Grupo Gay da Bahia (GGB) perguntou a vítima se ele percebeu se esse tratamento desrespeitoso seria por que constataram que ele é gay, se existiu relativa homofobia institucional: “Eu, acredito que esses que me atenderam, tem problemas com pessoas como eu, porque nada justifica o que fizeram comigo, eu saí sem assinar nenhum papel, nada…” disse Jonas, denunciando, também, que acha que foi preconceito, mesmo, porque, segundo ele havia outras  pessoas lá dentro, que inclusive ofendiam enfermeiros e ninguém fazia nada, questiona porque esse pessoal truculento implicou, justamente, com ele(¿!) pelo fato de ele não poder engolir alimento e por ordem da nutricionista jogou fora.

O Grupo Gay da Bahia lastima, que esse tipo de situação aconteça dentro de uma unidade de saúde e mais a falta de sensibilidade de profissionais de saúde frente a um paciente que passou por processos de perdas e traumas físicos e emocionais. “Vamos levar para a Ouvidoria da Saúde, pedir que congele as imagens das câmaras existentes no local, apurar. Porque isso é criminoso e as pessoas devem ser responsabilizadas por suas omissões” declarou Marcelo Cerqueira, presidente do GGB.  Jonas Deixou o HGE, ontem, ás 21h, com R$ 10 no bolso, pegou um transporte até a Estação de Transbordo Mussurunga na Paralela, porém, não havia mais ônibus para Areia Branca, ele andou mais de 9h a pé, chegando em casa por volta das 2h da madrugada dessa sexta-feira, penalizado por ser homossexual, duplamente.

Uma resposta

  1. As vezes me pergunto como Jonas se referiu a a enfermeira! O tom de voz dele a expressão do corpo ! E como ele jogou a comida fora ! O HGE e super cheio as pessoas lá trabalham muito dai vem uma pessoa jogar comida fora querer fazer coisas sem a permissão medica rota se pensar se realmente foi homofobia ou desrespeito !

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