Resposta do GGB ao “cantor pássaro”: As vaias não foram dos Gays, mas da situação.
Salvador, sábado, 23 de abril de 2016 – Do GGB. O Grupo Gay da Bahia (GGB) apresenta considerações à entrevista do cantor Igor Kanário, “ENTREVISTA: “Um cara do gueto, da favela, cantando na Europa. Eu cheguei lá”, diz cantor Igor Kannario sobre turnê internacional, ao jornalista André Uzêda e Greicehelen Santana, no site da TV Aratu online, no dia 22 de abril de 2016, às 17h40. Lendo a matéria, pude perceber alguns aspectos, inclusive de mudança na forma como o cantor se expressou na entrevista, muito mais “culto”, apesar de ainda usar algumas frases consideradas “feias”, na comunicação com o leitor do site. Considero o “cantor pássaro” um grande artista, possuidor de excelente capacidade vocal, considero também excepcional a sua capacidade de arrastar multidões. As pessoas anseiam por esse tipo de artista, que expresse seus anseios, e enquanto mito, ele desce do “Olimpo” quando fala para o povo, na língua do povo. Poucos artistas tem essa possibilidade, e ele é um desses artistas, um privilegiado. “O povo o enxerga como um artista, que consegue, nas suas musicas, reproduzir sentimentos e desejos da favela, como ele próprio fala em seus shows”. Afirma Marcelo Cerqueira, presidente do GGB, reforçando que é necessário esse tipo de artista nas comunidades porque funciona como ícone que estimula os outros. “Considero um equivoco ele utilizar a expressão “Hipocrisia” no sentido de que nós, LGBT, somos hipócritas, mas acho positivo quando ele reconhece que sofremos preconceito a todo momento, e sofremos sim. A cada 28h um LGBT é assassinado no Brasil, vítima da homo, lesbo, trasfobia. Somos difamados, caluniados, preteridos e exterminados pela intolerância da sociedade que, mesmo diante dos avanços, nos considera indivíduos de segunda categoria. O que houve no carnaval junto com a cantora Claudia Leitte, no bloco Largadinho, foi natural, ninguém podia impedir uma manifestação daquela, considerando que as pessoas que estavam no bloco compraram o abadá para ouvir Claudia Leitte. Esse tipo de manifestação ocorreu em outros blocos, em que outros cantores foram vaiados, isso se dá pelo nível de exigência dos foliões, que compram esse produto no carnaval e querem ter a melhor experiência possível. Considero injusto Igor Kanário acusar os LGBTs pelas vaias recebidas. Ele não pode afirmar isso, que as vaias partiram dos gays. Necessariamente o bloco não é LGBT, ainda havia turistas, homens, mulheres, jovens, uma grande variedade de foliões. A questão toda é relacionada ao momento e ao público, que comprou o abadá, e, de repente, Claudinha aparece com “o cantor pássaro”. Ninguém entendeu nada, inclusive porque os foliões não sabiam que iria ter Kanário. Assim, quando Igor começou a cantar, começou o tumulto, o empurra-empurra, ele ” sentou a madeira” de cima do trio e a galera desceu toda, apertando os foliões do Largadinho, que ficaram apavorados, inclusive conta-se que, quem estava próximo à corda correu para dentro do bloco, com receio de acontecer alguma situação, incluindo brigas e pequenos furtos. É injusto creditar aos gays essas vaias. Igor Kanário participou, em 2013, da Parada do Orgulho LGBT da Bahia, e foi ovacionado pelo público LGBT, o que se pode constatar nos vídeos no YouTube, onde mostram a grande animação desse público. Ele desfilou como convidado da Deusa Feiticeira, nós não sabíamos da ida dele, se soubéssemos, sem dúvida convidaríamos para vir ao nosso trio oficial, especialmente por conta do preconceito de alguns contra ele e ao seu estilo musical. Salvador é a capital da música, uma cidade musical por natureza, existindo público para todas as modalidades, o pagode é uma manifestação cultural não somente do gueto, mas universal, haja vista que as bandas viajam por todo o mundo, exibindo as suas canções. O estilo pagode, em Salvador, agrada a um público grande. No carnaval, por exemplo, nos camarotes chiques, quase todos tocavam pagode, as bandas estão muito bem representadas, participando dos programas nacionais, mostrando o seu trabalho. O que acontece é uma divisão conceitual de pessoas que não gostam de algumas músicas, e ainda, dentro do pagode, algumas bandas não possuem uma linguagem poética e fazem utilização de palavras de baixo calão, baixaria.
“As pessoas ainda são discriminadas, difamadas e executadas por sua orientação sexual”, diz GGB –
Do Correio da Bahia, canal Me Solte. Salvador, 14/04/2016 .Essa semana, o Grupo Gay da Bahia (GGB) comemorou 36 anos de fundação. O Me Salte conversou com Marcelo Cerqueira, professor, ativista LGBT e presidente do GGB para falar sobre as questões mais sensíveis à causa. Ele também adianta algumas das ações que acontecerão em setembro na parada do orgulho LGBT. Veja a entrevista: Me Salte – Em mais de 30 anos de história, quais os momentos mais simbólicos de luta do GGB? Marcelo Cerqueira – Muitas! A resposta ao impacto do HIV junto à comunidade, desenvolvemos a ideia de sexo seguro com o uso do preservativo, em uma época que muitos líderes contrários à medicalização da homossexualidade acreditavam que o preservativo era interferência médica na nossa sexualidade, isso era um reflexo das teorias médicas sobre a origem da homossexualidade, que os ativistas criticavam nos anos 80. Pontuo o Registro do GGB como sociedade civil (1981), titulo de utilidade pública pela Câmara Municipal de Salvador em 1985, derrubada do código 302.0 do antigo INPS, que classificava a homossexualidade como doença. Isso foi incrível, graças ao trabalho de Luiz Mott, fundador, que fez um abaixo assinado nacional coletando 16 mil assinaturas, incluindo nomes conhecidos como Rute Cardoso, FHC, Tancredo Neves, Ivete Vargas e o jurista Raimundo Faoro. MS – Como o GGB tem procurado interagir com os novos anseios da comunidade LGBTT e também com as suas mudanças de comportamentos? MC – Mesmo com as mudanças, existem coisas que parecem eternas como a homo, lesbo, trans e bifobia. As pessoas ainda são discriminadas, difamadas e executadas por sua orientação sexual, o GGB oferece suporte nesses momentos de dor. Hoje temos um protagonismo mais forte dos jovens, graças a internet que facilita a informação e isso deu muito poder ao indivíduo, fazendo com que ele mesmo se organize em redes, grupos, inclusive, independe de organização institucional. Incluímos outras pautas como a emergência da agenda das pessoas trans, não binarias, aborto, drogas, LGBT de periferias onde as identidades se desenvolvem. MS – Como o GGB enxerga e trabalha as novas questões de gênero? MC – Que é preciso radicalizar no discurso político a ideia da diversidade de gênero, no sentido de que existem várias maneiras de ser homem, mulher e diversas orientações sexuais que reivindicam espaço o que muito natural. Vivemos em um mundo de culturalidade, tudo é cultura, transformação e jogo de poder variando do momento histórico. Antes era o cristalizado, usado para manter o sistema político. Mas, hoje em dia, aquele que era real, ”essencial cristal”, cederam lugar para o que chamamos na pós-modernidade de gêneros fluídos ou flutuantes. Relaciona-se com a questão da “quarta onda feminista”, a pessoa é o que ela acredita ser, escolhido de forma livre por ela mesma. Hoje eu sou homem, amanhã posso ser mulher, travesti, uma trans lésbica, um homem trans, posso ser andrógina, fechativa, transar com mulher, viver poliamor um homem e duas mulheres, e não existe nenhuma vergonha nisso. Existe uma tendência de aceitar, por consideração, as individualidades, mas o mundo contemporâneo é muito individual, a pessoa pode fazer o que quiser com o corpo, mas ela necessita continuar andando, porque se ela cai é muito difícil levantar-se, junto por esse individual que todos só pensam em si. A internet tem grande influência em tudo isso, e eu penso que o “Me Salte” é um sinal positivo desse movimento na região. MS – Na sua atuação à frente da entidade como você tem conseguido trazer o foco das atenções para a causa? MC – Bom, eu sou muito criativo. E tenho usado da criatividade e também do humor para falar desses temas. Mott, sempre tem a fama de durão, xerife gay, capitão motinha, eu sou mais leve, ao menos é isso que dizem. As denúncias dos crimes homofóbicos é algo que pauta a mídia nacional para a causa. O GGB realiza pesquisa nacional coletando essas ocorrências e publicando em nosso site www.quemahomofobiamatouhoje.com.br ao final produzimos um dossiê virtual que serve para sugerir politicas públicas. Ficamos atentos no combate às expressões e comportamentos que denotem homofobia, realizamos atividades culturais como a V Semana da Diversidade e 15ª Parada LGBT da Bahia, que é um evento de visibilidade massiva, que envolve mais de 800 mil pessoas a cada ano. MS – Esse ano a parada do orgulho terá pela primeira vez a chancela LGBT e não apenas gay. A que você atribui essa mudança? MC – É um reflexo da culturalidade e solidariedade às novas orientações sexuais que reivindicam espaço social, de palavras e poder. É uma forma de interagir com os anseios da comunidade, que é diversificada socialmente, economicamente, cultural e racialmente. De modo geral, a palavra gay é mais palatável junto à população, além de ser mais harmoniosa na publicidade. Entretanto, consideramos que é preciso educar a população para conviver com essa realidade que a sigla LGBT representa, dentro da comunidade somos iguais em direitos, mas distintos em especificidades. A decisão de mudar também é uma forma de incluir as pautas das pessoas transexuais, que começaram a conviver comigo e com o grupo de forma harmoniosa como Millena Passos, Keila Simpson, Alessandra Hilary, Luana Verneck, Monalisa Trussardi, Paullete, Ariane, Inês Silva, Ranela Márcia, Thatiane Araujo, Bruna Menezes e meu primo João Hugo, homem trans. A 15ª Parada LGBT da Bahia acontece no dia 11 de setembro. O tema escolhido é “Uma vida sem violência é um direito das pessoas trans”. Dentro da programação diversas atividades culturais e debates. Nos dias 6 e 8, em parceria com o Ministério Público da Bahia, acontece o seminário “ Homofobia e crimes de ódio”, a ideia do evento trabalhar a definição de homofobia e a temporalidade dos processos envolvendo a delegacia de policia, o MP e o Judiciário. – See more at: http://www.correio24horas.com.br/blogs/mesalte/?p=2986#sthash.K4Fzrcc3.dpuf
‘Sim ao Amor’: lançado no MP projeto para promover casamentos homoafetivos em Salvador.
Salvador, Bahia, quarta-feira, 13 de abril de 2016. ‘Sim ao Amor’: lançado no MP projeto para promover casamentos homoafetivos em Salvador O Ministério Público estadual lançou hoje, dia 8, o projeto ‘Sim ao Amor – Casamento Coletivo LGBT’, cujo objetivo é promover o reconhecimento social e judicial das uniões homoafetivas em Salvador, com a realização no próximo dia 10 de junho do primeiro matrimônio coletivo de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, transgêneros e travestis na capital baiana. Com o lançamento, ocorrido na sede do MP no CAB, também foram abertas as inscrições para os casais interessados, que podem procurar o Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher e da População LGBT (Gedem) para obter informações, orientações e encaminhamentos sobre os procedimentos de habilitação a serem realizados junto aos cartórios de registro civil de pessoas naturais dos subdistritos de Brotas e da Vitória. O órgão disponibilizará uma equipe multidisciplinar, formada por psicóloga, assistente social e advogada, para atender os interessados. O MP também está disponibilizando folderes com informações sobre os aspectos processuais e jurídicos, inclusive elencando a documentação necessária. “Esse projeto é uma forma do MP promover uma ação afirmativa de combate à intolerância. Além de mostrar mais uma faceta do MP, a promoção do amor, esse projeto é uma forma também de mostrar que o promotor de Justiça pode contribuir para a felicidade do outro. Ações de bem-estar também é uma missão nossa”, afirmou a procuradora-geral de Justiça, Ediene Lousado, no ato de lançamento. O ‘Sim ao Amor’ é uma iniciativa do Gedem, do Grupo de Atuação Especial de Proteção dos Direitos Humanos e Combate à Discriminação (Gedhi) e do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça Cíveis, Fundações e Eleitorais (Caocife), com a colaboração de movimentos sociais ligados às questões LGBT. O projeto e suas peças publicitárias foram apresentados pela coordenadora do Gedhi, promotora de Justiça Lívia Vaz, idealizadora da iniciativa que se baseou no trabalho realizado pelo promotor de Justiça Inocêncio Carvalho Santana na comarca de Itabuna, que tem realizado casamentos homoafetivos de pais de alunos das escolas da rede pública de ensino. Na mesa do ato de lançamento, também estiveram presentes a coordenadora do Gedem, promotora de Justiça Márcia Teixeira; o promotor de Justiça Inocêncio Carvalho; a secretária municipal da Reparação (Semur), Ivete Sacramento; o presidente da Comissão de Diversidade Sexual e Enfrentamento à Homofobia da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Garbelotto; e a presidente da Comissão de Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa, a deputada estadual Fabíola Mansur. Todos ressaltaram a importância histórica do MP em atuar na garantia da igualdade jurídica e social da comunidade LGBT, combatendo o preconceito e a discriminação. Marcaram presença no evento os coordenadores do Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico (Nudephac), Artístico e Cultural, promotor de Justiça Edvaldo Vivas e do Núcleo da Paternidade Responsável (Nupar), promotora de Justiça Joana Philigret, representantes dos movimentos sociais LGBT, de órgãos estadual e municipal e de outros membros e servidores do MP. GGB foi pioneiro em realizar casamento LGBT na Bahia por Marcelo Cerqueira FOTO: Lançamento da Campanha no MP, com a presença da deputada Fabíola Mansur (PSB) e Secretária Ivete Sacramento SEMUR, Millena Passos SPM. O Grupo Gay da Bahia (GGB) recebeu com entusiasmo a campanha desenvolvida pelo Ministério Público e se une a iniciativa por acreditar ser um passo importante para a divulgação junto da sociedade em geral a Decisão do Conselho Nacional de Justiça que estende o beneficio do casamento civil para pessoas do mesmo sexo. Sem dúvida é motivo de comemoração, mas a luta não acaba por aqui. É preciso que o Congresso Nacional aprove o Projeto de Lei que reconhece as uniões homoafetivas e estende o casamento civil igualitário aos LGBTs. Antes da decisão do Supremo Tribunal Federal que reconheceu as uniões homoafetivas como núcleos familiares, depois a autorização dos tabelionatos do Brasil realizarem o casamento entre pessoas do mesmo sexo, a coisa era muito difícil. Desfazer um relacionamento onde havia direitos de ambas as partes não era possível, porque não havia interpretação jurídica para reconhecer a existência do relacionamento, muitos casos acabavam nos tribunais, e eram resolvidos utilizado analogia a sociedade econômica, tipo dissolução de uma empresa sendo os dois sócios, quando eram casados. O Grupo Gay da Bahia (GGB) lutou muito, assim, como demais ativistas para que as sentenças levassem em consideração a relação em si, e não a uma sociedade de fato. Por outro lado, muitos desejam assinar os documentos, casar e não era possível. Era muito comum em um relacionamento quando um parceiro morre o outro ficava desamparado, mesmo convivendo juntos por anos. Os meios de comprovação dessas uniões eram tênues, sendo muitos vencidos pela ganancia de familiares do falecido. Não tinha certeza do que seria uma prova de união estável entre pessoas do mesmo sexo. Muitas queixas chegavam ao GGB e a entidade foi obrigada encontrar um meio para solucionar ou mesmo facilitar a vida dessas pessoas. A nossa orientação foi que o casal juntasse cartas trocadas, bilhetes, fotografias e relatos de amigos que atestassem a relação. Em 2003 o GGB fez uma Consulta ao INSS solicitando orientação sobre esses procedimentos para comprovação da relação e que o beneficiário pudesse receber algum tipo de beneficio como pensão deixada pelo parceiro falecido. O Livro de Registro de União Estável do Grupo Gay da Bahia foi um instrumento instituído com reconhecimento do próprio INSS para fins de comprovar a união junto aos órgãos públicos. O documento havia a data, nome do juiz de paz, nome, assinatura e RG e CPF dos noivos. Ainda havia espaço para assinatura de quatro testemunhas e de que mais quisesse assinar. As cerimonias aconteciam na sede do GGB ou onde os noivos desejassem, até o momento já foram registrados mais de cem casais. O GGB criou um cerimonial especifico para a ocasião, consta de sermão, votos, e entonação de passagens da Bíblica como Evangelho, Cânticos dos Cânticos, Davi e Jonatãs, entre outras passagens. Para os noivos de religião de matriz africana a entidade também
Travesti idosa faz campanha para levantar casarão destruído por homofóbicos
Salvador, Bahia, sábado, 9 de abril de 2016 – Por MARCELO CERQUEIRA A travesti Martinha, 60, anos pede ajuda da sociedade e da população em geral para recuperar a sua dignidade perdida quando em 9 de setembro de 2013 dois homens desconhecidos por volta de 1h da madrugada atearam fogo em sua casa localizada na Rua da Poeira n.9, Nazaré/Baixa dos Sapateiros, Centro Histórico de Salvador. O casarão de 280m2, com dois pavimentos funcionava como pensão e na noite do incêndio havia cerca de dez hóspedes, idosos e travestis. De acordo com Martinha, dois homens apareceram na porta e pediram um quarto, ela se sentiu insegura com a postura agressiva dos mesmo, negando-lhes o acesso. Aí tais indivíduos ameaçaram em voz alta “ Não tem vaga, não é viado, vou te mandar um doce!” – uma bomba molotoff, garrafa cheia de gasolina com estopa na boca. O fogo teve inicio na escada de madeira, consumindo todo o assoalho que dividia os andares chegando até o teto. “Eles não aguentam receber um não de uma travesti, por isso se revoltaram”, desabafou Martinha. Martinha hoje luta para retomar a sua vida destruída com as chamas de sua casa-pensão, única fonte de renda, resultado de quarenta anos de prostituição no Centro Histórico de Salvador,que para ela funcionava como uma espécie de pensão para a velhice, sonho que acabou em cinzas. Sem teto,hipertensa e diabética, apoiando-se numa bengala, ela vive na penúria graças a um auxilio doença e da ajuda de amigos sensíveis a sua luta pela sobrevivência. “Não é fácil ser uma pessoa como eu, da terceira idade, com a saúde abalada, vivendo da ajuda dos outros, por causa de vagabundos que não respeitas travesti”,! Martinha nasceu em Salvador no dia 26 de março de 1956, moradora do Maciel Pelourinho, aos 12 anos começou a se prostituir. “Eu não tive outra chance, ia para a escola e era chamado de viadinho, efeminado, um dia não voltei mais lá”. E continua: “Eu via as travestis lindas, e entao decidi que queria ser como elas e a partir dai comecei a tomar hormônios e apareceram os clientes”. Fotos tiradas pelo GGB nos inícios dos 80 comprovam que Martinha foi uma mulher belíssima. Mesmo diante das dificuldades físicas, financeiras e sociais Martinha considera-se uma “sobrevivente”, referindo que sofreu tortura policial durante a ditadura, foi presa muitas vezes pela extinta Delegacia de Jogos e Costumes, detenções que aconteciam só por andar na rua vestida de mulher. Na custódia da polícia ela e outros gays e travestis eram obrigadas a fazer a faxina da Delegacia e muitas vezes delegados de outras Delegacias mandavam buscar as travestis para fazer faxina de outras unidades. Para ajudar Martinha podem ser feitas doações em material de construção, dinheiro ou cheque. Também em cimento, laje pré-moldada, telhado, piso, portas, areia, fiação, hidráulica. Ou então, fazer depósito no site “V aquinha” https://www.vakinha.com.br/buscar-vaquinha?utf8=%E2%9C%93&term=martinha&button= Contatos Grupo Gay da Bahia (GGB) Rua Frei Vicente, 24 – Centro Histórico. Salvador, BA. Telefones (71) 99989 4748 – 3322 2552 – Ato contra violência Policial , grupo de travestis, Terreiro de Jesus, 1985. Aroldo, Martinha, Mott e Vamburga, foto de 1981
Presidente do GGB é convidado do Buxixo Piatã FM
Salvador, Bahia, terça-feira, 5 de abril de 2016 – O presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB) foi o convidado do programa Boxixo dos radialistas Dinho Jr e Raoni Oliveira, nessa terça-feira, pela Piatã FM na frequência 94,3. O programa teve inicio ás 18h e seguiu até ás 19h e em um abiente descontraído pode-se falar de preconceito e superação da homofobia. Os radialistas colocaram uma pesquisa para os ouvintes perguntando-lhes o que seria preciso para acabar com a homofobia ( ódio aos LGBTs). Os ouvintes respondiam pelo telefone ou por meio das redes sociais. Cerqueira falou da importância de Luiz Mott para a fundação do GGB e para o movimento em geral. Abordou os 36 anos de fundação da entidade que tem uma longa folha corrida de serviços prestados a sociedade baiana e brasileira na luta contra a homofobia. “ Meus parabéns aos dois jornalista, jovens e comprometidos com um mundo melhor”, declarou Cerqueira.
Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia será homenageado na 23ª edição do Prêmio Braskem de Teatro.
Luiz Mott no palco do prêmio em 2012 (Foto: Genilson Coutinho) Salvador, Bahia, 26 de março de 2016 – Do site Dois Terços . Cinco personalidades que lutam pelos Direitos Humanos na Bahia serão homenageadas durante a cerimônia de entrega do Prêmio Braskem de Teatro. Serão reconhecidos pelos seus trabalhos e atuações, Maria Rita Lopes Pontes, superintendente das Obras Sociais de Irmã Dulce (OSID); o médico Antonio Nery Filho, criador do Centro de Estudos e Terapia de Abuso de Drogas (CETAD); o antropólogo Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB); Mãe Stella de Oxóssi, ialorixá do Terreiro Ilê Axé Opô Afonjá e Vavá Botelho, idealizador do Balé Folclórico da Bahia. ” Felicidade, mais uma pérola para o meu colar..” disse Mott que figura na lista dos 500 gays mais influenets do mundo pela revista gay holandesa Wink e por sua versão internacional Mate. A 23ª edição da mais importante premiação das artes cênicas baianas, será realizada no dia 13 de abril, no palco principal do Teatro Castro Alves, em Salvador e abordará questões como racismo, homofobia, entorpecimento, violência, desejo e intolerância. A direção artística do evento é de Elísio Lopes Jr.
Parada Gay da Bahia pede fim á violência contra mulheres transexuais: e convoca LGTS para caminhada, quarta-feira, 23, ás 14h em Pernambués contra a transfobia.
Salvador, 21/03/16 – Por MARCELO CERQUEIRA . Viver sem violência é um direito das mulheres transexuais e de todo gênero feminino. Este é o tema da 15ª Parada LGBT da Bahia que acontece no dia 11 de setembro a partir das 15h no centro de Salvador. O novo tema substitui o “ Cyber cidadania” que tinha como objetivos debater o papel da internet e dos ativistas digitais na comunicação em rede, a imprensa tradicional e o contraponto dos ativistas digitais na produção de conteúdo voltado as identidades. A mudança do tema deu-se pelos últimos acontecimentos violentos que ocorreram na capital baiana envolvendo mulheres transexuais, ao exemplo do que ocorreu com a trans Bruna Menezes, 25 anos, cabelereira, no dia 13 de março no bairro de Pernambués. Bruna sai de sua casa acompanhada de sua mãe e companheiro com destino a uma pizzaria no mesmo bairro, quando no caminho os três foram abordados por dois homens um vulgo “chaparral” que portava arma de fogo e o outro um porrete da madeira. Bruna foi alvejada por diversas cacetadas nos braços e nas pernas, sendo que o motivo era acertar na cabeça, que ela defendia com o braço. No ato da violência segundo Bruna, eles diziam, “Bate pra matar, bate pra matar”, do nada “Chaparrau” saca uma arma de fogo e despara dois tiros, um deles alveja o marido da trans, que até a data de hoje permanece internado recebendo cuidados médicos sem data de ser liberado. A bala atravessou a virilha e se alojou na coxa do rapaz. Bruna Menezes merece viver e amar como qualquer mulher. Mas, ela por ser trans não é seguro circular com o seu marido, assim, como qualquer casal. Existe muita má vontade da população em relação aceitar a diversidade de orientações sexuais. É preciso que todos atuem pela eliminação da violência contra as mulheres transexuais. Entretanto, o individuo deve permitir-se aprender sobre esse universo feminino fabuloso. O GGB parte do ponto de vista que mulher é uma condição social e isso não depende, excepcionalmente, do sexo biológico. A nossa proposta como tema central é jogar luzes sobre essas feminilidades existentes, incentivando-as para serem as senhoras de seus próprios destinos. Mulheres Transexuais, e Travestis, ainda sofrem do preconceito com base no gênero, o que chamamos de transfobia. Mulheres Transexuais e Travestis são confundidas com gays, homossexuais e etc. Entretanto, não são em tese, mas pode ser que algumas dessas pessoas tenham orientações heterossexual, bissexual ou homossexual. Mulheres trans não geram filhos, mas muitas mulheres cisgênero também não, entretanto ambas podem e devem exercer a maternidade por outros meios. As mulheres trans são exploradas e subordinadas aos papéis de gênero femininos por seus companheiros, sofrem violência física e mental. Em qualquer lugar que um individuo do gênero feminino sofra algum tipo de opressão, é preciso ajudar superar essas opressões. Para isso é preciso dialogar com as outras mulheres para superar esses obstáculos causados por um gênero que oprime o masculino, a outro que sucumbe, o feminino. Os papéis de gênero não são hoje tão rígidos como antigamente o mundo contemporâneo, individualista permitiu a liberdade de existir várias maneiras de ser mulher. Antes era cristal hoje é fumaça, e, tudo flutua e existem muitas maneiras de feminino e de reformular o corpo, hoje o gênero fluido se apresenta como uma revolução aos papéis, porque o individuo pode ser o que quiser, onde quiser e de sua maneira, exclusiva. Conviver com essas mudanças requer um exercício de entender o outro nas suas necessidades, estas que, são pilares de sua cidadania, reforço para lidar com uma sociedade ainda com resquícios de conservadorismo. É dever do estado, dos órgãos e, da sociedade civil combater todas as formas de preconceitos, homofobia, lesbofobia e transfobia, isso significa criação de climas favoráveis para o fortalecimento da democracia. Propomos! Mas é preciso que você entenda. No mundo de hoje não tem mais sentido o individuo possuir uma identidade predominantemente essencialista, não é possível considerar apenas um real e os demais como ilusão, ou imitação de algo que supostamente seria real. Vivemos em um mundo de culturalidade, tudo é cultura transformação e jogo de poder politico, variando para cada momento histórico. Em certos momentos da história da humanidade esses aspectos foram mais interessantes, usados para manter um sistema politico, mas hoje em dia esse ser, é, aquele que era real, ”essenciais”, cederam lugar para o que chamamos na pós-modernidade de gêneros flutuantes. Os órgãos públicos, as entidades feministas, entidades da sociedade civil, pessoas em geral, os órgãos de comunicação, educação e as famílias devem entender que não existe um padrão único de feminilidade ou de masculinidade e isso é uma característica desse mundo contemporâneo liquido fluido e também efêmero. No mundo moderno, nas metrópoles, especialmente as pessoas podem ser o que quiserem dispor de seus corpos como entender e isso não tem nada a ver com o corpo biológico. Na modernidade é preciso falar das formas de ser mulher e que o sexo biológico não é fator predominante para ser coisa alguma, considera-se tudo é cultura e no sentido da individualidade a pessoa pode ser o que ela quiser, como quiser , onde quiser, excetuando, comportamentos considerados violentos e agressivos ao corpo e espaço social do outro. Incluir no discurso feminista as Travestis, mulheres Transexuais e homens Trans na proteção efetiva do Estado de Direito, saúde, tratamento hormonal, defender a alteração do nome civil para essa população sem que necessariamente nesse aspecto considere a cirurgia de redesignação sexual como critério primordial, há de observar o sexo biopsicossocial como critérios fundamentais. Radicalizar no discurso politico a ideia da diversidade de gênero no sentido de que existem varias maneiras de serem mulher e homem, de diversas orientações: heterossexual, homossexual, bissexual; de diversas identidades: gay, lésbica, homem trans, mulher transexual e travestis e que são formas de viver, ser feliz e se expressar como sujeitos. Para além dessas existem uma infinidade de identidades dentro de um conceito mais amplo o chamado “Transgênero” que não
Farol da Barra recebe projeto Divas aos domingos
Salvador, Bahia, segunda-feira, 21 de março de 2016 – Do GGB – O presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira compareceu na tarde de ontem, domingo, em mais uma edição do projeto Divas ao pôr do Sol que acontece todos os domingos a partir das 18h no calçadão do Porto da Barra considerada a praia urbana com maior frequência do público LGBT na capital baiana. O projeto cultural, criado pelo ator e arquiteto Valter Santiago, idealizador da personagem Dion, conhecida na noite baiana por seu talento e versatilidade, ainda muito conhecida pela interpretação da canção “mudança” na voz da cantora Vanusa. O transformismo é uma arte milenar surgida na Grécia em um período que as mulheres não podiam subir ao palco, por ser um motivo de desonra. Desse modo, os homens se travestiam e todos os papeis femininos eram desempenhados por eles. Dion utiliza esses elementos do transformismo clássico e acrescenta arte pop ao seu evento, que consegue aglutinar centenas de pessoas que observam atentamente os gestos dos atores que se apresentam no calçadão. Nesse domingo, além da Diva Dion, os transformistas Luana Lins, dublando com gestos e bocas a cantora Daniela Mercury, Waluar Alcione entre outros do elenco e anônimos que usaram do espaço para expor seus trabalhos. O GGB distribuiu preservativos e folhetos convidando jovens para as reuniões do projeto Se Ligue que acontece na sede da entidade no Centro Histórico. A iniciativa sugere as pessoas levarem doações que são destinadas ao Instituto Conceição Macedo que atende crianças que convivem com o vírus HIV. O padre Alfredo, representando a ONg se fazia presente no local, recebendo os donativos. No uso da palavra o presidente do GGB destacou a importância da ação que estimula a utilização dos territórios urbanos com intervenções artísticas em suas linguagens que promovem a cultura LGBT na cidade. “ Isso é muito bacana e o melhor que é de graça”, conclui Cerqueira.
OSCAR GAY 2016: GGB divulga lista dos premiados com o troféu Pau de Sebo e Triângulo Rosa
BISPO EDIR MACEDO AGRACIADO COM TRIÂNGULO ROSA! Salvador, Bahia, 16 de março – 2016 . Como acontece há 25 anos, logo após o Oscar de Hollywood, o Grupo Gay da Bahia (GGB), entidade de utilidade pública municipal de Salvador, divulga o OSCAR GAY, premiando nesse ano com o Troféu Triângulo Rosa 37 personalidades, instituições e firmas que em 2015 deram maior apoio aos direitos humanos dos homossexuais, outorgando o Troféu Pau de Sebo, a16 inimigos dos LGBT (gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros). O Troféu Triângulo Rosa relembra o distintivo utilizado pelos nazistas nos campos de concentração para identificar os prisioneiros homossexuais. Hoje o Triângulo Rosa tornou-se o símbolo internacional do orgulho gay LGBT.Destacaram-se entre os 37 amigos dos LGBT agraciados com o Triângulo Rosa o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot; o Bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus; doze empresas incluindo firmas tradicionais como Sonho de Valsas, Mate Leão, Avon, Leite de Rosas, Boticário; Galvão Bueno e Pedro Bial e os atores Bruno Gagliasso e João Vicente. 16 personalidades, firmas e instituições fora consideradas homo/transfóbicas recebendo o troféu Pau de Sebo: Igreja Presbiteriana do Brasil; Complexo Militar de Quitaúna, em Osasco, SP; Restaurantes e Shopping Centers, a atriz Bibi Ferreira. Segundo Luiz Mott, fundador do Grupo Gay da Bahia o Troféu Pau de Sebo resgata uma tradição irreverente do folclore brasileiro para mostrar o ridículo de ser inimigo dos LGBT: por mais que queiram espezinhar os LGBT e destruir o movimento de libertação homo/transexual, nunca chegam a seu objetivo, caindo e se lambuzando no pau de sebo da intolerância. Mesmo que esperneiem, aumenta a cada ano o número dos gays assumidos e o apoio dos simpatizantes, além das garantias legais a favor de nossa cidadania.” Prova disso é que o número de simpatizantes homenageados (37) é sempre superior aos homofóbicos (16). Os homens prevalecem nas duas categorias: 9 homens simpatizantes para 5 mulheres e 3 homofóbicos para duas do sexo feminino. Troféu TRIÂNGULO ROSA aos amigos dos LGBT Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, pelo parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal dando ao Congresso Nacional prazo razoável para concluir a votação de projeto de criminalização da homo/transfobia; Desembargadora Joeci Machado Camargo, por refutar vereadores evangélicos de Curitiba que negavam a condição legal de casamento de LGBT em cerimônia de casamento coletivo; Ministério Público da Paraíba, através da Promotoria de Justiça de Sapé, por pedir o afastamento e exoneração de duas diretoras de Escola Estadual, por preconceito e homofobia contra estudantes lésbica e transexual. Bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, por declarar que “Jesus incriminou os religiosos hipócritas, não os gays. A IURD sempre aceitou e aceita todos os homossexuais como acolhe todo ser humano do jeito que é”; INRI, que diz ser e se veste como Cristo Reencarnado, por declarar “A opção sexual do ser humano é uma questão de foro íntimo; cabe a cada um, e somente a si, decidir com quem se relaciona.” Ministério Público Federal de Volta Redonda, RJ, pelo empenho na apuração de casos de homofobia contra estudantes locais; 2ª Vara Federal do Ministério Público de Natal, por condenar internauta que ameaçou de morte ao deputado Jean Wylys; Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos LGBT – CNCD/LGBT, pela portaria que garante o uso do nome social e uso de banheiros femininos por transexuais e travestis. Câmara Municipal e 3ª Vara Cível da Comarca de Macapá, AP, a primeira capital da Amazônia a reconhecer o direito do nome social de transexuais e travestis; Câmara Municipal de Londrina, PR, pela celebração do Dia Nacional Contra a Homofobia; 59º Festival Folclórico do Amazonas pela apresentação de cordéis e humor contra homofobia; OAB/Amazonas, pela realização do 2º Casamento Coletivo de 45 casais LGBT. Companhia Aérea GOL pela inclusão de casal gay na campanha do Dia das Mães; O Boticário pela inclusão de casais gays na propaganda do Dia dos Namorados; Vale Fértil do Paraná (azeitonas) pela publicidade com casal gay; Sonho de Valsa pelo vídeo com beijo lésbico; Motorola pela campanha “Escolha o Amor”; Leite de Rosas pela inclusão em publicidade de casais gays e lésbicas; Mate Leão por defender o beijo gay nas novelas; Avon, por ter convidado cantora transexual como garota-propaganda; OpusMúltipla, de Curitiba, pela campanha “Igualdade na Veia”, contra a proibição de gays doarem sangue; Master Comunicação de Curitiba pela campanha de prevenção de DST/Aids para gays; Lola Cosmetics, pela campanha publicitária protagonizada por uma mulher trans; Uber do Distrito Federal, pelo patrocínio à 18ª Parada do Orgulho LGBTS de Brasília; Editora Metanoia, RJ, por seu engajamento na publicação de literatura LGBT de ficção e de não-ficção; Sorveteria Me Gusta Picolés Artesanais, SP, por pedir desculpas pela discriminação homofóbica de um funcionário contra um casal gay. Liliane Simões Maestrini, “Lili”, medalhista de bronze no Campeonato Mundial de vôlei de praia de 2013, por assumir e tornar pública sua festa de casamento com a jogadora Larissa França. Galvão Bueno e Pedro Bial por se deixarem fotografar dando “selinho” nos bastidores de especial da Globo; Atores Bruno Gagliasso e João Vicente pelo beijo na boca, por desconstruir o uso de saia por homens e contradizer a homofobia de seus críticos; cantor Nader por representar romance gay no clipe “Quem Disse?” Repórter Gabriela Moreira, em entrevista ao vivo à ESPN, por bronquear ao vivo torcedor do Palmeiras que chamou os sãopaulinos de bicha; Atriz Giovanna Antonelli, por defender personagem bissexual na novela Em Família: “preconceito não está com nada. Tem que respeitar o amor e a vontade dos outros”. Fernanda Lima, do programa Amor e Sexo, por sua postura gay friendly e feminista; Programa Porta dos Fundos, pelo humor politicamente correto com a comunidade LGBT; Humorista Marcius Melhem responsável pelo novo “Zorra”, da Globo, por defender que “o humor tem a obrigação de adotar posturas progressistas e tomar posições, excluindo piadas com conteúdo homofóbico. Vamos ridicularizar quem é homofóbico.” Prepara NEM, RJ,cursinho preparatório gratuito para o ENEM voltado a travestis e transexuais. Troféu PAU DE
Violência e tentativa de homicídio em Pernambués: Trans agredida a pauladas e marido alvejado por disparo de arma de fogo por vizinho transfobico
Salvador, Bahia, segunda-feira, 14 de março de 2016 – Por Marcelo Cerqueira – O Grupo Gay da Bahia (GGB) acabou de receber denúncia feita por dona Ana Paula Menezes mãe da transexual Bruna Menezes Conceição Dantas Vitória, 23 anos, moradora á Rua Nilton Monfor, segundo portão do Colégio Aliomar Baleeiro , naquele bairro. Segundo a mãe da vitima, tudo aconteceu por volta das 20h de segunda-feira. Ela estava em companhia da filha e do genro quando á caminho de casa quando foi surpreendida por dois homens um portando pedaço de madeira e outro uma arma de fogo, e foram logo partindo para agressão. Bruna recebeu diversas pauladas no corpo desferidas por um dos homens. Na hora da briga covarde, o marido de Bruna partiu na sua defesa e o tiro que foi disparado para mata-la acabou alvejando o companheiro, na virilha, atravessou o pênis e a bala acabou alojada em uma vertebra da coxa do homem, que foi socorrido pela Samu 192 e encontra-se recebendo atendimento no Hospital Geral do Estado, apresentado quadro critico de saúde devido aos ferimentos provocado pela arma de fogo. Em conversa por telefone com á vitima ela disse que o motivo da violência teria sido um desentendimento que teve com a sobrinha de “Chaparrau”. “Ela vinha me atormentado há três meses, me discriminando por seu ser uma mulher tras, não só a mim quanto ao meu companheiro” declarou Bruna informando ainda que a mulher dizia que ali não era lugar para eu morar, por conta de sua orientação sexual. Tudo indica um caso grave de transfobia, motivado que levou ao ataque violento. “ Ela me via e fazia gestos obscenos, batendo a mão nas suas partes intimas, dizendo que ela tem vagina que ela não. Era tanta baixaria que ela falava, inclusive, dizendo que o meu marido deveria procurar uma mulher” denunciou . “ Eu só quero viver a minha vida, não faço mal a ninguém, essa criatura me infernizando, e agora, o que fazer, meu marido no hospital, correndo risco de vida, eu toda cheia de hematomas pelo corpo, eu quero justiça, quero respeito” desabafou aos prantos. O caso está sendo acompanhado pelo delegado de Polícia Civil dr. André Mauricio titular da 11ª Delegacia de Tancredo Neves, onde o agressor encontra-se detido para ser ouvido qual deverá responder por tentativa de homicídio qualificado. O GGB se une a família corajosa na denuncia e na pressão para que esse tipo de violência covarde fundamentada no preconceito, na inveja da felicidade do outro, que esse tipo de gente pague pelo crime, isso inclui a sobrinha do agressor, a pior despeitada pela beleza feminina de Bruna Menezes, que linda, assemelha-se a atriz Marquezine, como é conhecida. O nome da sobrinha do agressor “Chaparrau” bem como o nome do segundo elemento, não foram revelados pela vitima, que não sabia ou não lembrava.