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Polícia carioca liberta gay de cárcere privado na Tijuca, Rio de Janeiro.

Salvador, Bahia, 25 de abril 2017 – Do GGB .

O carioca aposentado Eduardo Michels, 6o anos, viveu dias de medo e nas ultimas 72h passou por momentos de pânico, tortura psicológica sozinho no apartamento, alugado há mais de três anos na Barão de Mesquita, 732, apartamento 101, bairro da Tijuca no Rio de Janeiro. Ele só conseguiu reverter a situação graças a utilização de um aparelho de celular que fez contato com o Grupo Gay da Bahia (GGB) por volta das 15h de ontem, 24, pedindo ajuda e preocupado com seu companheiro,  Flavio Micelli, 60 anos, morador no mesmo  bairro, conduzido a força por vizinhos de Eduardo, até a 20ª Delegacia de Polícia da Tijuca, obrigando-o assinar Boletim de Ocorrência, responsabilizando-se por ter supostamente agredido um morador, fato que ambos negam, situação improvável considerando o tipo físico do casal de gays ambos da terceira idade. Era por volta das 18h quando Eduardo enviou outra mensagem ao celular do presidente do GGB, Marcelo Cerqueira, demonstrando-se muito aflito e dizia que estava preso dentro de casa, sem condições de sair. “SE eu não sair, eu sinto que eu vou morrer esta noite, me ajude”, disse por mensagem de áudio.

O GGB fez contato com o ativista Carlos Tufvesson participando a situação e pedindo ajuda. Carlos, participou o caso as autoridades policiais cariocas solicitando que enviassem uma viatura ao local para averiguar a situação. O presidente do GGB ainda fez contato com a 20ª DP da Tijuca, na tentativa de falar com a delegada titular de Barbara, sem sucesso, sendo atendido apenas por telefone com o Inspetor de prenome Júnior, por volta das 17h. O mesmo orientou ligar para o 6ª Batalhão, que a Delegacia não podia fazer nada.

Diante do tempo que passava o presidente do GGB resolveu lançar um dramático pedido de ajuda através de sua página no Facebook, e uma corrente de solidariedade começou a ser desenhada. “Eu estava exausto, mas quando eu vi as pessoas se mobilizando, fazendo contatos com outras, oferecendo ajuda, fiquei emocionado demais e percebi que tudo iria dar certo,” disse Cerqueira, que acordou por volta das 0:54hs e graças a uma ação em cadeia de solidariedade tudo já estava resolvido.

Um recado muito animador veio da ativista Denise Taynah Leite servidora da Secretaria de Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres, que atende na Superintendência de Direitos, individuais, coletivos e difusos. “Tentei falar com o seu Eduardo, por várias vezes, sem sucesso, mas na segunda mensagem ela revelou que já havia falado com ele e estava tudo sob controle” disse ao tempo que informou ter uma viatura da Polícia Militar carioca se dirigindo ao local.

De acordo com Denise Taynah a vítima havia sido resgatada por volta das 0h20min de segunda para terça-feira, 25, por uma viatura da PM a sub-tenente que não teve o nome revelado, quebrou todos os lacres que os agressores haviam colocado na porta pelo lado de fora e tirou a vítima do local levando consigo poucos pertences pessoais e documentação básica.  Denise revela que os vizinhos agressores quebraram o interfone do apartamento e colocaram um aviso informando que estava com defeito, desligaram a luz do apartamento da vítima para que ele não se comunicasse com ninguém denunciando as ameaças, ainda trocaram a fechadura de um portão de acesso principal para que ele não saísse. Uma viatura de polícia vai garantir a segurança da vítima durante a mudança.

A situação teve origem devido ao mesmo ter constantemente reclamado de som mecânico de alguns vizinhos muito alto em horários inoportunos, isso teria gerado a ira dos moradores contra o gay. Os culpados deverão responder por cárcere privado e danos morais.

A convite o casal de gays estiveram na manhã dessa terça-feira, 25, ás 10h na sede da SUPERDir, onde relataram para o Coordenador Fabiano Abreu, todo o ocorrido. Foram, hoje mesmo, encaminhados através de ofício para o NUDIVESIS – Núcleo de Defesa dos Direitos Homoafetivos e Diversidade Sexual, órgão da Defensoria Pública Geral do Estado do Rio de Janeiro, com a qual a SUPERDir mantém um Termo de Cooperação Técnica, para as devidas providências cabíveis. O deputado Jean Wyllys também está acompanhado o caso de perto dando suporte a vitima de homofobia praticada pelos vizinhos. O caso tomou grande proporção nas mídias sociais. “Qualquer um de nós está sujeito a passar por momentos como este” disse o ativista Ricardo Rocha Aguieras de São Paulo, que manifestou-se por meio de sua página no Facebook no dia de hoje. “Eu liguei, e o caso já estava se resolvendo, felizmente” disse.

GGB vai disponibilizar redes de acolhimento em todo o Brasil

Disponibilizar informações contendo endereços, telefones, e-mails de órgãos públicos e entidades da sociedade civil, fóruns conselhos e pessoas de contato em todo o Brasil para serem comunicadas exclusivamente em situações como esta que ocorreu com o desing gráfico Eduardo Micaels,62 anos, é a meta do Grupo Gay da Bahia para esse ano.

Todo o conteúdo de informações que as pessoas poderão ter acesso em situações de violência será disponível na plataforma “Homofobia Mata” site mantido pelo Grupo Gay da Bahia, que divulga as estatísticas de crimes envolvendo LGBT em todo o Brasil. “A distância onde o fato estava acontecendo, a sensação de revolta, a necessidade de fazer algo real, foi um grande drama vivido por nós também, mas graças a redes sociais, tivemos existo” declarou Marcelo Cerqueira informando ainda a necessidade de criar uma rede online com todos esses endereços para que a pessoa em uma situação similar possa pedir ajuda.

O site “Quem a homofobia matou hoje, ou homofobia mata” é uma publicação do Grupo Gay da Bahia, atualizado pelo desing gráfico Eduardo Micaels diariamente. O site foi uma ideia criada por ele e pelo presidente de honra do GGB, professor Luiz Mott. O site é a principal referencia em estatísticas de crimes LGBT no Brasil. As redes de apoio e promoção dos Sistema Justiça e Assistência Social devem contemplar as capitais brasileiras. Considerando o tamanho da pesquisa, a entidade solicita voluntários para fazer a pesquisa junto aos órgãos públicos e sociedade civil em todo o Brasil. Até o fechamento dessa matéria o GGB não conseguiu fazer contato com a outra parte, mas o canal de comunicação estará aberto para a defesa.

Para enviar a relação completa dos órgãos de justiça e assistência social da sua cidade para publicação online poderá ser utilizado o e-mail ggbbahia@gmail.com

site: https://homofobiamata.wordpress.com/

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